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Subida dos juros reacende interesse nos Certificados de Aforro

Montante investido em Certificados de Aforro ultrapassa pela primeira vez os 39 mil milhões de euros.

24 de outubro de 2025 às 01:30

A subida dos juros dos Certificados de Aforro voltou a estimular o apetite das famílias por este produto de poupança. O montante investido em Certificados de Aforro subiu 491,4 milhões de euros em setembro, ultrapassando pela primeira vez a barreira dos 39 mil milhões de euros, de acordo com o Banco de Portugal.

Depois de cinco meses em queda, a taxa dos Certificados de Aforro subiu em setembro, para 2,028%. Este ciclo de deterioração iniciado em abril veio interromper um período de mais de dois anos em que os Certificados de Aforro remuneraram consistentemente à taxa-base máxima permitida por lei, que é de 2,5% na atual série F.

Acompanhando a subida da remuneração, a entrada de capital nos Certificados de Aforro teve, em setembro, a maior subida mensal desde abril. O renovado interesse das famílias por este produto de poupança também se explica pela queda contínua da remuneração dos depósitos, cuja taxa de juro média baixou em agosto pelo 20.º mês consecutivo, para 1,34%, segundo o Banco de Portugal. A série de descidas dos juros dos depósitos é mesmo a mais longa de que há registo.

Mas tanto os Certificados de Aforro como os depósitos continuam a remunerar abaixo da inflação prevista pelo Governo para este ano (2,4%). Como tal, conforme já tinha alertado, em declarações ao CM, António Ribeiro, analista financeiro da Deco Proteste, as poupanças dos portugueses aplicadas nestes produtos “irão perder valor real em 2025”. 

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