De acordo com o sindicalista, em causa está a integração da CarrisBus na Carris, depois de a empresa ter sido segmentada em 2006, "o que precarizou as condições de trabalho".
Os trabalhadores da CarrisBus, reunidos esta quinta-feira em plenário pela valorização dos salários e a integração na Carris, mandataram os sindicatos para estudarem a melhor forma de dar continuidade à sua luta, não descartando a possibilidade de uma greve.
O plenário, realizado na Praça do Município, em Lisboa, uma vez que é a autarquia liderada por Fernando Medina (PS) que gere a Carris, contou com a presença de cerca de 35 trabalhadores, da secretária-geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha, e do coordenador da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), José Manuel Oliveira.
O dirigente do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP) Manuel Leal explicou aos jornalistas que os trabalhadores da CarrisBus decidiram mandatar o sindicato para "decidir a melhor forma de dar continuidade à luta", não estando "descartada a apresentação de um pré-aviso de greve".
De acordo com o sindicalista, em causa está a integração da CarrisBus na Carris, depois de a empresa ter sido segmentada em 2006, "o que precarizou as condições de trabalho".
"Não faz sentido estarem separados porque estes trabalhadores reparam a frota da empresa", explicou, adiantando que há um ano "foi deliberado que o Conselho de Administração da empresa fizesse estudos para a integração e pensamos que está na altura da mesma ser efetivada".
Em relação ao processo de negociação do acordo de empresa, Manuel Leal referiu que os trabalhadores pretendem uma "valorização efetiva dos salários, tendo em conta o seu distanciamento ao salário mínimo nacional".
"A Carris precisa de valorizar todos os seus profissionais, inclusive os trabalhadores da oficina", sublinhou, adiantando serem "cento e pouco" os trabalhadores afetados.
Segundo o sindicalista, a divisão da empresa teve como "grande consequência" os direitos dos trabalhadores não serem aplicados de igual modo, apesar de reconhecer uma reaproximação nos últimos anos.
"Os direitos que se aplicam aos trabalhadores da Carris não se aplicam na totalidade aos da CarrisBus. Temos feito uma aproximação, mas só será consolidada com a integração plena", frisou, adiantando que a proposta de aumento para este ano é de 15 euros.
Por seu turno, Isabel Camarinha lembrou que a divisão da Carris em várias empresas fez com que existam "várias 'Carrisinhas'", sendo que os trabalhadores trabalham, no fundo, para uma mesma empresa, apesar de estes serem de oficinas.
"Estes trabalhadores estão em plenário aqui concentrados porque a Carris é agora municipal, de gestão da Câmara Municipal de Lisboa. Estão aqui a exigir que sejam dadas condições de vida e de trabalho dignas em relação à negociação salarial e à aplicação do Acordo de Empresa da Carris", explicou.
Para a secretaria-geral da CGTP, os vários acordos de empresa existentes "criam desigualdades entre trabalhadores que estão a trabalhar para uma mesma empresa, só trabalham para a Carris".
Segundo Isabel Camarinha, os trabalhadores "exigem um aumento de 90 euros e isso é para garantir que há reposição do poder de compra e dignificação do seu trabalho".
Para mais tarde ficou agendada uma reunião da estrutura sindical onde será, ainda esta quinta-feira, decidido se os trabalhadores da CarrisBus fazem greve durante o mês de maio.
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