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Verão com aumento de preços imprevisível para tomate, batata e pão

Alerta para disparar dos preços parte de fonte da Comissão Europeia. A situação é confirmada pelos agricultores portugueses.
João Saramago 10 de Maio de 2023 às 16:46
Baixa do IVA poderá não servir de ajuda para os consumidores
Baixa do IVA poderá não servir de ajuda para os consumidores FOTO: Pedro Catarino

É imprevisível os preços que os alimentos vão atingir no verão devido à seca extrema que atinge o país e também o aumento do preço dos fertilizantes provenientes da Rússia e da Ucrânia. Alimentos básicos na alimentação como o tomate, pão e batata poderão atingir preços muito acima dos hoje praticados mesmo com o IVA a 0%.

O alerta parte da Comissão Europeia que considera a situação "particularmente grave", nomeadamente para os agricultores. "A seca severa no Sul da Europa é particularmente preocupante, não apenas para os agricultores, mas também porque pode contribuir para a subida dos preços no consumidor, já muito elevados, se a produção da União Europeia foi significativamente inferior", avançou fonte ligada à União Europeia junto da agência Lusa.

Em Portugal, o presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal, Eduardo Oliveira e Sousa, partilha as mesmas preocupações e avançou ao CM que o avanço da seca leva a que os animais estejam já a pastar nas culturas porque estas não iriam sobreviver por falta de chuva.

"Todos os produtos agrícolas serão afetados pela subida dos preços. A seca representa maior custos em termos de produção e pode mesmo levar à carência", referiu Eduardo Oliveira e Sousa que sublinhou que a situação no Sul de Portugal é tão grave como no sul de Espanha. "É importante que as ajudas do Estado cheguem a tempo e horas que é o que não está a acontecer", adiantou.

No domingo, a ministra da Agricultura e Alimentação, Maria do Céu Antunes, revelou ter assinado o despacho que reconhece a situação de seca no território nacional. Os dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera indicam que a situação de seca meteorológica agravou-se em abril, estando 89% do território continental com falta de água nos solos, 34% do território em seca severa e extrema.

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