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Gatos Fedorento: Há 20 anos a fazer rir Portugal

Duas décadas depois de terem revolucionado o humor português, os ‘Gato’ falam sobre os momentos mais caricatos desta aventura.
Sónia Dias 31 de Março de 2023 às 01:30
José Diogo Quintela, Ricardo Araújo Pereira, Tiago Dores e Miguel Góis
Episódio ‘Matarruanos’, da série ‘Lopes da Silva’, do Gato Fedorento
Ricardo Araújo Pereira e Miguel Góis no ‘sketch’ ‘Kunami’
No ‘sketch’ ‘O Homem com Demasiadas Características’
Ricardo Araújo Pereira, Miguel Góis, José Diogo Quintela e Tiago Dores em ‘E Tudo o Convento Levou’
José Diogo Quintela, Ricardo Araújo Pereira, Tiago Dores e Miguel Góis
Episódio ‘Matarruanos’, da série ‘Lopes da Silva’, do Gato Fedorento
Ricardo Araújo Pereira e Miguel Góis no ‘sketch’ ‘Kunami’
No ‘sketch’ ‘O Homem com Demasiadas Características’
Ricardo Araújo Pereira, Miguel Góis, José Diogo Quintela e Tiago Dores em ‘E Tudo o Convento Levou’
José Diogo Quintela, Ricardo Araújo Pereira, Tiago Dores e Miguel Góis
Episódio ‘Matarruanos’, da série ‘Lopes da Silva’, do Gato Fedorento
Ricardo Araújo Pereira e Miguel Góis no ‘sketch’ ‘Kunami’
No ‘sketch’ ‘O Homem com Demasiadas Características’
Ricardo Araújo Pereira, Miguel Góis, José Diogo Quintela e Tiago Dores em ‘E Tudo o Convento Levou’
Em abril de 2003, Portugal assistiu ao primeiro ‘sketch’ dos Gato Fedorento. Desde então, o humor português nunca mais foi o mesmo. Volvidos 20 anos, Ricardo Araújo Pereira, José Diogo Quintela, Miguel Góis e Tiago Dores não fazem planos para trazer de volta o mítico quarteto (apenas os três primeiros ainda trabalham juntos, no ‘Isto é Gozar com Quem Trabalha’, da SIC), mas não esquecem os momentos que viveram. "Talvez o mais absurdo de todos tenha sido o ‘sketch’ que gravámos com o Steven Seagal, nos Estados Unidos. O homem chegou, disse que era ótimo a improvisar, borrifou-se no nosso guião e fez o que lhe apeteceu. E nós não dissemos nada. Pois ele parece um urso e joga muito bem à porrada", recorda Tiago Dores, de 47 anos. Já José Diogo Quintela, de 45, não esquece o episódio ‘Bulha no trânsito entre casal de idosos’, "filmado num cruzamento, em Tercena, com o Opel Corsa do operador de câmara". "Lembro-me que tresandava a couro mal curtido, o que fez com que o Miguel vomitasse. Acho que o rapaz era caçador. Ou ‘serial killer’. Qualquer coisa que envolvia esfolar, não me recordo", conta.

Para Ricardo Araújo Pereira, de 48, o mais "giro" foi quando "o Zé Diogo ia morrendo na Serra Nevada". E passa a explicar: "Estávamos a gravar um ‘sketch’ sobre um alpinista que descia montanhas e ele escorregou. Parecia mesmo que ia bater com a cabeça numa rocha bastante pontiaguda, mas no último momento desviou-se. Podia ter acabado tudo ali, e creio que a comédia portuguesa teria beneficiado bastante." Miguel Góis, de 49, recorda o primeiro espetáculo dos ‘Gato’ ao vivo, no Tivoli. "Estávamos todos muito nervosos, porque não somos atores e sabíamos que isso ia notar-se mais em palco do que na televisão. À hora em que ia subir a cortina estávamos todos em palco, prontos, menos o Zé Diogo..."

Viagem às Maldivas
Sobre a forma como vão assinalar o seu 20.º aniversário, os ‘Gato’ revelam à Boa Onda que têm formas diferentes, mas igualmente empolgantes, de encarar esta data tão especial. "Vou alugar um jato e levar os meus amigos e família a passar uma semana nas Maldivas. O Miguel, o Tiago e o Ricardo não sei o que vão fazer...", adianta José Diogo Quintela, enquanto Ricardo Araújo Pereira não esconde o entusiasmo por ir "fazer um minuto de silêncio". Tiago Dores diz que vai tentar não pensar que tem "mais 20 anos do que quando começou o Gato Fedorento". "O que pode incluir a ingestão de algum álcool, não vou mentir", acrescenta. Miguel Góis, por sua vez, admite que o quarteto podia reunir-se para assistir ao primeiro episódio na SIC Radical. "Mas como não é uma altura para se ficar deprimido é melhor optar por outra coisa qualquer...", justifica.

Escrita em grupo
O grupo de amigos costumava juntar-se para escrever os ‘sketches’ que hoje são uma espécie de relíquias no YouTube. "Era hábito reunirmo-nos em minha casa para as sessões de escrita. Mas optávamos antes por jogar Pro Evolution Soccer na PlayStation. Portanto, cada um escrevia em casa e, mesmo antes de gravar, mostrava o texto aos outros", brinca Quintela. Mais a sério, Miguel Góis recorda estes momentos com nostalgia. "A magia da escrita em equipa é que, por vezes, o facto de um de nós dar uma ideia mesmo desengraçada pode ser o gatilho para outro elemento da equipa ter uma ideia incrível. Esse processo, depois destes anos todos, continua a fascinar-me", revela. E Ricardo Araújo Pereira explica como as ideias surgem quando menos se espera: "Uma vez, num restaurante, a mesa do lado rebentou a rir quando alguém disse ‘mas ela não tinha personalidade jurídica’. Como tínhamos visto que era uma ‘punchline’ poderosíssima, começámos a usá-la também. Sem o mesmo êxito, infelizmente."
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