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Como ganhar 16,5 mil euros sem sair da cama

NASA e ESA estão a desenvolver experiência para simular efeitos da falta de gravidade.

27 de março de 2019 às 18:11

O estudo não é inédito, mas desta vez tem algumas novidades. Há muito que a NASA conduz experiências com pessoas deitadas em camas por longos períodos, mas agora a agência americana juntou-se à europeia ESA para um novo projeto que vai levar 24 voluntários (12 homens e 12 mulheres) a passar 89 dias deitados numa cama. Com a novidade de estes serem rodados com recurso a uma máquina que usa força centrifugadora uma vez por dia.

O projeto arrancou em Colónia, na Alemanha, esta segunda-feira, com o primeiro grupo de voluntários. Mas ainda há vagas para um novo grupo, que repetirá a experiência em setembro. A recompensa é de cerca de 16,5 mil euros.

No site do Centro Aéreo-Espacial Alemão (conhecido pela sigla DLR) já decorre o estudo AGBRESA (Artificial Gravity Bed Rest Study)  o primeiro grupo está deitado desde segunda-feira. A experiência prevê que vão estar numa cama com uma inclinação de 6 graus para o lado da cabeça durante 60 dias, mas terão de estar pelo menos 89 dias no laboratório, para as fases de adaptação inicial e recuperação.

Durante 60 dias, os voluntários não se podem levantar e terão os movimentos fortemente condicionados. Têm comer, tratar das necessidades fisiológicas e tomar banho deitados. Tudo para que os cientistas possam testar a resposta do corpo humano a ambientes de reduzida gravidade e verificar a eficácia das contra-medidas que são aplicadas aos astronautas.

A direção do estudo recomenda aos voluntários que aproveitem a imobilidade para tirarem um curso online, por exemplo aprender uma nova língua. O fator linguístico é, aliás uma das condições obrigatórias - os participantes terão de ter um bom nível de alemão para se poderem juntar à experiência.

Hansjörg Dittus, membro da direção do DLR, explica no site do centro alemão o propósito do esudo: "Os voos espaciais tripulados vão continuar a ser importantes no futuro, para que se possam fazer experiências em micorgravidade, mas temos de os tornar seguros para os astronautas. Este estudo de descanso em cama, conduzido pelo DLR, a NASA e a ESA oferecer aos investigadores do Espaço a oportunidade de trabalharem juntos e adquirir tanta informação científica quanto possível acerca de fisiologia humana.

Os candidatos à fase de setembro podem candidatar-se no site da DLR (em alemão).

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