ADN prioriza habitação para jovens casais portugueses em Braga
Francisco Pimentel Torres propõe a criação de incentivos à construção e arrendamento a custo controlado.
O cabeça de lista do partido Alternativa Democrática Nacional (ADN) à Câmara de Braga, Francisco Pimentel Torres, apontou esta quinta-feira como uma das suas prioridades garantir o acesso à habitação pública a famílias de nacionalidade portuguesa, especialmente jovens casais.
Em declarações à Lusa no âmbito da campanha eleitoral para as eleições autárquicas de 12 de outubro, Francisco Pimentel Torres sublinhou que no ADN "os portugueses [estão] em primeiro lugar".
"Daremos prioridade ao acesso à habitação pública a famílias de nacionalidade portuguesa, especialmente jovens casais", referiu, apontando que essa é uma condição essencial para aumentar a natalidade.
Admitindo que a habitação é um dos principais problemas de Braga, o candidato do ADN propõe a criação de incentivos à construção e arrendamento a custo controlado, aumentando a oferta e baixando assim, por efeito de concorrência, os custos.
Paralelamente, promete implementar "urgentemente" a nova versão do Plano Diretor Municipal (PDM), para alargar ainda mais as zonas de construção e facilitar a construção em altura.
O candidato manifestou-se "totalmente contra" a construção de mais bairros sociais, que, como disse, "apenas criam guetos e antros de marginalidade e de droga".
Francisco Pimentel Torres advoga o potencial despejo das habitações sociais existentes a quem sistematicamente não paga a renda.
"São rendas já por si simbólicas, baixíssimas, mas atualmente há em Braga 817 mil euros de pagamentos em atraso. São 307 famílias que não estão a pagar. E, nestes casos, têm de dar a casa a outros", defendeu.
Quer ainda acabar com o subaluguer ou negócio de habitações sociais, bem como proibir a venda por um período de 20 anos.
Por outro lado, o ADN preconiza uma maior fiscalização das condições habitacionais, sobretudo de imigrantes, com atuação sobre apartamentos sobrelotados, alugueres ilegais e dormitórios em lojas e garagens.
"Não temos nada contra os imigrantes, a maior parte deles são bem-vindos, mas não podemos admitir que vivam mais de 20 pessoas em garagens, caves ou apartamentos, sem quaisquer condições. Não se pode continuar a fechar os olhos a esta realidade", vincou.
O executivo municipal de Braga é atualmente composto por seis eleitos da coligação Juntos por Braga (PSD/CDS-PP/PPM), quatro do PS e um da CDU.
Concorrem à liderança da Câmara Municipal de Braga João Rodrigues (coligação Juntos por Braga - PSD/CDS-PP/PPM), António Braga (coligação Somos Braga - PS/PAN), Filipe Aguiar (Chega), Rui Rocha (Iniciativa Liberal), Ricardo Silva (movimento independente Amar e Servir Braga), João Baptista (CDU, coligação que junta PCP e Os Verdes), António Lima (Bloco de Esquerda), Carlos Fragoso (Livre), Francisco Pimentel Torres (ADN) e Hugo Varanda (MPT).
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt