Candidato do Chega a Portalegre quer fazer auditoria ao município

"Nós queremos começar do zero, com tudo claro", sublinhou.

02 de outubro de 2025 às 19:22
Urnas de voto Foto: d.r.
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O candidato do Chega à Câmara de Portalegre, João Lopes Aleixo, garantiu esta quinta-feira que a primeira medida que vai tomar, caso vença as eleições, é fazer uma auditoria às contas do município.

"Essa é a primeira mensagem que eu quero passar: nós queremos estabelecer uma ligação de confiança com os portalegrenses. Por isso, a primeira coisa que vamos fazer, não é uma caça às bruxas, mas queremos fazer uma auditoria à câmara, às empresas municipalizadas e à Fundação Robinson (responsável por gerir património de uma antiga fábrica de cortiça)", disse.

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O candidato falava à agência Lusa à margem da apresentação dos candidatos do Chega à Câmara de Portalegre, ação que decorreu numa unidade hoteleira da cidade e que marcou também o arranque da campanha do partido naquele concelho alentejano.

De acordo com João Lopes Aleixo, a auditoria é "um ponto de partida" para que se saiba "qual é o ponto da situação" para se "evitar, depois, aqueles jogos que há sempre de culpa do anterior (executivo) e do próximo".

"Nós queremos começar do zero, com tudo claro", sublinhou.

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A segunda medida a tomar de imediato, caso vença o município, que é liderado por Fermelinda Carvalho, da coligação PSD/CDS-PP e que se recandidata ao cargo, é reabilitar as chaminés da antiga fábrica Robinson (consideradas um símbolo da cidade).

"Não aceitamos que o património cultural de Portalegre possa um dia cair e nós não vamos permitir isso e esperamos ainda ir a tempo", alertou.

Para o candidato do Chega, partido que não está representado no atual executivo nem na assembleia municipal, outro eixo que considera "importante e determinante" é a economia, pelo que pretende apostar na "captação de empresas e na criação de emprego".

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A saúde, a habitação e um programa de apoio à natalidade, são outras das áreas em que o partido Chega quer apostar, bem como na mobilidade, defendendo a ligação de Portalegre a uma autoestrada.

"Somos uma capital de distrito esquecida, somos uma das poucas que não temos ligação por autoestrada, sei que não é competência da câmara, mas é da nossa responsabilidade, temos de fazer uma frente unida, inclusive com os outros concelhos vizinhos e fazer grande pressão junto do Governo", defendeu.

Além do cabeça de lista do Chega, concorrem à Câmara de Portalegre nestas eleições autárquicas a atual presidente do município, Fermelinda Carvalho, pela coligação PSD/CDS-PP, Francisco Silva, pelo PS, Ricardo Romão, pela Candidatura Livre e Independente por Portalegre (CLIP), e Diogo Júlio, pela CDU (coligação PCP/PEV).

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O atual executivo é composto por três eleitos da coligação PSD/CDS-PP, dois do PS e dois da CLIP.

Na Assembleia Municipal de Portalegre, onde a coligação PSD/CDS-PP tem 12 eleitos, a oposição tem maioria, com oito do PS, oito da CLIP e um da CDU.

As eleições autárquicas realizam-se em 12 de outubro.

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