Carneiro diz que Governo vai perceber que realidade na imigração "é diferente"

Na perspetiva do líder do PS, é uma questão de tempo até o executivo de Luís Montenegro e o país verem a realidade sobre a imigração e acrescentou: "vamos ver quem tem razão".

07 de outubro de 2025 às 18:44
José Luís Carneiro Foto: TIAGO PETINGA/Lusa
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O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, considerou esta terça-feira que, "com o tempo", o Governo vai perceber que a realidade sobre a imigração "é diferente" daquela que tem defendido, aguardando para ver "quem tem razão".

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Durante uma viagem numa traineira ao largo da costa de Sesimbra, José Luís Carneiro foi questionado sobre o comunicado da véspera do Governo indicando que os migrantes intercetados no Algarve foram libertados por ter sido ultrapassado o prazo máximo de detenção antes de terminar processo de afastamento.

"Eu julgo que o Governo, com o tempo, vai tomar conta da realidade, vai perceber que a realidade [sobre imigração] é diferente", respondeu.

Na perspetiva do líder do PS, é uma questão de tempo até o executivo de Luís Montenegro e o país verem a realidade sobre a imigração e acrescentou: "vamos ver quem tem razão".

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Concretamente sobre este caso dos marroquinos, Carneiro disse estar "curioso por saber o que é que se passou em concreto".

"Vi na caixa de televisão que havia um queixume qualquer do Governo, mas, honestamente, não sei o que se passou", afirmou.

Os marroquinos intercetados em agosto no Algarve foram libertados por ter sido ultrapassado o prazo máximo de detenção, continuando a decorrer o processo de afastamento, divulgou o Governo na segunda-feira, alertando para a "falta objetiva de condições jurídicas" nestes casos.

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De acordo com o líder do PS, "é o cumprimento da lei, ou seja, são notificados para saírem voluntariamente".

"Depois, não saindo voluntariamente, tem que haver uma decisão de afastamento, uma decisão que é tomada por quem administra a justiça no país e as forças de autoridade têm que fazer cumprir a ordem judicial", acrescentou.

De acordo com um comunicado conjunto da Presidência e da Administração Interna, 37 dos 38 cidadãos marroquinos com entrada ilegal em Portugal, em 08 de agosto, foram libertados dos Centro de Instalação Temporária (CIT) em que se encontravam.

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De acordo com a mesma fonte, após a saída de CIT e perante o efeito suspensivo dos seus recursos ou pedidos de assistência em processo de asilo, os cidadãos estrangeiros são alojados pela Segurança Social.

A lei portuguesa em vigor estabelece um prazo máximo de detenção em CIT de 60 dias e, findo esse prazo, o Estado é obrigado a libertar as pessoas, ainda que o processo de afastamento se mantenha em curso, pode ler-se.

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