Montenegro elogia obra de Valentim Loureiro e diz que Grande Porto teve "socialismo a mais"
Presidente do PSD considerou ainda que a cidade perdeu "capacidade e importância".
O presidente do PSD elogiou esta sexta-feira a obra de Valentim Loureiro em Gondomar e considerou que a região do Grande Porto "teve socialismo a mais" nos últimos anos e perdeu "capacidade e importância".
Luís Montenegro falava num comício em Gondomar, ao lado do candidato PSD/IL à Câmara, o deputado e antigo secretário de Estado Emídio Guerreiro.
"A região do Grande Porto, a verdade é uma, teve socialismo a mais, perdeu importância, perdeu capacidade, perdeu, em muitas ocasiões, as oportunidades de estar na linha da frente do desenvolvimento do país", considerou.
O primeiro a deixar uma "palavra especial" para Valentim Loureiro, que presidiu à Câmara de Gondomar durante 20 anos e marcou presença neste jantar, tinha sido precisamente o candidato, mas o também primeiro-ministro elogiou o antigo autarca.
"O melhor período de desenvolvimento desta terra nos últimos 30 anos foi conduzido pelo major Valentim Loureiro (...) Eu aprendi muito com toda a equipa aqui do nosso partido, com o major Valentim Loureiro, a transformar a vida das pessoas", afirmou.
Valentim Loureiro foi presidente desta autarquia pelo PSD entre 1993 e 2001. Em 2005, na sequência do seu envolvimento no processo judicial Apito Dourado, o partido -- então liderado pelo agora candidato presidencial Marques Mendes -- retirou-lhe o apoio, mas Valentim Loureiro acabaria por renovar o mandato em 2005 e 2009, como independente, tendo sido mais tarde condenado por prevaricação e abuso de poder.
Sobre Emídio Guerreiro, o presidente do PSD vaticinou que está "condenado a ser presidente da Câmara Municipal a partir de domingo a oito dias".
"Vocês estão condenados a darem tudo aquilo que tenham nestes oito dias finais de campanha eleitoral. E o povo de Gondomar está condenado a tornar a ter uma página de desenvolvimento, uma página de bem-estar, mais uma vez pela liderança do PSD", afirmou.
No quinto discurso deste dia de campanha, Montenegro voltou a justificar as mais recentes medidas do Governo na área da habitação, nomeadamente os apoios fiscais para rendas entre os 400 e os 2.300 euros.
"Eu pergunto quantas famílias em Gondomar conseguem arrendar um T2, um T3 ou um T4 por 400 euros ou 500? Há alguém em Gondomar que consiga ter uma habitação digna num mercado de arrendamento por este preço ou é preciso estimular os investidores a colocarem no mercado mais oferta?", questionou.
O primeiro-ministro defendeu que, "com a continuação da passividade", o preço das casas continuará a aumentar em Portugal.
"E quando o preço aumenta, aí sim só são beneficiados aqueles que têm muito poder económico. E nós somos um projeto para aqueles que têm baixos rendimentos e para aqueles que têm rendimentos médios", disse.
Antes, o candidato à Câmara de Gondomar prometeu "uma equipa dedicada à habitação" e resolver os problemas com o lixo ou o estacionamento na cidade.
"É tempo de acabarmos com o socialismo em Gondomar", defendeu, dizendo que terá apoios em Luís Montenegro ou no ministro Miguel Pinto Luz para ajudar a captar investimento para o concelho.
Em Gondomar, além de Emídio Guerreiro, apresentaram candidatura o atual presidente da câmara, Luís Filipe Araújo (PS), o ex-deputado do PS e candidato independente Carlos Brás, a professora Maria Olinda (CDU), Manuela Carneiro (PAN), a advogada Isabel Sobral (JPP), o deputado Rui Afonso (Chega), Leonardo Soares (Livre), o sociólogo José Ricardo (BE) e Luís Guerra (CDS-PP).
O executivo de Gondomar tem 10 lugares, sendo atualmente seis do PS, um independente, dois do PSD e um da CDU (coligação PCP/PEV).
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