"Será que os bons são os que permitiram imigrantes a viver amontoados?": Hugo Soares 'lança farpa' ap PS

Com Luís Montenegro fora do país, Hugo Soares assumiu a campanha, no segundo dia rumo às autárquicas. O dia começou em Quarteira, no concelho de Loulé, onde o objetivo é ganhar a câmara, com Helder Martins, aproveitando que o atual presidente da autarquia liderada pelo PS, não se pode recandidatar devido à limitação de mandatos. 

Na Feira das Velharias, o Secretário-Geral do PSD contactou com a população. Entre beijos e abraços, lá foi conhecendo os comerciantes e quem por ali passava e, claro está, pedindo o voto. De saída da feira, seguiu  rua fora e como a manhã já ia longa, fez uma paragem para café e uma água porque o calor começava a apertar. No balcão, havia panfletos de outras candidaturas. Hugo pegou no do Chega e explicou porquê. "Metade dos candidatos, e estou a ser cauteloso nas palavras, não são dos concelhos. Candidatam-se pessoas que não conhecem sequer os nomes das freguesias. É assim uma espécie de fraude política", disse. Um dia após a votação da Lei dos Estrangeiros na Assembleia da Republica, a dúvida sobre o acordo do Governo com o Chega, mantém-se, mas Hugo Soares desmistifica. "O Governo não preferiu ninguém. O Chega preferiu essa legislação. Temos dito desde o primeiro dia que não temos parceiros privilegiados. Os nosso parceiros privilegiados são os portugueses", clarificou. Sobre a posição socialistas que votou contra, o secretário-geral do PSD, já em S. Brás de Alportel, diz que o PS continua numa postura de negação. "Custa-me ouvir o PS negar esta realidade de imigração como se nós fossemos os maus e eles os bons. Os bons são aqueles que permitiram que tantos imigrantes vivessem amontoadas em apartamentos?", questionou em tom jocoso.

No segundo dia de campanha, houve ainda tempo para contacto com população em Vila Real de Santo António. A comitiva partiu por fim para Tavira, onde foram apresentados os candidatos.

Atualmente, o PS lidera a quase totalidade das autarquias algarvias, tendo 12, contra três do PSD.