Ao contrário de outras coligações autárquicas pelo país, nos concelhos do Seixal, Barreiro e também Almada, Livre e BE não se coligaram com o PS.
Entre margens do Tejo, numa embarcação no Seixal, ou com os pés molhados na Costa da Caparica, em Almada, Livre e BE uniram esta quarta-feira forças em concelhos onde consideram que PS e CDU não fizeram o suficiente.
A bordo de uma embarcação tradicional do Seixal, no distrito de Setúbal, onde Livre e BE juntam forças na coligação "Liberdade", encabeçada por Nurin Mirzan, Rui Tavares e a dirigente bloquista Joana Mortágua, arrancaram o segundo dia oficial de campanha para as autárquicas de dia 12 com críticas a câmaras governadas por PS e CDU (coligação que junta PCP e PEV).
Se de um lado do rio se via o Seixal, bastião comunista desde 1976, governado por Paulo Silva, do outro, avistava-se o Barreiro, autarquia do PS: duas margens separadas pelo Tejo e cuja ligação já foi feita em cinco minutos através de uma ponte e agora distam 17 quilómetros.
Ao contrário de outras coligações autárquicas pelo país, nos concelhos do Seixal, Barreiro e também Almada, Livre e BE não se coligaram com o PS, enfrentando mesmo dois autarcas socialistas no poder: Frederico Costa Rosa no Barreiro e Inês de Medeiros em Almada.
Rui Tavares justificou esta escolha com "realidades locais" específicas, mas disse que estas coligações também estão "à altura de uma responsabilidade nacional", apelando a um "reequilíbrio" da política portuguesa. "Nós olhamos para o nosso país, tem um Presidente da República de direita, um primeiro-ministro de direita, governos regionais de direita, presidentes de câmara das maiores câmaras do país de direita e depois o segundo maior partido ou o maior partido que se diz às vezes da oposição, mas que na verdade governa com o Luís Montenegro, extrema-direita.
Nós precisamos de reequilibrar a política portuguesa", apelou. Ao seu lado, a dirigente Joana Mortágua defendeu que estas três coligações na margem sul do Tejo são uma "oportunidade de eleger vereadores, deputados municipais, eleitos de freguesia da esquerda progressista que ponham o dedo na ferida".
"E pôr o dedo na ferida é exatamente o que nós fizemos hoje: é perguntar aos autarcas do Seixal e do Barreiro porque é que falharam em construir a ponte que está prometida há tantos anos à população entre o Barreiro e o Seixal. É perguntar aos autarcas se estão de acordo com o Luís Montenegro de que 2.300 euros é uma renda moderada em Portugal e se não estão, se vão aprovar as medidas destas coligações para baixar o preço das casas", argumentou a bloquista. Interrogada sobre as alianças do BE com PS noutros municípios, como em Lisboa, Joana Mortágua apontou que as autárquicas têm "uma enorme diversidade de cenários políticos" e cada autarquia "enfrenta os seus próprios monstros".
"Neste caso, na margem sul, estamos a enfrentar algumas câmaras socialistas, outras câmaras da CDU, porque temos projetos que fazem sentido e porque somos críticos das governações", sustentou. Depois do passeio de barco a comitiva seguiu para a Costa da Caparica, no concelho de Almada, onde os dirigentes do Livre e BE estiveram com representantes de uma associação de pescadores que exercem a xávega, uma técnica de pesca artesanal, e que querem que a autarquia alargue os horários nos quais é permitido pescar naquela zona.
Joana Mortágua, que já foi vereadora em Almada durante vários anos, ainda molhou os pés na água do mar ao lado de Rui Tavares, que alertou que esta costa "não é só turismo" e pediu atenção a atividades económicas como a pesca.
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