A edição de hoje
Adriana Marques Silva defende quotas para habitação social e trabalhadores essenciais e um levantamento dos edifícios devolutos.
A candidata do Livre à presidência da Câmara de Faro disse esta quinta-feira querer aumentar o parque público de habitação para 10%, defendendo quotas para habitação social e trabalhadores essenciais e um levantamento dos edifícios devolutos.
"O que nós pretendemos passará, primeiramente, por aumentar gradualmente este parque público para 10%", disse à Lusa Adriana Marques Silva, sublinhando que o objetivo é ter quotas específicas para a habitação social e para trabalhadores essenciais, como professores, médicos, enfermeiros, forças de segurança e bombeiros.
De acordo com a candidata, o concelho de Faro tem apenas 01% de habitação pública, "um valor extremamente baixo em comparação com outras cidades, mesmo portuguesas", com a falta de habitação a constituir um dos principais problemas para conseguir reter profissionais de saúde e professores, exemplificou.
Adriana Marques Silva defendeu, também, a realização de um mapeamento dos edifícios devolutos do município ou do Estado existentes em Faro para que possam ser objeto de uma requalificação e integrar o parque público, processo que deve envolver cooperativas de habitação.
"Nós também abordámos cooperativas e o que nos indicaram como um dos maiores desafios neste momento é mesmo a cedência de terrenos por parte do município, mas não só, também os financiamentos, agilizar burocracias e financiamentos é algo que as cooperativas necessitam e claro que nós também colaboraríamos com as mesmas para ajudar a agilizar todos estes processos", referiu.
Relativamente à população de estudantes universitários, a candidata do Livre defende, ainda, a criação de um plano municipal em parceria com a Universidade do Algarve para alojar os alunos que têm dificuldade a encontrar alojamento, "nem que seja um quarto digno e que consigam pagar".
Oito candidatos disputam a presidência da Câmara de Faro nas eleições autárquicas de 12 de outubro, sob gestão do PSD há 16 anos, numa corrida que inclui três partidos que pela primeira vez se apresentam a eleições em Faro (Livre, Volt Portugal e ADN - Alternativa Democrática Nacional).
Adriana Marques Silva tem como adversários António Miguel Pina, do PS, Cristóvão Norte, da coligação "Faro Capital de Confiança" (PSD/IL/CDS-PP/PAN/MPT), Duarte Baltazar, da CDU (coligação PCP/PEV), José Freitas Oliveira, do ADN, José Moreira, do Bloco de Esquerda, Pedro Oliveira, do Volt Portugal e Pedro Pinto, do Chega.
A Câmara de Faro é liderada há 12 anos por Rogério Bacalhau (PSD), que conclui o terceiro e último mandato permitido por lei na autarquia da capital algarvia.
Em 2021, a coligação liderada pelo PSD venceu as autárquicas, elegendo seis dos nove mandatos em disputa, enquanto o PS ficou na segunda posição, garantindo os restantes três eleitos. A CDU, que ficou em terceiro lugar, e o Chega, em quarto, não elegeram qualquer vereador.
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