Situação torna-se ainda mais difícil para "trabalhadores que ganham abaixo do ordenado mediano da cidade", salientou.
O custo da habitação em Faro é "incomportável" e são necessárias respostas imediatas para garantir o acesso da população a uma residência digna, disse o candidato do Bloco de Esquerda à presidência da Câmara, José Moreira.
Com a primeira semana de campanha para as eleições autárquicas de 12 de outubro em curso, José Moreira colocou a habitação entre as principais prioridades do BE na corrida à Câmara de Faro e disse à agência Lusa que se trata de "um problema central no concelho", havendo já "quadros médios e quadros médios superiores que não têm possibilidade de alugar, de arrendar, ou de comprar uma casa" para residir.
A situação torna-se ainda mais difícil para "trabalhadores que ganham abaixo do ordenado mediano da cidade", que é de cerca de 1.300 euros", valor até ao qual "50% das pessoas que vivem no concelho ganham", salientou.
José Moreira reconheceu que a situação é semelhante no resto do país, mas considerou que "no Algarve é mais notório por causa da concorrência quer do alojamento local, quer também, sobretudo, de algumas pessoas que vêm viver para o Algarve e que têm um poder de compra muito mais elevado do que quem vive e trabalha" na região.
"Em Faro em particular, os preços, quer os de compra, quer os preços dos arrendamentos, são completamente incomportáveis para os trabalhadores", lamentou, dando o exemplo de professores, universitários ou médicos, "que não têm como aceder a habitação a um preço que seja compatível com os rendimentos que têm".
É preciso "agir em duas frentes", procurando atenuar o problema "no imediato" com um Programa Municipal de Apoio ao Arrendamento com "mais verba" e que seja "expandido de maneira a que a Câmara Municipal possa, de facto, ajudar as famílias de todas as classes sociais que têm problemas de conseguir arrendar uma casa", avançou.
No médio e longo prazo, a Câmara deve "constituir um parque (4:07) habitacional municipal, com propriedade municipal" e "administrado (4:13) pelo município", para, num prazo de 10 anos, "ter cerca de 10% a 15% de habitação pública", acrescentou.
"Por outro lado, há outro campo que a Câmara precisa de entrar rapidamente, que é, por exemplo, na recuperação de casas devolutas, primeiro as de património municipal e do património do Estado", propôs.
Mas é também possível chegar a acordos com proprietários de habitações devolutas e sem capacidade para as requalificar, fazendo o município a reabilitação dos imóveis para destiná-los ao arrendamento por um determinado período de anos, findo o qual a titularidade seria devolvida ao proprietário, sugeriu ainda o candidato do BE.
As eleições autárquicas realizam-se a 12 de outubro.
Além de José Moreira, candidatam-se à Câmara de Faro António Miguel Pina (PS), Cristóvão Norte (Coligação "Faro Capital de Confiança" -- PSD/IL/CDS-PP/PAN/MPT), Adriana Marques Silva (Livre), Duarte Baltazar (CDU - coligação PCP/PEV), José Freitas Oliveira (ADN), José Moreira (BE), Pedro Oliveira (Volt Portugal) e Pedro Pinto (Chega).
Em 2021, a coligação liderada pelo PSD venceu as autárquicas, elegendo seis dos nove mandatos em disputa, enquanto o PS ficou na segunda posição, garantindo os restantes três eleitos. A CDU, que ficou em terceiro lugar, e o Chega, em quarto, não elegeram qualquer vereador.
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