A edição de hoje
Candidato do Livre manifestou-se ainda preocupado com "o número de animais abandonados, que continua a ser significativo, também sujeitos a maus-tratos".
O cabeça de lista do Livre à Câmara do Porto defendeu esta quarta-feira o fomento da adoção animal responsável e mais condições para animais de companhia, após visitar o Centro de Recolha Oficial de Animais (CROA) e o Parque Oriental.
"Temos algumas políticas, nomeadamente em termos de cidadania, em termos de ações de formação para donos, para adoção consciente, que precisamos de trabalhar ao nível do município para garantir que os animais de companhia têm também uma vida saudável na cidade e têm os seus espaços, precisamos também trabalhar [nisso] e por isso é que viemos também aqui ao Parque Oriental", disse Hélder Sousa à Lusa no local, na freguesia de Campanhã.
Foi a segunda ação de campanha do Livre no Parque Oriental, já que de manhã o partido já tinha visitado o CROA, onde deu conta "das condições em que este centro de recolha do município trabalha".
"Ficámos contentes, na verdade, é um bom centro de recolha, apesar das instalações novas poderem ser mais espaçosas, os animais, apesar de estarem bem instalados, há coisas a melhorar, mas ainda assim ainda bem que o temos e dá uma resposta fundamental, seja na questão dos animais errantes, seja na questão do abandono dos animais", referiu.
Por outro lado, o candidato do Livre manifestou-se preocupado com "o número de animais abandonados, que continua a ser significativo, também sujeitos a maus-tratos".
Para o Livre, "espaços verdes são importantes para os humanos, mas também são importantes para conseguir que os animais tenham uma vida mais saudável e que não vivam só em apartamentos".
"Para isso, precisamos que essa convivência seja mais saudável: mais parques caninos, mais bebedouros, também precisamos de mais equipamentos públicos e dispensários de saquinhos para recolher os dejetos dos animais, porque isso é um problema cívico quase da cidade, mas que é muito importante também alertarmos as pessoas para isso", vincou.
O candidato frisou ainda que quer "chamar a atenção" para a diversidade "muito presente nos espaços verdes como o Parque Oriental e o Parque da Cidade", dois pontos que o partido gostaria de "ver mais ligados por corredores verdes, por exemplo, onde as pessoas pudessem ir passear de cão na cidade toda, com sítios de lazer, sítios de repouso, áreas de descanso".
"A parte central deste 'donut' que é a cidade tem muito poucas árvores, está muito densificada e as pessoas que têm animais de companhia, por exemplo, no centro da cidade têm alguma dificuldade em ir a parques", relembra, chamando ainda a atenção para as "zonas mais rurais do Porto" do ponto de vista da "acessibilidade e exploração pela população".
"Nós gostávamos de criar pequenas áreas a que chamamos Quintas Cidadãs, com áreas de educação ambiental, projetos que possam chamar a atenção dos mais jovens para a biodiversidade, para os animais, para as aves que vivem nestes espaços, e com isso criar pequenos núcleos de reflexão ambiental e educação alimentar através de hortas biológicas", de "programas que dão a conhecer a biodiversidade e a natureza" ou também de "mercados de produtores de proximidade", apontou.
Concorrem à Câmara do Porto Manuel Pizarro (PS), Diana Ferreira (CDU - coligação PCP/PEV), Nuno Cardoso (Porto Primeiro - coligação NC/PPM), Pedro Duarte (coligação PSD/CDS-PP/IL), Sérgio Aires (BE), o atual vice-presidente Filipe Araújo (Fazer à Porto - independente), Guilherme Alexandre Jorge (Volt), Hélder Sousa (Livre), Miguel Corte-Real (Chega), Frederico Duarte Carvalho (ADN), Maria Amélia Costa (PTP) e Luís Tinoco Azevedo (PLS).
O atual executivo é composto por uma maioria de seis eleitos do movimento de Rui Moreira e uma vereadora independente, sendo os restantes dois eleitos do PS, dois do PSD, um da CDU e um do BE.
As eleições autárquicas realizam-se a 12 de outubro.
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