Candidato afirma que no final do dia de domingo irá avaliar o quadro eleitoral que resultar dos votos em Lisboa, antes de se comprometer com diálogos com outras forças concorrentes.
O candidato da CDU, João Ferreira, afirmou esta quinta-feira estar preparado para assumir todas as responsabilidades na Câmara de Lisboa, incluindo a de presidente, salientando que defende um programa que rompe com anos de governação do PSD e do PS.
A meio de uma arruada na Avenida da Igreja, um território onde tradicionalmente desfilam candidatos de partidos da direita, João Ferreira considerou que a campanha eleitoral da CDU (PCP/PEV) tem recebido apoios de eleitores de outros partidos, o que é elucidativo de que "aquilo que mobiliza as pessoas são as ideias, os projetos e as visões" e não "a chantagem em torno do menor de dois males", uma expressão que tem usado para referir-se à coligação adversária encabeçada pelo PS.
"Esta é a altura de confrontarmos projetos e de procurar - e nós estamos a procurar isso - recolher a maior adesão possível. Temos dito, desde o início, e creio que esta campanha o demonstrou, [que] a CDU está nestas eleições em condições de disputar e de assumir todas as responsabilidades, incluindo a presidência da Câmara Municipal de Lisboa (CML)", disse, quando questionado novamente sobre eventuais alianças com a coligação encabeçada pela socialista Alexandra Leitão.
João Ferreira assegurou que "não é gratuita" a afirmação de que a CDU está a "disputar todas as responsabilidades, incluindo a presidência da CML", uma vez que considera mesmo que está em condições, tem o conhecimento e é a que está mais bem preparada para gerir a Câmara.
"Nós dirigimo-nos a todos, independentemente das opções eleitorais que fizeram no passado, e é com contentamento que constatamos que gente, tanto do PS como do PSD, eleitores habituais desses partidos e de outros que integram as várias coligações, nos manifestaram ao longo das últimas semanas apoio. Não só reconhecimento, carinho, mas também compromissos de voto", afirmou.
O candidato disse que no final do dia de domingo irá avaliar o quadro eleitoral que resultar dos votos em Lisboa, antes de se comprometer com diálogos específicos com outras forças concorrentes.
"Nós temos vindo a falar com todos, mesmo antes das eleições, não temos é muita resposta", disse.
"Neste momento, o que posso dizer é: se ganhar as eleições no domingo, vou com certeza conversar com outras forças para discutir a governação da cidade", assinalou.
João Ferreira destacou que a campanha da CDU às autarquias lisboetas mostrou a necessidade que a cidade tem de "romper com o modelo de cidade que esteve vigente nos últimos quatro anos", quando foi governada pelos "Novos Tempos" (PSD/CDS/MPT/Aliança/PPM) de Carlos Moedas, mas também com os "erros" cometidos em governações anteriores, que foram socialistas, e sobre os quais ainda não houve uma autocrítica.
"Há erros que se cometeram ao longo de 14 anos de governação, relativamente aos quais nós não ouvimos até hoje uma autocrítica, uma avaliação crítica. E, portanto, é legítimo supor que seja para continuar. Do nosso ponto de vista, é necessário mesmo romper com este modelo de cidade", afirmou.
Com João Ferreira ao lado do secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, a arruada da CDU avançou pela Avenida da Igreja, em Alvalade, barulhenta, ao toque dos bombos, com as entradas e as saídas dos estabelecimentos comerciais a acontecerem porta sim, porta sim, e muita distribuição de panfletos, apertos de mão e beijinhos.
"A verdade é que, ultimamente, se tem visto estas ruas serem mais percorridas por outras caravanas e, se calhar, não com tanta gente, mas isto diz muito do que está a ser esta campanha", considerou João Ferreira.
Nas eleições autárquicas de 12 de outubro, concorrem à presidência da Câmara de Lisboa: Alexandra Leitão (PS/Livre/BE/PAN), Carlos Moedas (PSD/CDS-PP/IL), João Ferreira (CDU-PCP/PEV), Bruno Mascarenhas (Chega), Ossanda Líber (Nova Direita), José Almeida (Volt), Adelaide Ferreira (ADN), Tomaz Ponce Dentinho (PPM/PTP) e Luís Mendes (RIR).
Atualmente, o executivo municipal integra sete eleitos da coligação "Novos Tempos" - PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança, sete eleitos da coligação "Mais Lisboa" - PS/Livre, dois da CDU e um do BE.
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