Líder liberal usou o caso de imóveis devolutos no centro da cidade como um exemplo dos erros das políticas públicas para o setor da habitação.
A líder da Iniciativa Liberal (IL) considerou esta quarta-feira que os problemas da habitação em Portugal resolvem-se com mais iniciativa privada, liberalização do arrendamento e a construção de mais casas.
"Não há dúvida nenhuma que construir mais casas é a grande solução para o problema", afirmou aos jornalistas Mariana Leitão, durante uma ação de campanha nas Caldas da Rainha, distrito de Leiria, para as eleições autárquicas de 12 de outubro.
Nas Caldas da Rainha, acompanhada pela estrutura local, a líder liberal usou o caso de imóveis devolutos no centro da cidade como um exemplo dos erros das políticas públicas para o setor da habitação.
"Nas últimas décadas construímos muito menos casas do que tínhamos construído nas décadas anteriores" e é "óbvio que, quando há menos construção, os preços tendem a aumentar", disse.
Já o mercado de arrendamento exigirá "soluções sempre mais imediatas, porque construir demora tempo", pelo que "é fundamental garantir também que criamos incentivos para que os senhorios queiram pôr as suas casas no mercado", acrescentou Mariana Leitão.
Além disso, "não podemos continuar a assistir a situações destas em que estão imóveis devolutos, completamente fechados sem ninguém lá viver, onde podia de facto viver gente", disse a dirigente liberal, apontando para os três imóveis identificados nas Caldas da Rainha e que pertencem à autarquia.
"Há um problema estrutural que nós temos neste momento no país e ele não é de agora, só já, é algo que se tem vindo a aprofundar há bastante tempo que é o problema da habitação em que cada vez as pessoas têm mais dificuldade em encontrar casas para morar, quer seja pelos preços altos na compra ou no arrendamento", salientou Mariana Leitão.
"Este Governo, já há um ano, tinha feito grandes promessas de resolução do problema que obviamente não resolveu absolutamente nada porque as medidas foram todas no sentido contrário", disse ainda a líder liberal.
Agora, o executivo propõe uma série de "medidas que na prática, só vêm trazer mais complexidade e mais burocracia", em vez de garantir que "acabamos com as cegueiras ideológicas", porque "a única solução para resolvermos o problema é criar condições para que haja mais oferta, quer seja construindo mais casas", que seja através de processos para "acelerar os licenciamentos, baixar o IVA da construção para os 6%", para todos os imóveis, defendeu.
Em paralelo, cabe às autarquias "garantir a tal desburocratização essencial para que os processos sejam mais céleres, para promover confiança no mercado, para que mais investidores também queiram construir", disse.
Por outro lado, no arrendamento, a IL quer "uma maior liberalização do mercado, maior flexibilidade para que efetivamente as pessoas tenham a confiança de pôr as suas casas no mercado, que é aquilo que não acontece hoje em dia"
No caso das Caldas da Rainha, "era importante era que a autarquia, que neste momento é quem tem a posse, avance com aquilo que prometeu", mas "se não tiver essa capacidade, então ponha o imóvel no mercado e deixe os privados fazerem aquilo que a Câmara não está a conseguir fazer".
Nas Caldas da Rainha, a IL apresenta socióloga Carlota Oliveira, naquela que é a primeira candidatura dos liberais num município dividido entre uma lista de independentes que ganhou a Câmara há quatro anos e agora tem o apoio do PS local, e o PSD que tenta reconquistar o que já foi um bastião autárquico social-democrata.
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