Beja tem sido uma autarquia gerida quase ininterruptamente por coligações lideradas pelo PCP até 2017, ano em que passou a ser presidida pelo PS.
O secretário-geral do PCP criticou esta quarta-feira a "gestão esburacada" do PS em Beja e defendeu que só a CDU, com base nos últimos resultados autárquicos, está em condições de o destronar, assumindo que isso lhe daria um "gozo especial".
A dois dias do fim da campanha para as autárquicas, Paulo Raimundo participou numa arruada em Beja, uma autarquia gerida quase ininterruptamente por coligações lideradas pelo PCP até 2017, ano em que passou a ser presidida pelo PS.
Logo no início da arruada, que fez acompanhado pelo candidato da CDU à Câmara Municipal de Beja, Vítor Picado, o secretário-geral do PCP cruzou-se com dois trabalhadores que estavam a fazer um buraco no meio da calçada. Após ter recomendado aos trabalhadores para terem "cuidado com o petróleo", Paulo Raimundo aproveitou a deixa para criticar a gestão do PS.
"É uma gestão esburacada, como vimos ali, e parada. Nós precisamos de recolocar Beja no caminho onde estava e que foi interrompido", disse o secretário-geral do PCP, que assumiu que teria um "gozo especial" em reconquistar a autarquia no próximo domingo.
Numa cidade onde vários adversários assumiram que querem vencer em Beja, como o Chega, Paulo Raimundo considerou que "todos podem acreditar" em conquistar esta autarquia, ironizando que "o sonho comanda a vida", mas salientou que só a CDU está em condições de destronar os socialistas.
"Quem quer a mudança aqui em Beja, só tem uma alternativa: é votar na CDU, que é a força que está ao alcance e na possibilidade de concretizar essa mudança, pela proximidade que tem, pelo número de votos que tem, pela percentagem com a qual parte para este combate", disse.
Ao longo da arruada, Paulo Raimundo procurou apresentar o candidato da CDU à autarquia, mas sem sucesso, a maioria das pessoas já conhecia Vítor Picado, que foi vice-presidente da Câmara entre 2013 e 2017 e vereador desde 2009.
"É o vereador mais conhecido", disse uma lojista a Paulo Raimundo, com o secretário-geral do PCP a dirigir-se ao candidato e a afirmar, da próxima vez que vier a Beja, tem de ser Vítor Picado a apresentá-lo.
Mais à frente no passeio, o secretário-geral do PCP cruzou-se com outra comerciante que lhe confessou que, no passado, votou noutras forças políticas, sugerindo a uma jornalista que pode ter sido no Chega, mas desta vez vai votar na CDU.
No final da arruada, num discurso no centro da cidade, Paulo Raimundo disse que o passeio parecia a "prova provada, a prova dos nove" do que tem andado a dizer ao longo da campanha: por um lado, que os candidatos da CDU são próximos das populações e, por outro, que as eleições autárquicas são diferentes das legislativas.
"Independentemente das opções de voto em eleições nacionais, das opções partidárias diferentes das nossas no plano nacional, quando chega a hora das autárquicas, são centenas, milhares de pessoas que aqui nos conhecem e, conhecendo, confiam o seu voto à CDU. Tivemos a prova testemunhal disso", referiu.
Vítor Picado também discursou no final da arruada para acusar o Governo nacional de ter "decretado o declínio" da região de Beja e assegurar que, caso vença a autarquia, a CDU vai exigir que "sejam feitos os investimentos públicos que tanto tardam em ficar cá".
"O Governo PSD/CDS defraudou as expectativas do concelho e da região. Há pouco tempo anunciou que haveria 80 milhões de euros reservados para a ferrovia. Sabemos, de fonte segura, que vão ser retirados 60 milhões. Isto não pode voltar a acontecer", defendeu, salientando que "Beja tem de retomar o rumo de desenvolvimento".
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