"No final farei algo em grande": Rafael Almeida foi colocado em regime layoff
Rafael Almeida vive em Aveiro é técnico de maquinação e programação, e a empresa em que trabalha está neste momento em layoff.
Rafael Almeida vive em Aveiro é técnico de maquinação e programação, e a empresa em que trabalha está neste momento em layoff, por ter sofrido uma quebra bastante acentuada na produção.
Trabalha diretamente com grandes máquinas, em centros de maquinação e, por isso, a sua profissão não pode ser desempenhada em teletrabalho. Está em casa apenas há uma semana mas tinha todos os cuidados possíveis quando estava a trabalhar: "luvas, máscara e tínhamos álcool gel em diversos pontos da empresa. Até porque recebíamos peças e brutos de outras empresas onde já sabíamos que tinha havido casos de Covid-19. A distância social essa já praticávamos, até porque éramos poucos a trabalhar na mesma área".
Agora em casa, a rotina é diferente. "Vejo mais televisão, vou mais vezes ao computador, falo com os amigos nas redes sociais e brinco com a minha filha, a Inês Afonso", conta.
A Inês, tem nove anos e, felizmente, não é difícil de entreter. "Gosta de calçar os patins e patinar na sala, gosta de fazer panquecas e bolinhos e até arranjou o seu próprio livro de receitas. Também gosta de ir para o quintal brincar com a cadelinha", conta o pai. Para Rafael é mais difícil manter as coisas que gostava de fazer, nomeadamente praticar padel e andar de bicicleta: "o padel parou e com a bicicleta ainda saí no início mas, como deixei de ver pessoas na rua, até me senti deslocado e desisti". No fim da epidemia ainda não sabe bem o que irá fazer, mas será "em grande". "Talvez ir ver a minha família que está toda em Inglaterra".
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