A quatro dias das eleições: Trump volta a agitar bandeira da fraude

Num dos estados mais importantes das eleições presidenciais norte-americanas, a Pensilvânia, mantém-se o empate.

01 de novembro de 2024 às 01:30
Donald Trump pede a intervenção da polícia para controlar os votos. Kamala regressa aos estados onde os republicanos surgem na frente nas sondagens Foto: Brendan McDermid/ Reuters
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A quatro dias das presidenciais nos EUA, Trump voltou a manifestar-se preocupado com possíveis fraudes eleitorais, desta vez em dois condados da Pensilvânia, onde o republicano perdeu por 80 mil votos em 2020.

O ex-Presidente norte-americano exigiu, por isso, que a polícia faça “o seu trabalho sem demora”. Em resposta, as autoridades asseguram que estão criadas todas as condições para que a eleição seja justa e transparente. Também o governador da Pensilvânia, John Shapiro, garantiu que o ato eleitoral será realizado de forma “livre, justa e segura”. 

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A Pensilvânia é um dos sete estados que decidirão o resultado das eleições da próxima terça-feira, dia 5, onde Trump e Kamala surgem empatados nas sondagens, ambos com 48% das intenções de voto. Não estranha que a candidata democrata tenha voltado quarta-feira à noite a este ‘swing state’, depois de visitar a Carolina do Norte, outro estado-chave. Kamala voltou a prometer baixar o custo de vida, uma das suas bandeiras desta campanha, e insistiu na questão dos direitos das mulheres, nomeadamente no que toca ao aborto. Já no Arizona, outro estado determinante na corrida à Casa Branca, os democratas tentam conter a onda vermelha que se está a formar.

A menos de uma semana do grande dia, ainda chegam autocarros com voluntários democratas de Los Angeles a cidades como Tucson, Phoenix e Yuma, numa última tentativa de convencer eleitores, num estado onde Trump leva a dianteira. Animada segue, também, a campanha em Wisconsin. Aqui, é Kamala quem surge na frente dos estudos de opinião. Uma tendência que Trump tenta inverter. E não foi inocente que tenha surgido num comício com um colete cor de laranja, a farda dos trabalhadores da recolha de resíduos: a indumentária ideal para relembrar que a campanha de Kamala trata os eleitores republicanos como “lixo” - expressão usada pelo Presidente Biden, que caiu mal no próprio partido democrata.

As guerras na Ucrânia e no Médio Oriente também não escaparam ao radar de Trump, considerando que só existem por culpa dos democratas. Classificando os dois conflitos de “estúpidos”, o ex-Presidente norte-americano alertou os que o ouviam para o facto de os EUA estarem a gastar dinheiro mal gasto em guerras estrangeiras.

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