Kamala Harris promete ajudar os americanos a comprar casa ou a pagar a renda
Treze os pontos-chave constam do programa de Kamala para quatro anos de Casa Branca.
São treze os pontos-chave que constam do programa de Kamala para quatro anos de Casa Branca, de acordo com o site oficial da sua candidatura. Um guião feito à medida da classe média. “Como Presidente, o meu foco será criar oportunidades para a classe média, que promovam a segurança económica, a estabilidade e a dignidade”, diz.
Uma das preocupações da vice-presidente norte-americana é resolver o problema da habitação - um tema central também no nosso país, assim como em muitos outros Estados-membros da UE, a começar pela vizinha Espanha. Para tornar a habitação mais acessível, Kamala promete “ajudar os americanos a comprar casa ou a pagar a renda”, criar incentivos fiscais para construtores e destinar terras pertencentes ao Estado federal para construção, entre outras medidas. Até ao final do mandato, a vice-presidente quer construir três milhões de casas acessíveis para a classe média.
“Vou trabalhar, juntamente com a indústria do setor, para construir as casas que precisamos, tanto para alugar como para comprar, desde logo cortando na burocracia”, disse.
Proporcionar uma vida digna aos reformados é outro dos objetivos da democrata, num programa marcado pela promessa da melhoria das condições de vida. Não apenas através da redução dos impostos, mas sobretudo pela queda dos preços dos alimentos, dos cuidados de saúde, dos medicamentos e da energia.
Portas fechadas à imigração
Há pontos em comum entre os programas de Trump e Kamala, como a redução dos impostos e dos custos energéticos, mas as prioridades definidas pelo candidato republicano são substancialmente diferentes. No topo da lista está a questão da imigração, em que o ex-Presidente norte-americano não deixa dúvidas sobre o que fará se regressar à Casa Branca. “Fechar as fronteiras, parar a invasão migrante e dar início à maior deportação da história da América”, como se pode ler no site oficial da sua campanha. “Vamos começar [com a deportação] de um milhão de pessoas. Foi aí que Kamala falhou e é a partir daí que vamos começar a trabalha”, diz Donald Trump.
O travão a fundo na imigração aplica-se, também, aos carros elétricos. O líder republicano teme a invasão de automóveis chineses - fala até de fábricas que estarão a ser construídas no México por Pequim - e dos seus efeitos na indústria norte-americana do setor, um pouco a exemplo dos receios manifestados pela UE neste domínio. A entrada do dono da Tesla na campanha obrigou-o a recuar, mas não deixa de insistir que tem de haver lugar para todos. “Sou a favor dos carros elétricos, são incríveis. Mas as pessoas querem carros a gasolina e híbridos. Elon [Musk] entendeu isso”, afirma.
Das grandes apostas que se encontram inscritas no seu programa, uma merece particular atenção: a restauração da “paz na Europa e no Médio Oriente”. Uma prioridade que justifica com o facto de estes conflitos conduzirem, pela certa, à III Guerra Mundial e que, diz, vai evitar.
PORMENORES
Com Harris, o IRC pode subir de 21% para 28%, para “voltar a pôr dinheiro nos bolsos dos trabalhadores” e assegurar que os bilionários e as grandes empresas pagam uma parte justa”.
Kamala Harris propõe atribuir às famílias das classes média e baixa um benefício fiscal de 3300 € por filho, como aconteceu na pandemia. No caso dos recém-nascidos será de 5500 euros no primeiro ano de vida.
Há uma proposta avançada por Donald Trump, que Kamala Harris também apoia no seu programa eleitoral: a eliminação do imposto sobre as gorjetas para os trabalhadores da hotelaria e serviços.
No domínio do investimento, Kamala Harris promete criar um ambiente de negócios seguro para empresas que “invistam no futuro” e incentivar “tecnologias inovadoras, como inteligência artificial”.
No programa eleitoral de Donald Trump está prevista a construção de um grande escudo de defesa contra mísseis. A ‘cúpula de ferro’ garantirá segurança em todo o território.
Os cartéis de droga no México, que causam “grandes danos à América”, estão na mira de Trump: “Propus [ao Presidente mexicano] que nos deixe ir até lá e varra tudo. Rejeitou, mas algo tem que ser feito.”
Trump diz que cortará os fundos federais destinados a qualquer escola ou programa que promova questões de género ou outro conteúdo racial, sexual ou político “inapropriado” para as crianças.
Caso seja eleito, Donald Trump promete esmagar a violência dos gangs e prender os “infratores violentos”. O objetivo é tornar as cidades “mais seguras, limpas e novamente bonitas”, lê-se no programa.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt