Separou famílias e defende deportação em massa: quem é o 'Czar das fronteiras' escolhido por Donald Trump?

Tom Homan é um veterano na área da imigração.

11 de novembro de 2024 às 22:50
Tom Homan e Donald Trump Foto: Matt Rourke/AP
Tom Homan Foto: Jonathan Ernst/Reuters

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"Não há ninguém melhor para policiar e controlar as nossas fronteiras". Foi assim que Donald Trump descreveu o veterano que nomeou como o próximo 'Czar das fronteiras'. Tom Homan tem décadas de experiência nas leis da imigração. Foi polícia, agente de patrulha de fronteiras, agente especial do antigo Serviço de Imigração e Naturalização e diretor do Serviço de Imigração e Alfândegas. Na administração Trump causou polémica pela política de "tolerância zero" à imigração ilegal, que levou à separação de milhares de crianças migrantes dos pais. Espera agora a realização da "maior deportação de imigrantes da história dos Estados Unidos", uma das promessas de Trump durante as presidenciais. 

Para Tom Homan, a deportação massiva "não é uma ameaça para a comunidade imigrante" que está legalizada no país. "Na sequência de uma crise histórica de imigração ilegal. Isto tem de ser feito”, disse em entrevista no mês passado ao programa '60 Minutes' da CBS News

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Na mesma entrevista, Homan indicou que primeiro visaria os criminosos e que ameaçam a segurança nacional e depois partiria para os restantes migrantes que estivessem ilegais no país. 

Se colocar o plano em prática, Homan terá de alterar as regras da administração Biden que instruem os investigadores a focarem-se nos criminosos mais graves e protegem da deportação os imigrantes sem documentos que vivem nos EUA há muito tempo sem cometerem crimes graves.

As rusgas em larga escala nos locais de trabalho para a identificação de imigrantes ilegais, que não se realizaram durante a presidência de Joe Biden, serão retomadas, segundo disse Homan no programa. 

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Quando era diretor do Serviço de Imigração e Alfândegas, Homan foi um dos três funcionários que assinaram o documento que a então secretária de Segurança Interna, Kirstjen Nielsen, aprovou para dar luz verde às separações das crianças dos pais que estavam ilegais nos Estados Unidos. Os pais foram processados por entrada ilegal, enquanto as crianças foram enviadas para abrigos para menores não acompanhados, sem um plano para reuni-los. 

Ao ser questionado se seria possível realizar deportações em massa sem separar as famílias, Homan respondeu: "Claro que sim. As famílias podem ser deportadas em conjunto”.


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