page view
Adeptos do Borussia

Imponente, amarelo e de má memória para os portugueses: Portugal tenta sair a sorrir do Signal Iduna Park

Quatro jogos e quatro derrotas. Portugal nunca jogou na casa do Borussia Dortmund, mas FC Porto, Benfica e Sporting já.

Quatro jogos e quatro derrotas. Portugal nunca jogou na casa do Borussia Dortmund, mas FC Porto, Benfica e Sporting já.

22 de junho de 2024 às 10:41

Imponente, amarelo e grande (o maior na Alemanha). O Westfalenstadion - Signal Iduna Park desde 2005 fruto da força do dinheiro - é um dos estádios mais icónicos do futebol mundial e uma verdadeira Meca para os amantes do desporto rei.

A monumental casa do Borussia Dortmund costuma ser uma verdadeira fortaleza para a equipa que se veste com tons de abelha; que o digam os portugueses.

Apesar de nunca ter recebido nenhum jogo oficial da Seleção Nacional, FC Porto, Benfica e Sporting já passaram pelo reduto alemão. Nenhum dos três saiu a sorrir. Mas já lá vamos.

1 / 7

'Muralha amarela' serve de fortaleza para o Borussia Dortmud

O Signal Iduna Park é o estádio com maior lotação em terras germânicas. Em jogos da Bundesliga, a principal liga da Alemanha, tem capacidade para 81 365 adeptos, valor que baixa para 62 mil nos duelos internacionais, como o Euro 2024. A diferença é explicada pela utilização, nos jogos domésticos, de uma bancada para adeptos em pé.

Essa bancada sul dá forma à intimidante 'Muralha amarela', onde as bandeiras ondulam para motivar façanhas históricas da equipa local e na qual se erguem criativas e icónicas tarjas.

A verdadeira catedral do futebol europeu foi inaugurada em 1974, para o Mundial desse ano, e é a casa do Borussia desde que o clube abandonou o Estádio Rote Erde. Ainda assim, o primeiro jogo da Bundesliga só aconteceria em 1976 e a equipa amarela e preta - que estava na segunda divisão - não participou nele.

O encontro foi entre Bochum (que jogava em casa porque tinha o seu estádio em obras) e o Schalke. Curiosamente, e tendo em conta a rivalidade entre Borussia e Schalke, foi um jogador dos vizinhos da Raviera a marcar o primeiro golo da liga alemã no estádio que viria a ser do conjunto de Dortmund até aos dias de hoje.

Desde que joga no Westfalenstadion o Borussia já ganhou cinco ligas nacionais, seis supertaças alemãs, quatro taças da Alemanha, uma liga dos campeões e uma Taça intercontinental.

No mítico estádio recebeu quatro jogos com equipas portuguesas. Tem um impressionante saldo de 8 golos marcados e zero sofridos. O Benfica é a maior vítima.

1 / 6

'Dragão' à deriva não passa em Dortmund

O FC Porto visitou o Signal Iduna Park apenas uma vez.

Decorria a época de 2015/16 quando, em fevereiro, os 'dragões' orientados por José Peseiro - a substituir Julen Lopetegui - saíram derrotados do reduto do Borussia por 2-0, na primeira mão dos 16 avos de final da Liga Europa.

Um FC Porto à defesa não evitou a queda perante a 'muralha amarela' com golos do polaco (e figura do Borussia) Lukasz Piszczek e de Marco Reus (o ídolo dos ídolos) dos adeptos de Dortmund.

Dos jogadores que participaram no encontro, há um nome, passados mais de oito anos, que se repete: Rúben Neves. O médio formado nos azuis e brancos volta ao estádio agora com a camisola da seleção portuguesa.

O filme da primeira mão seria repetido no segundo encontro, já na cidade invicta, e ditaria a eliminação precoce do FC Porto na Liga Europa, após segunda derrota, desta feita por 1-0.

1 / 8

O 'quase' não chegou

Os 'leões' foram a equipa portuguesa que mais vezes enfrentou a efeverscência dos adeptos de Dortmund. A turma de Alvalade perdeu, nas duas vezes que visitou o Signal Iduna Park, pela margem mínima.

A primeira derrota aconteceu em 2016, uma época depois do Borussia ter defrontado, como já recordamos, o FC Porto. Nesse ano, o Sporting de Jorge Jesus terminou a fase de grupos num surpreendente último lugar, depois de ter arrancado boas exibições contra o Real Madrid de Cristiano Ronaldo (no memorável jogo que batizou a expressão 'otchentcha e otcho') e contra os alemães.

Vindos de uma derrota contra o Dortmund, em Alvalade, o Sporting voltou a não conseguir ser superior aos adversários, que contaram com o internacional português Raphaël Guerreiro no onze. O golo solitário do jogo foi apontado pelo colombiano Adrián Ramos.

À semelhança de Rúben Neves, também Rui Patrício, titular na baliza do Sporting, tem oportunidade de saldar dívidas com o passado no estádio alemão, apesar de, ao que tudo indica, não sair do banco no encontro de Portugal diante da Turquia.

Novamente perto contra Borussia Dortmund com nomes sonantes

Mais fresco na memória está o último encontro entre as duas equipas. Em 2021, já com Rúben Amorim ao comando dos 'leões', o desfecho voltou a repetir-se. 1-0 e nova vitória dos alemães.

O Borussia contava, nesse ano, com nada mais, nada menos que: Jude Bellingham (agora a brilhar no Real Madrid) e Erling Haaland (goleador do Manchester City). O norueguês até não jogou, por lesão, mas, mesmo assim, os alemães ganharam o encontro com um golo do holandês Donyell Malen.

Com alguma naturalidade, dada a proximidade temporal, esta equipa do Sporting é a que tem mais pontos de contacto com a atual seleção. Foram titulares, nesse jogo, João Palhinha e Matheus Nunes, ambos convocados por Roberto Martínez para este europeu.

1 / 8

Goleada começou bem cedo

Apesar de só ter realizado um jogo no Signal Iduna Park - em 1963 jogou no antigo Estádio Rote Erde - o Benfica é a equipa portuguesa com pior saldo no novo reduto do Dortmund.

No encontro dos oitavos de final da Liga dos Campeões 2016/17, disputado na mesma edição em que o Borussia derrotou o Sporting de Jorge Jesus, os comandados de Rui Vitória sofreram uma expressiva derrota por 4-0.

O Benfica entrava no jogo com alguma expectativa, depois de ter vencido a primeira mão, na Luz, por 1-0.

Todavia, a vantagem na eliminatória durou pouco. Pierre-Emerick Aubameyang demorou apenas quatro minutos a marcar o primeiro de três golos do gabonês no encontro. O norte-americano Christian Pulisic marcou o outro.

Pelas 'águias' foi titular o lateral Nélson Semedo, que foi chamado ao Europeu, agora pelo Wolverhampton, e chegou a entrar em campo na vitória de Portugal contra a República Checa.

1 / 17

É a vez de sorrir

Com os desaires recentes na memória e com protagonistas repetidos, a Seleção Nacional tem nas mãos, ou nos pés, a oportunidade de reescrever a história no grande palco alemão.

Se desta vez Portugal não enfrentará, como o fizeram FC Porto, Benfica e Sporting, a grande 'muralha de amarela', a missão não será facilitada no que ao apoio dos adeptos diz respeito.

A seleção portuguesa tem à sua espera uma muralha, sim, mas de tons avermelhados. São esperados quatro vezes mais turcos do que os 15 mil portugueses presentes no Signal Iduna Park.

Este número pode ser explicado pela forte presença de turcos na Alemanha.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

o que achou desta notícia?

concordam consigo

Logo CM

Newsletter - Exclusivos

As suas notícias acompanhadas ao detalhe.

Ouça a Correio da Manhã Rádio nas frequências - Lisboa 90.4 // Porto 94.8