Fundo de Defesa Europeu escolheu financiar projetos de combate ao armamento biológico e às ameaças dos supercomputadores, entre outras soluções. Treze entidades nacionais foram selecionadas.
Treze empresas, universidades e institutos portugueses foram selecionadas pela Comissão Europeia para fortalecer a defesa dos Estados-membros. Os seus projetos, a desenvolver em consórcio com entidades de vários países, serão financiadas pelo Fundo Europeu de Defesa e prometem defender os cidadãos contra ameaças químicas, biológicas, radiológicas e nucleares, criar novos meios para travar ciberataques, ou até fortalecer a defesa submarina, entre outros objetivos. A decisão foi anunciada no dia 16 de maio, e implica a distribuição de €1.031 milhões pelos diferentes projetos. Portugal conta com empresas em onze desses projetos.
Há empresas que surgem em mais do que um projeto: a Gmvis Skysoft (2) ou a Thales Edisoft Portugal (3). Foram selecionadas as empresas Optimal Structural Solutions, Neuraspace, Ricardo Domingos & Bergano, SISTRADE, e VoiceInteraction, mas também instituições universitárias como o Instituto Superior de Engenharia do Porto, o INEGI – Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Industrial, o CEiiA - Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produtos, o INOV – Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores Inovação, o INESC e o Instituto Superior Técnico.
Um dos consórcios que recebeu financiamento e que conta com uma empresa portuguesa sediada em Lisboa, a Gmvis Skysoft, chama-se OPTIMAS e tem como objetivo um sistema seguro de comunicações militares a laser. Com um custo total estimado de quase €22 milhões, é financiado em €17 milhões pela UE e pretende ao longo de 36 meses "definir, desenhar, e testar um sistema de comunicação a laser aéreo aplicável a várias constelações de satélites para ser integrado em unidades aéreas, navais e terrestres", indica a Comissão Europeia. Pode possibilitar, por exemplo, a ligação entre um veículo aéreo não-tripulado e um satélite com elevada taxa de transferência de dados e distribuição de chave quântica. A chave quântica consiste num método de comunicação com componentes de computação quântica, dos chamados supercomputadores. Estes últimos recorrem à mecânica quântica em vez do código binário dos computadores pessoais - e são capazes de colocar em risco infraestruturas vitais.
Para responder a essa ameaça de cibersegurança, o Fundo Europeu de Defesa também selecionou o projeto SEQURED, que será financiado a 100% pela UE para fortalecer os sistemas de segurança contra ameaças de computação quântica. O INESC fará parte deste consórcio.
Já três empresas portuguesas figuram no projeto SEACURE, que integra vários sistemas de plataformas não tripuladas envolvidas em operações anti-submarinos e de segurança de infraestruturas críticas no solo marinho. O CEiiA, a Gmvis Skysoft e a Thales Edisoft Portugal aparecem num conjunto de 31 instituições. O projeto de combate submarino tem um custo estimado de €60 milhões, sendo financiado pela UE em €45 milhões.
A Optimal Structural Solutions, sediada em Alcabideche, vai ajudar a desenvolver novas munições de artilharia com pelo menos 60 quilómetros de alcance e maior capacidade de precisão, através do consórcio FIRES 2. Por outro lado, o INEGI estará envolvido no MaJoR, que pretende criar plataformas que cortam em 40% os custos de junção de tecnologias militares para ar, mar e terra, que aumentam em 30% a rapidez de produção e aceleram em 30% o processo de design de armamento.
Um dos projetos financiados a 100% pela UE com cerca de €6 milhões será o Linguarise-DC, que investe em métodos de análise, produção, modificação ou resposta a textos e discurso humanos: as tecnologias de linguagem. Segundo a Comissão Europeia, trata-se de uma necessidade crítica no setor de defesa europeu.
Até agora, o Fundo Europeu de Defesa já investiu mais de 3 mil milhões do orçamento previsto de 7 mil milhões até 2027. Ao todo, 581 entidades de 26 Estados-membros e Noruega figuram nos projetos selecionados.
Após o anúncio dos projetos a financiar, segue-se a preparação dos acordos de bolsas com os diferentes consórcios e, concluída essa fase do processo, prevê-se que as assinaturas sejam feitas antes do fim do ano.
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