Eurodeputada Catarina Martins exige que UE condene alegado ataque a flotilha humanitária
Bloquista considera que o silêncio dos líderes "é cúmplice" e que "os cúmplices de genocídio são também genocidas".
A eurodeputada do BE, Catarina Martins, exigiu esta terça-feira à União Europeia (UE) que condene o alegado ataque a uma embarcação com bandeira portuguesa duma flotilha humanitária e proteja os participantes que pretendem rumar à Faixa de Gaza.
"O que precisava de estar a fazer era apoiar quem está a fazer chegar a ajuda humanitária a Gaza, não lhe ouvi uma palavra sobre a flotilha global", disse a bloquista, interpelando a chefe da diplomacia europeia, Kaja Kallas, num debate sobre a situação na Faixa de Gaza, no Parlamento Europeu (PE).
"Esta noite, um dos barcos, com bandeira portuguesa, onde viajam [a ativista sueca] Greta Thunberg, [a coordenador do BE] Mariana Mortágua e muitos outros cidadãos europeus foi atingido por um drone", sublinhou, questionando ainda os líderes da UE sobre as ações de Israel.
"O que dizem [a presidente do PE], Roberta Metsola, [a presidente da Comissão Europeia], Ursula von der Leyen, e [o presidente do Conselho Europeu], António Costa? Onde está a vossa condenação a este ataque?", acrescentou Catarina Martins.
A eurodeputada apelou ainda à proteção dos cidadãos que estão a tentar fazer chegar ajuda humanitária a Gaza.
Referindo ainda que "Israel está a matar com as armas e os meios europeus", a eurodeputada considerou que o silêncio dos líderes "é cúmplice" e que "os cúmplices de genocídio são também genocidas".
- Uma das embarcações da flotilha solidária de ajuda humanitária a Gaza, que conta com portugueses na comitiva, foi alegadamente atacada "aparentemente por um drone" no porto de Tunes, acusou esta terça-feira a relatora especial da ONU, Francesca Albanese.
"O barco principal da flotilha (Family) foi atacado aparentemente por um drone no porto de Tunes", referiu na rede social X.
Na iniciativa participam o ativista Miguel Duarte, a coordenadora do BE, Mariana Mortágua, e a atriz Sofia Aparício.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro afirmou esta terça-feira em Pequim que o Governo está a recolher informações sobre o que se passou com a flotilha humanitária.
A Flotilha Global Sumud, que pretende ser "a maior missão humanitária da história" com o território palestiniano de Gaza, saiu inicialmente de Barcelona. 'Sumud' é uma palavra árabe que significa resiliência.
A Guarda Nacional tunisina negou que tenha havido um ataque com um 'drone', indicando que "nenhum aparelho" foi detetado pelas autoridades e sugerindo que pode ter sido uma beata de cigarro a provocar o fogo registado a bordo.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt