Israel acusa Guterres de apoiar Hamas e exige a sua demissão

António Guterres teme uma catástrofe humanitária na Faixa de Gaza.

08 de dezembro de 2023 às 01:30
Guerra Israel-Hamas Foto: ATEF SAFADI&EPA
Partilhar

Israel acusa o secretário-geral da ONU, António Guterres, de “um novo nível de baixeza moral” e de estar a apoiar o Hamas, acrescentando que o seu mandato é “um perigo para a paz mundial”. “Apelo mais uma vez ao secretário-geral para que se demita imediatamente. A ONU precisa de um secretário-geral que apoie a guerra contra o terrorismo, e não de um secretário-geral que atue de acordo com o guião escrito pelo Hamas”, exigiu o embaixador israelita na ONU, Gilad Erdan.Para o embaixador israelita na ONU, o apelo de Guterres a um cessar-fogo é, na verdade, “um apelo à manutenção do reinado de terror do Hamas em Gaza”. Gilad Erdan considera que o secretário-geral deveria ter optado por “apontar explicitamente a responsabilidade do Hamas pela situação e apelar aos líderes terroristas para que se entreguem e devolvam os reféns, acabando assim com a guerra”. Apesar das acusações, a carta apelava explicitamente à “libertação imediata e incondicionalmente” dos reféns sequestrados pelos radicais islâmicos.

As acusações surgem depois de António Guterres ter invocado, pela primeira vez desde que se tornou secretário-geral da ONU em 2017, o artigo 99.º da Carta das Nações Unidas. Ali se escreve que o secretário-geral “pode chamar a atenção do Conselho [de Segurança] para qualquer assunto que, na sua opinião, possa ameaçar a manutenção da paz e segurança no Mundo”. António Guterres apelou, por carta, para que o Conselho “pressione para evitar uma catástrofe humanitária” em Gaza, reiterando os seus apelos a um cessar-fogo que trave “implicações potencialmente irreversíveis” para os palestinianos.

Pub

Para o embaixador israelita na ONU, o apelo de Guterres a um cessar-fogo é, na verdade, “um apelo à manutenção do reinado de terror do Hamas em Gaza”. Gilad Erdan considera que o secretário-geral deveria ter optado por “apontar explicitamente a responsabilidade do Hamas pela situação e apelar aos líderes terroristas para que se entreguem e devolvam os reféns, acabando assim com a guerra”. Apesar das acusações, a carta apelava explicitamente à “libertação imediata e incondicionalmente” dos reféns sequestrados pelos radicais islâmicos.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

Partilhar