Israel diz estar pronto para intercetar flotilha rumo a Gaza

Segundo o porta-voz militar, brigadeiro-general Effie Defrin, a flotilha é financiada por representantes do movimento islamita palestiniano Hamas na Europa.

25 de setembro de 2025 às 19:12
Flotilha humanitária Foto: AP Photo/Anis Mili
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Israel assegurou esta quinta-feira que a Marinha está preparada para intercetar a Flotilha Global Sumud, composta por cerca de 50 navios que pretendem romper o bloqueio imposto a Gaza.

"A Marinha está bem preparada para defender as fronteiras do Estado de Israel, tal como já fazemos em terra e no ar. Estamos prontos", afirmou o porta-voz militar, brigadeiro-general Effie Defrin, numa conferência de imprensa.

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Segundo Defrin, a flotilha é financiada por representantes do movimento islamita palestiniano Hamas na Europa.

"Temos provas disso. Todos os que apoiam esta iniciativa estão, na verdade, a apoiar os assassinos de 07 de outubro", disse o porta-voz, numa referência ao ataque lançado pelo Hamas contra Israel em 2023.

O porta-voz israelita reiterou ainda o apelo do Ministério dos Negócios Estrangeiros para que qualquer ajuda humanitária seja enviada por canais aceites, através de portos israelitas ou de países vizinhos.

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A flotilha denunciou na quarta-feira ter sido alvo de "explosões intimadatórias", ao largo da Grécia, que atribuiu a Israel.

A ONU e a União Europeia condenaram na quarta-feira os "ataques" noturnos ao largo da Grécia contra a flotilha. Itália e Espanha anunciaram o envio de navios para prestar assistência às embarcações, caso necessário.

A flotilha pretende alcançar a Faixa de Gaza para "quebrar o bloqueio israelita" e levar ajuda humanitária ao enclave palestiniano, após duas tentativas em junho e julho, frustradas por Israel.

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A Flotilha Global Sumud é composta por cerca de 50 navios com ativistas, políticos, jornalistas e médicos de mais de 40 nacionalidades, incluindo três portugueses: a deputada Mariana Mortágua, o ativista Miguel Duarte e a atriz Sofia Aparício.

O Bloco de Esquerda (BE) pediu esta quinta-feira uma audiência urgente com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, para debater a proteção diplomática da flotilha.

A guerra em Gaza, que dura há quase dois anos e que já causou a morte a mais de 65.000 palestinianos, foi desencadeada pelo ataque do movimento islamita palestiniano Hamas contra Israel, a 07 de outubro de 2023.

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Em agosto, a ONU declarou o estado de fome no território palestiniano, sujeito a um rigoroso bloqueio por parte de Israel desde o início do conflito.

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