Israel defende que "mundo é um lugar melhor" sem chefe do Hezbollah morto no domingo
Ali Tabatabai morreu num bombardeamento aéreo israelita contra um subúrbio de Beirute.
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Gideon Saar, defendeu, esta segunda-feira, que "o mundo é um lugar melhor" sem o chefe militar do grupo xiita libanês Hezbollah, Ali Tabatabai, abatido domingo pelo exército israelita.
Ali Tabatabai morreu num bombardeamento aéreo israelita contra um subúrbio de Beirute, o que o Governo libanês considerou tratar-se de uma violação do direito internacional.
No entanto, Saar desdramatizou as acusações de Beirute e defendeu que as operações das forças de defesa de Israel "não constituem uma violação da soberania do Líbano".
"A operação de ontem [domingo], e as operações do Exército de Israel contra o Hezbollah, em geral, não constituem uma violação da soberania do Líbano", declarou Saar numa conferência de imprensa em Assunção.
O chefe da diplomacia israelita, que iniciou, esta segunda-feira, a sua primeira visita ao Paraguai, argumentou que "a mera existência do Hezbollah como a força armada mais poderosa do Líbano constitui uma violação da soberania" desse país.
Nesse sentido, afirmou que "enquanto o Hezbollah não for desarmado, o Líbano continuará de facto sob ocupação iraniana".
O ministro israelita considerou que Ali Tabatabai "era um assassino em massa", que "liderou ataques terroristas contra Israel" e "liderou os esforços para reconstruir" aquilo a que chamou "o exército de terror do Hezbollah".
Saar sustentou que, no último ano, desde o cessar-fogo entre Israel e o Líbano, a 27 de novembro de 2024, o Hezbollah tem trabalhado "para se rearmar", depois dos "duros golpes" que disse ter sofrido por parte de Israel.
Ali Tabatabai foi abatido no domingo num bombardeamento israelita contra os subúrbios do sul de Beirute, no qual morreram também outros quatro membros do Hezbollah e ficaram feridas mais 28 pessoas.
"Enquanto o Hezbollah for a força militar mais poderosa do Líbano, Israel não terá segurança e o Líbano não terá futuro", afirmou Saar ao lado do homólogo paraguaio, Rubén Ramírez, com quem se reuniu durante o dia e assistiu à assinatura de um acordo de cooperação entre os dois países, depois de ter sido recebido pelo Presidente do Paraguai, Santiago Peña.
Saar cumpre a sua primeira visita ao Paraguai, um dos principais aliados sul-americanos do Governo do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, de onde seguirá viagem para a Argentina.
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