Matança de famintos em Gaza deixa mundo “horrorizado”

"Estou horrorizado com a notícia de outro massacre em Gaza de civis que estavam desesperados por ajuda humanitária. Estas mortes são totalmente inaceitáveis", afirma o alto-representante da União Europeia para a Política Externa. Josep Borrell diz que o ataque israelita em que morreram mais de 100 palestinianos e onde mais de 750 ficaram feridos enquanto esperavam por alimentos no Norte da Faixa de Gaza constitui "uma grave violação do direito humanitário internacional".

Também o secretário-geral da ONU mostrou-se "chocado" com o que aconteceu. António Guterres apelou a "uma investigação independente eficaz" para identificar os responsáveis.

Já o Presidente francês pediu esclarecimentos e apelou a um cessar-fogo. "A situação em Gaza é terrível. Toda a população deve ser protegida. Um cessar-fogo deve ser implementado imediatamente para permitir a distribuição de ajuda humanitária", afirmou Emmanuel Macron.

A China também condenou os disparos israelitas contra uma multidão faminta. "A China exorta as partes envolvidas, em particular Israel, a decretarem um cessar-fogo e a porem imediatamente termo aos combates", declarou a porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning. Tal como Borrell, o Governo australiano também declarou estar "horrorizado".

OUTROS CASOS

Israel

O Exército israelita alega que disparou contra a multidão, porque representava "uma ameaça" para os militares.

50 milhões

Comissão Europeia vai enviar 50 milhões de euros de ajuda à agência da ONU para os refugiados palestinianos.

Bloqueio

EUA bloqueiam resolução da ONU a culpar Israel por mortes durante distribuição de comida. Diz que falta apurar factos sobre o caso.