"Não vamos desencadear guerra contra Israel", garante Paulo Rangel

O Governo português voltou a reafirmar que não tem qualquer obrigação ao abrigo do direito internacional de acompanhar e proteger a flotilha em direção a Gaza.

“É algo que me parece inusitado. Não vamos agora pôr a frota da Armada Portuguesa a acompanhar esta flotilha ou a desencadear uma guerra contra Israel, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros. Paulo Rangel lembra que a iniciativa é da sociedade civil e que “o Estado português não organizou esta missão, o Estado português não está vinculado a esta missão”.

Já o Governo espanhol garantiu que vai oferecer “toda a proteção diplomática e consular” aos tripulantes. “Espanha não vai permitir nenhuma atuação que viole a legalidade internacional” no que toca à flotilha, garantiu o ministro dos Negócios Estrangeiros. José Manuel Albares assegurou que caso haja detenções na chegada a Gaza, Espanha colocará em disposição as “embaixadas espanholas mais próximas”. À de Telavive será mesmo pedido que prepare os “mecanismos de proteção”.

Entretanto, a Alemanha já fez saber que não vai apoiar sanções da União Europeia contra Israel. O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão diz que a aplicação de sanções não teria qualquer influência na operação militar israelita na Faixa de Gaza. Para Johann Wadephul, a Alemanha prefere restringir as armas que tem entregado a Israel. “Acredito que é uma medida ponderada e precisa que é muito importante e necessária”, defendeu. Além da Alemanha, Itália tem-se oposto à aplicação de sanções contra o Estado judaico. Pelo contrário, países como Espanha, Dinamarca, Irlanda, Eslovénia ou os Países Baixos, têm feito pressão para que a União Europeia aplique sanções a Israel.