Troca de corpo Shiri Bibas revolta Israel

Exército confirma ter recebido os corpos de Ariel e Kfir, de 4 anos e 9 meses, mas não o de Shiri Bibas.

22 de fevereiro de 2025 às 01:30
Hamas exibiu caixões pretos com corpos de reféns num palco antes de os entregar à Cruz Vermelha Foto: REUTERS
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O primeiro-ministro israelita acusa o Hamas de violar o acordo de cessar-fogo ao não entregar os restos mortais de Shiri Bibas, a mulher que foi raptada com os dois filhos de 4 anos e de 9 meses, a 7 de outubro de 2023.

Benjamin Netanyahu prometeu retaliação. “Agiremos com determinação para trazer Shiri para casa, bem como todos os nossos reféns - os vivos e os mortos - e asseguraremos que o Hamas pague o preço por esta cruel e perversa violação do acordo”, advertiu, numa declaração em vídeo. Telavive alega que os testes de ADN a um dos corpos devolvidos na quinta-feira não corresponde a Shiri Bibas “nem ao de qualquer outro refém israelita”.

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“Trata-se de um corpo não identificado”, disse o porta-voz do exército. O Hamas já admitiu que o corpo entregue não seja o de Shiri, uma vez que os restos mortais ter-se-ão misturado com os de outra pessoa nos escombros. O grupo extremista defende que a mulher e os filhos, Ariel e Kfir, morreram devido a um ataque aéreo israelita contra a Faixa de Gaza quando estavam em cativeiro. No entanto, as autoridades israelitas garantem que as duas crianças foram mortas pelos raptores. “De acordo com a avaliação das autoridades competentes e com base nas informações disponíveis e nos indicadores de diagnóstico, Ariel e Kfir Bibas foram brutalmente assassinados em cativeiro em novembro de 2023 por terroristas palestinianos”, acusam.

Guterres “desfile de corpos”

“Condeno o desfile de corpos e a exibição dos caixões dos reféns israelitas falecidos pelo Hamas na quinta-feira”, escreveu o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, na sua conta oficial do X.

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Libertação

Hoje serão libertados os últimos seis reféns vivos na lista da primeira fase do acordo entre Israel e o Hamas. Dos 251 raptados no ataque de 7 de outubro de 2023, há ainda 59 reféns, em Gaza, mas muitos deles já não estão vivos.

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