Tropas israelitas matam ativista americana na Cisjordânia
Aysenur Eygi foi baleada na cabeça quando participava em manifestação contra colonatos.
Uma ativista com dupla nacionalidade norte-americana e turca foi morta a tiro por militares israelitas na Cisjordânia, na sexta-feira, num incidente que ameaça complicar ainda mais a relação tensa entre a Administração Biden e Israel.
Aysenur Ezgi Eygi, de 26 anos, foi baleada na cabeça quando participava numa manifestação contra a expansão dos colonatos israelitas na região de Nablus. Ainda foi assistida no local, mas acabou por falecer no hospital.
O Exército israelita diz que os militares abriram fogo contra um “instigador” do sexo masculino que estava a atirar pedras contra os soldados e “representava uma ameaça”. Outros ativistas internacionais que estavam presentes na manifestação garantem que não houve confrontos e que a ativista estava a mais de 200 metros dos militares, que terão disparado pelo menos dois tiros.
A Casa Branca disse ter recebido a notícia da morte da ativista com “grande perturbação” e apelou a Israel para investigar as circunstâncias em que ocorreu o incidente. Já a família da jovem exigiu uma investigação independente, enquanto as Nações Unidas pediram uma “investigação exaustiva” e a punição dos responsáveis.
PORMENORES
O PR turco, Tayyip Erdogan, condenou a morte da jovem a apelou à formação de uma “aliança islâmica contra o expansionismo israelita”.
Pelo menos 61 pessoas foram mortas pelas forças israelitas em Gaza nas últimas 48 horas, oito das quais num ataque contra uma escola em Jabalia.
O diretor da CIA, William Burns, diz que os EUA vão apresentar nos próximos dias uma proposta de cessar-fogo “mais detalhada”.
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