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Centenas de pessoas protestam em Lisboa contra guerra em Gaza

Manifestantes vão caminhar até à Assembleia da República.

06 de abril de 2024 às 16:14

Cerca de meio milhar de pessoas concentrou-se este sábado junto da embaixada de Israel, em Lisboa, para condenar a guerra na Faixa de Gaza, que se iniciou há seis meses.

Os manifestantes, que vão caminhar até à Assembleia da República, empunham cartazes escritos à mão com a pergunta "Que tipo de Deus iria querer Israel" e faixas referindo "Parar a Guerra, dar uma oportunidade à paz" ou "Não à Guerra, Não ao massacre".

Mesmo na frente do protesto está a mãe Andreia e o filho Artur, de 9 anos, aluno do terceiro ano e que justifica a presença à agência Lusa, dizendo: "estamos aqui para acabar com a guerra na Palestina que começou por causa de Israel".

Uma explicação completada pela mãe, que defende a importância de envolver os mais novos na causa que visa "mostrar que o povo português está contra o genocidio e a morte de crianças".

A marcha iniciou-se pouco depois das 15h30 com gritos de ordem como "paz sim, guerra não" , e "Libertar a Palestina, acabar com a chacina", por meio de bandeiras palestinianas e de várias outras dos cerca 15 organizadores da marcha.

São também visíveis os tradicionais keffiyeh, lenços que são símbolo da luta palestiniana, tal como cravos nas lapelas.

O Ministério da Saúde do Hamas anunciou este sábado um novo balanço de 33.137 mortos na Faixa de Gaza desde o início da guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano em 7 de outubro.

Nas últimas 24 horas foram registadas mais 46 mortes, segundo um comunicado do ministério, que informou também que 75.815 pessoas ficaram feridas em quase seis meses de guerra.

O conflito em curso na Faixa de Gaza foi desencadeado pelo ataque do grupo islamita Hamas em solo israelita de 7 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.

Desde então, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que provocou mais de 33.000 mortos, segundo o Hamas, que governa o pequeno enclave palestiniano desde 2007.

A retaliação israelita está a provocar uma grave crise humanitária em Gaza, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa "situação de fome catastrófica" que já está a fazer vítimas - "o número mais elevado alguma vez registado" pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.

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