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Dezenas de mortos na Faixa de Gaza

Sucedem-se os incidentes nas proximidades dos centros de distribuição de alimentos à população faminta.

18 de junho de 2025 às 17:58

Dezenas de palestinianos têm sido mortos diariamente na Faixa de Gaza em centros de distribuição de alimentos à população faminta. Só esta quarta-feira, a Defesa Civil de Gaza mais onze vítimas. "As forças de ocupação [exército israelita] abriram fogo e disparam vários obuses contra milhares de cidadãos que esperavam a abertura dos centros de distribuição de ajuda”, descreveu o porta-voz da Defesa Civil, Mahmoud Baçal, em declarações à agência de notícias France-Presse.

Mas não foram os únicos mortos a somar aos mais de 55 mil que já perderam a vida desde a intervenção militar de Israel no enclave palestiniano. De acordo com a mesma fonte, mais 19 pessoas morreram esta quarta-feira em três ataques das forças de Israel, que fizeram explodir sete casa em Beit Hanoun, no norte do território. Contactado pela AFP, o exército israelita afirmou estar a investigar as informações relatadas pela Defesa Civil de Gaza.

As mortes às portas de instalações humanitárias tem sido alvo de preocupação e duras críticas de vários setores da comunidade internacional, inclusive das Nações Unidas. O bloqueio total à Faixa de Gaza tem impedido a entrada de ajuda à população, de cerca de dois milhões de pessoas, entre elas milhares de crianças, mulheres e idosos, que vivem em extrema dificuldade. Alguns já morreram de fome. Todas as semanas, em muitas cidades e capitais, multidões têm saído à rua para pressionar os seus governo a agir contra esta situação, mas até agora sem resultados práticos.

O exército israelita alega que os soldados, por vezes, abrem fogo, porque as pessoas avançavam, apesar dos tiros de aviso, numa zona que afirma ter declarado como "zona de combate".

Com os camiões de ajuda internacional impedidos de atravessar a fronteira, a tarefa de distribuição de alimentos e farinha tem estado a cargo da Fundação Humanitária de Gaza, criada por Israel e apoiada pelos Estados Unidos. Mas tem-se revelado claramente insuficiente para responder às necessidades.

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