Bloco anunciou esta quinta-feira que vai apresentar um voto de condenação no parlamento por Israel ter considerado o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, 'persona non grata'.
PS, BE, PCP, Livre e PAN condenaram esta quinta-feira as ações do Estado de Israel no Médio Oriente, apelando ao Governo português para avançar, de imediato, com o reconhecimento do Estado da Palestina.
Estas posições foram assumidas numa audição na Assembleia da República da relatora especial da ONU para os territórios palestinianos ocupados, Francesca Albanese, que contou apenas com a presença dos partidos da esquerda parlamentar - um facto lamentando pela relatora ao longo do encontro.
A coordenadora do BE, Mariana Mortágua, afirmou perante Albanese que as "ações de Israel só podem ser enquadradas num projeto racista, expansionista, de ocupação do território palestiniano e extermínio da sua população".
"Não se trata de uma resposta, não se trata de uma defesa, não se trata sequer de uma vingança. Trata-se de um plano de longo prazo, expansionista, colonialista e de extermínio de Israel relativamente à Palestina. E a dificuldade que os países do Ocidente têm em reconhecer isto torna-os cúmplices deste extermínio e desta política", defendeu.
Mariana Mortágua, alinhando com as críticas feitas por Francesca Albanese na sua intervenção inicial ao Estado português, acusou o Governo de "entrar na hipocrisia de reconhecer (a solução) de dois Estados, sem reconhecer o Estado da Palestina".
O Bloco anunciou esta quinta-feira que vai apresentar um voto de condenação no parlamento por Israel ter considerado o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, 'persona non grata'.
Pelo Livre, o co-porta-voz Rui Tavares disse que o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu "já está a falhar" na tentativa de impedir que a Palestina seja reconhecida como Estado independente e criticou o que diz ser um caminho de "desnormalização e diabolização das figuras do sistema internacional, em particular da ONU", referindo que essa é uma opção que "não é inocente".
"Não é por acaso que atacam o secretário-Geral das Nações Unidas e que o Governo Português limitou-se a lamentar que o secretário-Geral António Guterres não possa entrar em Israel. Nós acreditamos que é preciso mais do que lamentar, é preciso condenar e é preciso trabalhar a nível internacional para que as coisas mudem e para que isto seja inaceitável", acrescentou.
O deputado João Paulo Rebelo, do PS, sublinhou que se os socialistas, que estiveram os últimos oito anos no governo, estivessem ainda à frente do executivo "não só estaria a debater a solução dos dois Estados, como teria dado o passo verdadeiramente importante e decisivo que era o reconhecimento da Palestina".
O socialista sublinhou ainda que o partido submeteu esta quarta-feira um voto de condenação ao Estado de Israel e apresentará também um projeto de resolução que "insta o Governo a reconhecer o Estado da Palestina".
João Paulo Rebelo salientou ainda, lembrando as palavras do subsecretário-geral da ONU e ex-ministro do PSD Jorge Moreira da Silva, que o que se está a passar no Médio Oriente é "uma crise de humanidade" e questionou a relatora da ONU sobre o que podem os deputados fazer para contribuir para a resolução do conflito.
António Filipe, deputado do PCP, associou-se às críticas aos Governos dos diversos Estados europeus, referindo que tem "havido uma ambiguidade que não deve existir".
O deputado comunista disse ainda que na defesa da Palestina "não há nenhum problema de antissemitismo", mas sim um combate a uma "ideologia sionista, que é supremacista, racista" e tem como objetivo, por parte de Israel, "a construção de um Estado supremacista no território, historicamente, da Palestina".
A representar o PAN nesta audição estava a dirigente Tânia Mesquita, que considerou estar a decorrer "a promoção de um verdadeiro genocídio sobre o povo palestiniano" e sublinhou que o partido tem estado do lado dos apelos para que Portugal reconheça o Estado da Palestina.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.