Na manhã de sábado, 7 de outubro, Israel acordou em alerta, após um ataque surpresa desencadeado pelo grupo islâmico Hamas, com recurso a foguetes disparados da Faixa de Gaza.
As sirenes em cidades como Telavive e Beersheba começaram a ser ouvidas, enquanto múltiplos palestinianos armados rompiam muros controlados por Israel e entravam em solo israelita.
Além de terem provocado centenas de mortes, os palestinianos fizeram dezenas de reféns.
O primeiro-ministro israelita reagiu rapidamente e declarou "guerra" ao Hamas.
"Não estou a dizer que é bom termos uma proporção de dois para um", frisou um dos responsáveis, que falou sob condição de anonimato, acrescentando que o uso de escudos humanos fazia parte da "estratégia básica" do Hamas.
"Espera-se que esta proporção seja muito menor na próxima fase da guerra", destacou ainda.
Em 7 de outubro, segundo as autoridades israelitas, comandos do Hamas mataram no seu ataque cerca de 1.200 pessoas, na maioria civis. Mais de 240 foram sequestradas e enviadas para a Faixa de Gaza, com 137 ainda mantidas como reféns, de acordo com o Exército israelita.
Em represália, as forças militares do Estado judaico desencadearam bombardeamentos massivos sobre a Faixa de Gaza -interrompidos durante uma semana de trégua -- e que segundo o Ministério da Saúde do Hamas em Gaza já provocaram 15.899 mortos, 70% mulheres e palestinianos com menos de 18 anos.
"Lutámos dura e exaustivamente no norte da Faixa e agora estamos a fazê-lo no sul", declarou Halevi, depois de nas últimas horas ter sido ordenada a evacuação de vários bairros da cidade de Khan Yunis, no sul, de onde muitos habitantes de Gaza estão agora a deslocar-se para a cidade de Rafah.
Nas últimas horas, surgiram nas redes sociais informações e imagens não verificadas mostrando tanques israelitas envolvidos em combates no sul de Gaza e no norte de Khan Yunis.
Em entrevista à agência Lusa a propósito do seu livro "Não Há Missões Impossíveis" sobre as operações das forças especiais israelitas, Bar-Zohar defendeu que após a guerra o atual primeiro-ministro, com o qual trabalhou no parlamento enquanto deputado, deverá perder o lugar.
"O primeiro-ministro Netanyahu está sob fogo cerrado. Não é muito popular e não sei quanto tempo irá manter a sua posição", disse. "É um homem muito inteligente. Foi um bom primeiro-ministro, mas atualmente há muitas críticas contra ele".
Em 1 de dezembro, o CPJ estimava o número de mortos em 54 palestinianos, quatro israelitas e três libaneses, de acordo com o balanço publicado no seu 'site', que divulga os nomes, datas e circunstâncias em que os profissionais foram mortos.
O CPJ destaca que 7 de outubro foi o dia mais mortal para os profissionais de comunicação social, com seis mortes, seguido de 18 de novembro, em que morreram cinco jornalistas.
We reiterate that all women, Israeli women, Palestinian women, as all others, are entitled to a life lived in safety and free from violence.
— UN Women (@UN_Women) December 2, 2023
Read our full statement: https://t.co/gbvae3l8kl pic.twitter.com/b0LZutlJmI
O Hezbollah libanês disse esta sexta-feira estar vigilante e preparado, uma vez que o recomeço dos combates entre o aliado palestiniano Hamas e Israel alimentou a preocupação de que os confrontos na fronteira israelo-libanesa pudessem também recomeçar, avança a Reuters.
O número de pessoas mortas em ataques israelitas na Faixa de Gaza desde esta manhã de sexta-feira subiu para pelo menos 100.
As sirenes dos foguetes também soaram em várias cidades do norte de Israel, perto da fronteira libanesa, fazendo com que os residentes da zona corressem para se abrigar.
A entrada de camiões de ajuda e de combustível para a Faixa de Gaza na passagem egípcia de Rafah foi interrompida esta sexta-feira, segundo fontes egípcias de segurança e de ajuda, quando Israel retomou a campanha militar após trégua de uma semana, segundo avança a Reuters.
A quantidade de ajuda entregue através da passagem de Rafah tinha aumentado durante a trégua, embora os funcionários da ajuda humanitária tenham dito que era ainda muito inferior ao necessário.
Rafah tem sido o único ponto de entrada da ajuda humanitária destinada a Gaza, tendo as entregas começado em 21 de outubro, duas semanas após o início da guerra.
O Kremlin afirmou esta sexta-feira que continua a fazer esforços para libertar os cidadãos russos que são mantidos reféns pelo Hamas, o grupo islamita palestiniano que governa a Faixa de Gaza, segundo a Reuters.
Num telefonema aos jornalistas, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que o prolongamento do cessar-fogo de uma semana entre Israel e o Hamas teria sido mais apropriado do que o recomeço dos combates de sexta-feira, dada a escala do sofrimento no território.
O exército israelita acusou o Hamas de ter quebrado o cessar-fogo e anunciou a retoma dos combates, minutos depois de ter terminado a trégua temporária estabelecida a 24 de novembro.
"O Hamas violou a pausa operacional e, além disso, disparou contra território israelita. As Forças de Defesa de Israel retomaram os combates contra a organização terrorista Hamas na Faixa de Gaza", declarou o exército em comunicado.
Citando "documentos, e-mails e entrevistas" a que teve acesso, o jornal norte-americano afirmou que o plano descrevia com grande precisão um ataque surpresa como o que o grupo islamita palestiniano levou a cabo a 7 de outubro, que causou 1.200 mortos em Israel e mais de 200 reféns.
O plano de 40 páginas, com o nome de código "Muro de Jericó", previa a utilização de drones para destruir as câmaras de segurança ao longo da fronteira com a Faixa de Gaza, ou a entrada em massa de militantes a pé, de mota e de parapente, embora não fixasse uma data para a operação.
Grande parte dos mortos são mulheres e crianças.
Ataques aéreos de Israel atingiram o sul do enclave, incluindo a comunidade de Abassan, a leste da cidade de Khan Younis, informou ainda o Ministério do Interior do território governado pelo Hamas desde 2007.
As forças israelitas tinham divulgado já na tarde desta quinta-feira a libertação de dois reféns israelitas pelo Hamas.
"É claro que condenamos este ataque terrorista, esta violência terrível", declarou Kirby à imprensa, acrescentando que o ataque constituiu "um novo exemplo da ameaça que o Hamas faz pesar sobre o povo israelita e a nação israelita".
"O cerne da reunião do Presidente [israelita] com o Presidente dos Emirados Árabes Unidos [EAU] foi a necessidade de atuar de qualquer forma possível para libertar os reféns israelitas cativos" do Hamas, sendo sublinhado que essa libertação "é um dever humanitário para toda a família das nações e os líderes da região em particular", indicou um comunicado da presidência israelita.
Herzog apelou a Bin Zayed, que apelidou de "amigo", para utilizar "todo o peso político em promover e acelerar o regresso a casa dos reféns".
Blinken, que visitou Israel várias vezes desde que eclodiu a guerra entre o Estado judaico e o grupo islamita palestiniano Hamas, a 7 de outubro, "instou a que sejam tomadas medidas imediatas para responsabilizar os colonos extremistas pela violência contra os palestinianos na Cisjordânia", indicou o Departamento de Estado num comunicado.
"Os Estados Unidos continuam empenhados na adoção de medidas práticas para promover um Estado palestiniano que viva em paz, liberdade e segurança ao lado de Israel", acrescentou o chefe da diplomacia norte-americana, na sua reunião com Netanyahu.
"Implementámos sistemas de evacuação médica em resposta à guerra da Rússia contra a Ucrânia. Ainda não foi criado nenhum sistema de evacuação médica para Gaza, mas poderá ser considerado, se for recebido um pedido", disse a comissária europeia da Saúde, Stella Kyriakides.
Discursando esta quinta-feira perante os ministros europeus da tutela - incluindo o português, Manuel Pizarro - que não prestou declarações aos jornalistas -, a responsável lamentou a atual "catástrofe humanitária de proporções sem precedentes para a população de Gaza".
Desde a entrada em vigor das tréguas, que vão esta quinta-feira no sétimo dia, o grupo islamita libertou cerca de 10 reféns em troca do triplo dos detidos palestinianos.
O acordo foi prorrogado esta quinta-feira às primeiras horas da manhã, até às 07h00 de sexta-feira (05:00 em Lisboa), a poucos minutos de terminar o prazo para o fim da trégua.
O Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) da ONU alertou esta quinta-feira para a situação sanitária na Faixa de Gaza, onde já se registaram surtos de hepatite e outras infeções.
As más condições de higiene e a sobrelotação dos abrigos da ONU, onde vivem cerca de 946 mil pessoas, aumentaram a incidência de doenças respiratórias e cutâneas, bem como de diarreia e piolhos, reconheceu o OCHA no relatório diário.
O documento referiu ainda que, apesar da trégua, que permitiu a libertação de reféns israelitas e de outros reféns e prisioneiros palestinianos, o norte de Gaza continua a não ter acesso a água potável, o que poderá aumentar os surtos epidémicos e os casos de desidratação.
A trégua deveria terminar às 07h00 (05h00 em Lisboa), mas, um quarto de hora antes, o exército israelita emitiu um comunicado no qual se informava que a "pausa operacional" iria continuar, "tendo em conta os esforços dos mediadores para prosseguir o processo de libertação dos reféns" detidos na Faixa de Gaza.
O Hamas, por seu lado, afirmou que a trégua se prolongou por "um sétimo dia".
"Infelizmente, vários deputados, principalmente das duas bancadas do Governo, apresentaram resistência e não concordância com o projeto de resolução apresentado", refere, em comunicado enviado esta quinta-feira à Lusa, a Fretilin.
Segundo o partido, no debate, realizado segunda-feira, os deputados apresentaram "argumentos baseados em preconceitos e falta de informação sobre o assunto".
Esta posição foi manifestada pela porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês, Anne-Claire Legendre, quando questionada sobre o possível reconhecimento unilateral espanhol da Palestina.
"As tropas continuarão a agir contra qualquer ameaça", declarou Daniel Hagari, principal porta-voz do Exército, descrevendo o incidente desta quarta-feira como uma nova violação do cessar-fogo temporário em vigor desde sexta-feira, e que deverá terminar dentro de horas se a negociação em curso não conseguir prolongar a trégua entre as partes.
No Martim Moniz, como já sucedeu noutros pontos do país, cumpriu-se mais uma jornada da Semana de Solidariedade com o Povo Palestiniano, sob o lema "Paz no Médio Oriente. Palestina independente".
Já com a noite instalada, chuva pouco intensa, camioneta-palco, luzes e altifalantes, um vídeo, dezenas de pessoas aceitaram o desafio e deitaram-se ou sentaram-se num amplo espaço coberto com plástico, muitas com lençóis brancos salpicados de vermelho, numa alusão às "vítimas do genocídio" na Faixa de Gaza.
"O reacendimento dos combates apenas se transformaria muito provavelmente numa calamidade que devoraria toda a região", disse Wang Yi, ao presidir uma reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) sobre a situação em Gaza.
A China, que tem apoiado uma solução de dois Estados, espera que a trégua em curso possa levar a "um cessar-fogo abrangente e duradouro".
O Exército israelita informou esta quarta-feira ao início da noite que o Hamas começou a libertar mais 12 reféns na Faixa de Gaza, no âmbito do acordo entre as duas partes que esta quarta-feira entrou no sexto dia e expira na quinta-feira.
O Exército indicou, segundo a agência Associated Press, que os dois primeiros reféns foram transferidos para o Egito na noite desta quarta-feira e que os outros dez seriam libertados em breve.
Em troca, Israel deverá libertar 30 prisioneiros palestinianos, 15 mulheres e 15 crianças.
"O reacendimento dos combates apenas se transformaria muito provavelmente numa calamidade que devoraria toda a região", disse Wang Yi, ao presidir uma reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) sobre a situação em Gaza.
A China, que tem apoiado uma solução de dois Estados, espera que a trégua em curso possa levar a "um cessar-fogo abrangente e duradouro".
Os Estados Unidos sancionaram esta quarta-feira uma rede financeira ligada ao Ministério da Defesa e à Guarda Revolucionária iranianos que, segundo Washington, fornece a Teerão recursos para apoiar o movimento islamita palestiniano Hamas e o grupo xiita libanês Hezbollah.
O Departamento do Tesouro norte-americano impôs sanções económicas a 20 pessoas e entidades envolvidas no financiamento do Ministério da Defesa, do Estado-Maior e da Guarda Revolucionária do Irão.
Segundo o Governo do Presidente Joe Biden, o Irão usa uma rede de empresas de fachada com sede no estrangeiro para vender bens de primeira necessidade e obter lucros que o ajudam a "apoiar grupos terroristas como o Hamas e o Hezbollah".
O Hamas está pronto para prolongar por quatro dias a trégua com Israel na Faixa de Gaza, que expira na quinta-feira, e libertar mais reféns, disse uma fonte próxima do movimento islamita palestiniano à agência France-Presse (AFP).
Após uma extensão inicial da trégua até quinta-feira às 7h00 locais (5h00 em Lisboa), uma fonte próxima do Hamas adiantou à AFP que o grupo concordou em estendê-la por mais quatro dias e libertar novos reféns israelitas, "sob o atual acordo e nas mesmas condições".
Numa nova sessão do Conselho de Segurança dedicada à guerra de Gaza, e na presença de vários ministros dos Negócios Estrangeiros árabes, além do chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi - todos eles a favor de um cessar-fogo permanente -, Erdan argumentou que "pedir um cessar-fogo e a paz é um paradoxo".
"Quem apoia um cessar-fogo está basicamente a apoiar a continuação do reinado de terror do Hamas em Gaza", avaliou o diplomata.
Numa reunião de nível ministerial do Conselho de Segurança da ONU para abordar a situação em Gaza, Guterres frisou que os civis em Gaza necessitam de um fluxo contínuo de ajuda humanitária e de combustível para vidas sejam salvas vidas.
"O povo de Gaza está no meio de uma catástrofe humanitária épica diante dos olhos do mundo. Não devemos desviar o olhar", disse Guterres, perante o corpo diplomático presente no Conselho.
Vistas milhões de vezes 'on-line' desde o início da guerra, estas imagens são 'deepfake', criadas com recurso à Inteligência Artificial (IA). Olhando com atenção, é possível ver pistas: dedos que se mexem de forma estranha ou olhos que brilham com uma luz não natural -- tudo sinais reveladores de fraude digital.
Contudo, a indignação que estas imagens pretendem criar é muito real.
O Ministério da Saúde de Gaza acusou esta quarta-feira o exército israelita de abandonar cinco recém-nascidos em dois hospitais do norte da Faixa de Gaza, cujos corpos sem vida foram encontrados na segunda-feira.
De acordo com um comunicado do ministério, controlado pela ala política do Hamas, quando as tropas de Israel tomaram o controlo do Hospital Pediátrico Al Naser e do Hospital Al Rantisi durante a ofensiva militar, ordenaram ao pessoal de enfermagem que saísse e disseram-lhes que a Cruz Vermelha Internacional estava a caminho para retirar os bebés.
"No entanto, os corpos decompostos foram encontrados nas camas quando várias pessoas conseguiram finalmente entrar no hospital na segunda-feira", refere a nota.
Trata-se da primeira operação destinada a estes habitantes desde o início da guerra, tendo o organismo denunciado danos "desoladores" causados na zona pelos fortes bombardeamentos israelitas.
De acordo com um comunicado da agência da ONU, uma coluna de seis camiões com ajuda "muito necessária" chegou na segunda-feira aos abrigos da UNRWA em Jabalia.
"O complexo acordo de libertação de reféns é bem-vindo, mas deixa muitas questões por responder", sublinha Bar-Yaacov, analista israelita e bolseira associada do Programa de Segurança da Chatham House, a propósito do entendimento alcançado pela mediação internacional e que expira na próxima madrugada, podendo ainda ser prolongado por alguns dias caso Israel e Hamas concordem.
"Para garantir que o acordo estabelece um marco importante no desanuviamento do conflito, ajudando a abrir caminho à estabilidade, à segurança e, em última análise, à paz, os mediadores [Qatar, Egito e EUA] têm de continuar a trabalhar para atingir objetivos fundamentais para garantir que todos os reféns são libertados e que existem planos para a população deslocada de Gaza, bem como para a reconstrução das instituições e infraestruturas governamentais de Gaza", adiantou a analista num novo artigo.
"Poucos dias depois de ter manifestado preocupação com o paradeiro de Noralyn Babadilla, estou muito feliz por anunciar que Noralyn está sã e salva em Israel", disse Marcos Jr. na rede social X, referindo que um outro nacional filipino já tinha sido libertado anteriormente em Gaza.
Ao contrário do primeiro refém, em liberdade desde sexta-feira, no início do cessar-fogo, um homem que entretanto teve alta médica, o segundo refém é uma mulher que não constava da lista oficial das Filipinas de reféns do Hamas e que tinha sido dada como desaparecida.
"Estendemos um convite ao senhor Elon Musk, que visitou a ocupação antes, para que agora visite a Faixa de Gaza para ver a extensão dos massaces e crimes cometidos contra o nosso povo, aderindo aos padrões de objetividade", afirmou o líder do Hamas, Osama Hamdan, numa conferência de imprensa no Líbano, citado pela agência EFE.
Osama Hamdan sugeriu a Elon Musk uma visita ao enclave "longe da polícia de parcialidade e de dois pesos e duas medidas em relação ao problema do povo palestiniano e dos seus direitos legítimos".
"As equipas da Defesa Civil continuam a retirar dezenas de mortos entre os escombros e das ruas e estradas, com recurso a métodos manuais e primitivos, e nas últimas horas foram retirados 160 mortos", lê-se num comunicado do Gabinete de Comunicação do Governo de Gaza, citado pela agência EFE, divulgado ao quinto dia de tréguas entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza.
Por outro lado, "quase 6.500 pessoas continuam desaparecidas debaixo das ruínas, ou desconhece-se o seu destino, entre as quais mais de 4.700 mulheres e crianças", número aos quais se somam os mais de 15 mil palestinianos mortos nos bombardeamentos israelitas confirmados até agora.
"Para haver sanções os Estados-membros precisam, com unanimidade, de concordar", esclareceu o 'lead spokesperson' do alto representante e vice-presidente da Comissão Europeia, Peter Stano, que falava aos jornalistas, em Bruxelas.
Tendo em conta a ligação histórica de alguns Estados a Israel, não é provável que tal venha a acontecer, notou a Comissão Europeia, ressalvando que, de momento, este assunto não está a ser discutido.
Os militares mortos foram identificados como Shaked Dahan, 19 anos, Tomer Yaakov Achims, 20, e Kiril Borsky, 19. Os três jovens morreram durante o ataque do Hamas e os corpos foram levados para a Faixa de Gaza.
Funcionários do Comité Internacional da Cruz Vermelha transferiram os reféns para o Egito em direção à localidade israelita de Kerem Shalom, onde são aguardados pelos militares, segundo comunicado do Exército israelita.
A mesma fonte adiantou, através das redes sociais, que as famílias já estavam a ser informadas.
"Estou satisfeito por ver que os reféns estão a voltar [...], queremos que [a trégua] continue durante o maior tempo possível para retirar o maior número de pessoas [sequestradas] possível", sustentou Blinken, à entrada para uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da Aliança Atlântica, no quartel-general da organização, em Bruxelas.
O diplomata dos Estados Unidos disse que está esta terça-feira em Bruxelas para discutir o agravamento das tensões no Médio Oriente, desencadeado pelo conflito entre o Hamas e Israel: "A NATO [Organização do Tratado do Atlântico Norte] está a desenvolver ações importantíssimas para fazer face a todos os desafios com que nos deparámos, e vamos enfrentá-los juntos".
"Durante a última hora, três dispositivos explosivos foram detonados ao lado de tropas das Forças de Defesa de Israel (FDI) em dois locais diferentes no norte da Faixa de Gaza, violando o quadro da pausa operacional. Num dos locais, os terroristas também abriram fogo contra as tropas, que responderam com fogo. Vários soldados ficaram levemente feridos nos incidentes", informou o porta-voz militar israelita.
Por seu lado, as Brigadas Al-Qasam, o braço armado do Hamas, denunciaram "uma clara violação da trégua" por parte de Israel durante um episódio de "atrito no terreno", embora tenham esclarecido que estão "comprometidos com a trégua enquanto o inimigo permanecer empenhado".
"No que diz respeito a Israel e à Palestina temos uma vantagem nesta situação porque temos, no movimento olímpico, o que se chama a solução de dois Estados", disse Bach, durante uma cimeira que reuniu, em Paris, cidades que acolheram edições dos Jogos Olímpicos.
O líder do COI explicou que os dois "comités olímpicos nacionais [de Israel e da Palestina] coexistem pacificamente há décadas".
A propagação de doenças, segundo a porta-voz da OMS, Margaret Harris, pode ser rapidamente fatal para pessoas com o organismo debilitado, sobretudo crianças.
"Começaremos a ver mais pessoas a morrer de doenças do que de bombardeamentos se as necessidades mínimas de saúde não forem novamente satisfeitas", alertou Margaret Harris.
No início das tréguas, há cinco dias, a OMS efetuou uma avaliação rápida da situação em Gaza e identificou como problemas de saúde mais graves a falta de alimentos, de água e de saneamento.
A OMS constatou também a grave falta de profissionais de saúde, com a consequente ausência de consultas médicas, bem como o amontoado de escombros à volta dos hospitais, que também têm sido utilizados pelos civis como abrigos.
Neste contexto, as doenças respiratórias e a diarreia são motivo de grande preocupação para a OMS, porque uma criança que não receba tratamento, procedimento muito simples numa situação normal, pode morrer numa questão de horas devido à desidratação.
Eitan Yahalomi, conhecido por "Tantan", vestia uma camisola de Cristiano Ronaldo quando se reencontrou com a mãe em Kerem Shalom, Israel. O menino, de 12 anos, faz parte do grupo de reféns libertados pelo Hamas, esta segunda-feira, no âmbito do acordo entre o governo israelita e o grupo islâmico para uma trégua humanitária.
No dia 7 de outubro, o kibutz Nir Or onde Yahalomi vivia com a família foi invadido pelo Hamas. A mãe conseguiu escapar com duas filhas enquanto Eitan foi levado para a Faixa de Gaza, como refém, avança o The Times of Israel.
O coordenador especial das Nações Unidas para o processo de paz no Médio Oriente denunciou esta terça-feira que "a situação em Gaza continua a ser catastrófica", apesar da entrada de ajuda humanitária graças à trégua entre Israel e o Hamas.
"A situação humanitária em Gaza continua a ser catastrófica e exige a entrada urgente de ajuda e outros bens adicionais de forma continua e previsível para aliviar o sofrimento insuportável dos palestinianos de Gaza", disse Tor Wennesland num comunicado.
O coordenador da ONU mostrou, no entanto, a sua "satisfação" com a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, que descreveu como "um importante avanço humanitário, especialmente para os civis que têm vivido em agonia, sob armas ou bombardeamentos".
O Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, apelou esta terça-feira para o "cessar-fogo imediato" na Faixa de Gaza, salientando que as autoridades do Hamas "cometeram um crime desprezível", mas que a resposta israelita tem sido "demasiadamente excessiva".
"Apelamos, por isso, para um cessar-fogo imediato e para a libertação, sem demora, dos canais de abastecimento e de apoio humanitários de forma a acudir as vítimas civis deste conflito que condenamos veemente", afirmou José Ramos-Horta.
O Prémio Nobel da Paz discursava durante a cerimónia para assinalar o 48.º aniversário da proclamação unilateral da independência de Timor-Leste, declarada a 28 de novembro de 1975.
Na sexta-feira, Israel e o movimento islamita palestino comprometeram-se a libertar cerca de dez mulheres e crianças reféns todos os dias em troca de três vezes mais detidos palestinianos, mulheres e jovens com menos de 19 anos.
Erez Kalderon, de 12 anos, e Sahar Kalderon, de 16 anos, respetivamente filho e filha, foram libertados, por terem nacionalidade francesa, tal como a mãe Hadas Dan, pode ler-se na nota da CIP a que a agência Lusa teve acesso.
Estes jovens são filhos de Ofer Kalderon, cidadão português de 53 anos, que continua refém do Hamas.
O objetivo do grupo de trabalho, dirigido pelos EUA, Israel, Alemanha e pelos Países Baixos, será a facilitação de partilha de informações para cortar os fundos ao Hamas, informou o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos em comunicado.
O grupo de trabalho será composto por membros de unidades de informação financeira de 13 países: Austrália, Canadá, Estónia, França, Alemanha, Israel, Liechtenstein, Luxemburgo, Países Baixos, Nova Zelândia, Suíça, Reino Unido e Estados Unidos.
"Os [detidos] libertados das prisões israelitas incluem 30 menores e três mulheres, enquanto os israelitas libertados de Gaza incluem três cidadãos franceses, dois cidadãos alemães e seis cidadãos argentinos", declarou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar, Majed Al-Ansari, no X, antigo Twitter.
O grupo islamista Hamas anunciou que recebeu a lista de prisioneiros palestinianos que serão esta segunda-feira libertados por Israel no âmbito de um acordo que prevê também a libertação de 11 reféns mantidos em cativeiro na Faixa de Gaza.
"O Movimento de Resistência Islâmica Hamas anuncia que recebeu uma lista de prisioneiros que serão libertados esta segunda-feira das prisões do inimigo sionista", disse o grupo numa mensagem publicada no Telegram, detalhando que se trata de três mulheres e 30 menores.
Em comunicado, o Governo do Hamas indicou também cerca de 7.000 pessoas desaparecidas, cujo paradeiro é desconhecido ou que se acredita que estejam sob os escombros dos edifícios destruídos pelos bombardeamentos israelitas desde o início da guerra, em 07 de outubro.
Das 15 mil mortes, relativas ao período entre o começo do conflito e o início da trégua entre as partes na sexta-feira, mais de 6.150 são crianças e mais de 4.000 são mulheres, de acordo com a mesma fonte.
Numa conferência de imprensa na sede da ONU, em Nova Iorque, Guterres disse esperar que este prolongamento das tréguas permita a entrega de mais ajuda à população de Gaza.
"Espero sinceramente que isto nos permita aumentar ainda mais a ajuda humanitária à população de Gaza que tanto sofre, sabendo que mesmo com esse tempo adicional, será impossível satisfazer todas as necessidades dramáticas da população em Gaza", disse.
"Aquilo que depois de muitos e muitos anos estamos agora a ver pela primeira vez é esta conjugação de entendimento sobre aquilo que precisa de ser feito associado a um sentimento de urgência", disse João Gomes Cravinho, em declarações à agência Lusa em Barcelona, no final da reunião da União pelo Mediterrâneo (UpM), que juntou responsáveis políticos pela diplomacia de 43 países e da União Europeia.
O ministro disse que houve no encontro "uma enorme convergência", associada "a um sentimento de urgência" em torno da "necessidade de uma solução de dois Estados [israelita e palestiniano]", que todos os países reconhecem "ser a única real possibilidade de uma solução para a paz e a estabilidade a longo prazo".
"Este é um objetivo que parece acessível, que responde a uma exigência prioritária de evitar mais mortos e que é reivindicada pela opinião pública mundial, incluindo a israelita", disse Borrell, na conferência de imprensa final da reunião de hoje, em Barcelona, da União pelo Mediterrâneo (UpM), onde estiveram representados 43 países europeus e árabes, além da UE.
O alto representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança realçou que depois dos "ataques e do massacre" do grupo islamita palestiniano Hamas em 07 de outubro e da resposta militar de Israel, com o bloqueio e "bombardeamentos massivos" da Faixa de Gaza, se gerou uma "gravíssima crise humanitária" naquele enclave palestiniano.
O secretário-geral da NATO pediu esta segunda-feira uma extensão da trégua entre Israel e o movimento islamita Hamas, que possibilitou o regresso de uma parte dos reféns e a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
Elena Magid, tia do refém israelo-russo libertado este domingo pelo Hamas, após negociações diretas com Moscovo, revelou que o sobrinho, Ron Krivoi, conseguiu fugir aos raptores e esconder-se em Gaza durante quatro dias, segundo o The Times of Israel.
Em entrevista a uma rádio israelita, a mulher conta que Krivoi lhe disse que estava detido num edifício que acabou por ruir após ataques aéreos das Forças de Defesa Israelitas, e que conseguiu fugir no meio da destruição.
O chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, vai deslocar-se esta semana a Nova Iorque para participar numa reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre o conflito entre Israel e o Hamas, anunciou esta segunda-feira fonte do Governo chinês.
"Ao assumir a presidência rotativa do Conselho de Segurança da ONU este mês, a China vai realizar uma reunião de alto nível sobre a questão israelo-palestiniana no dia 29 de novembro", disse o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Wang Wenbin.
Wang Yi vai presidir pessoalmente à reunião.
"A Força Aérea israelita realizou um novo ataque na tarde deste domingo contra o Aeroporto Internacional de Damasco (...) colocando-o fora de ação novamente", informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
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— Benjamin Netanyahu - ?????? ?????? (@netanyahu) November 26, 2023
Fontes palestinianas no Cairo confirmaram à agência noticiosa espanhola EFE que o ministro da Cooperação Internacional do Qatar, Lolwah al-Jater, e uma delegação de funcionários do país árabe terá reuniões em Gaza com funcionários do governo palestiniano e das Nações Unidas no interior do enclave, no âmbito da trégua de quatro dias estabelecida entre Israel e o grupo islamita Hamas para permitir a libertação de reféns e prisioneiros, bem como a entrada de ajuda humanitária.
A este respeito, a fonte indicou que a al-Jater vai procurar estabelecer prioridades, analisar as necessidades médicas e procurar mecanismos técnicos para aumentar o número de camiões que chegam diariamente ao território.
Os camiões foram registados e receberam visto das autoridades militares israelitas na passagem de Nitzana, entrando depois na Faixa de Gaza pela fronteira de Rafah.
O comboio humanitário integra vários camiões e seis ambulâncias destinadas ao norte da Faixa de Gaza com autorização de Israel, referiu o COGAT em comunicado citado pelo diário 'The Times of Israel", adiantou a Europa Press.
"Hoje damos graças a Deus porque finalmente há tréguas entre Israel e a Palestina e alguns reféns foram libertados", disse o Papa no final da oração do Angelus, com um clérigo a ler o texto na vez de Francisco, que se encontra engripado.
Francisco apelou para que os reféns sejam libertados o mais rapidamente possível, que chegue mais ajuda humanitária a Gaza e que se insista no diálogo.
Segundo a estação de televisão portuguesa, que confirmou, por sua vez, a informação do diário israelita Haaretz junto da Comunidade Israelita do Porto (CIP), as duas menores são filhas de Dror Or, judeu descendente de sefarditas e que, por isso, obteve nacionalidade portuguesa, concedida já depois de ter sido raptado pelo movimento islamita palestiniano Hamas.
Alma, 13 anos, e Noam Or, 17, foram raptadas com o pai depois de o Hamas ter entrado em Israel em 7 de outubro. A mãe das jovens foi morta nesse mesmo dia.
"Apreciamos a posição clara e corajosa do primeiro-ministro belga, Alexander De Croo, que afirmou a sua rejeição da destruição de Gaza e da morte de civis, bem como da do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, que condenou a morte indiscriminada de civis na Faixa de Gaza pelo Estado ocupante, e apontou a possibilidade de o seu país reconhecer unilateralmente o Estado palestiniano, se a União Europeia [UE] não der esse passo", disse o Hamas em comunicado.
Na sexta-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita convocou os embaixadores de Espanha e da Bélgica por causa das declarações feitas por Sánchez e De Croo no Egito, considerando-as de "apoio ao terrorismo".
Neste segundo dia de visita à região, depois de se terem deslocado a Israel e Palestina na sexta-feira, João Gomes Cravinho e Tanja Fajon focam-se este sábado no diálogo sobre a situação atual e as perspetivas de paz na região com "dois parceiros regionais de relevo", divulgou o Ministério dos Negócios Estrangeiros português.
Este sábado de manhã, os dois ministros reúnem-se em Amã com o vice-primeiro-ministro e ministro dos Negócios Estrangeiros jordano, Ayman Safadi.
"As IDF abateram um míssil terra-ar que foi lançado do Líbano contra um drone pilotado remotamente pelas IDF", explicou o exército israelita, numa mensagem divulgada na plataforma Telegram.
O exército de Israel sublinhou que "o drone não sofreu danos e cumpriu a sua missão" e referiu que "o míssil [vindo do Líbano] não atravessou o território israelita", pelo que "nenhum alerta foi ativado".
De acordo com a agência de notícias Associated Press, a fila de prisioneiros libertados, alguns acusados de delitos menores e outros condenados por ataques, levou multidões de palestinianos a um frenesim de cânticos, palmas, acenos de mãos e gritos, num posto de controlo fora de Jerusalém.
Enquanto 15 jovens, ainda envergando uniformes da prisão cinzentos e manchados, passavam pelas ruas nos ombros dos pais, com lágrimas nos olhos, o céu noturno iluminava-se de fogo de artifício e ouvia-se música pop patriótica palestiniana.
O Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) congratulou-se esta sexta-feira pela sua intervenção na libertação de reféns raptados pelo Hamas e de palestinianos detidos por Israel, sublinhando a vontade de continuar o trabalho no sábado.
"Esta operação mostra o verdadeiro impacto do nosso papel como intermediário neutro entre as partes em conflito", destacou o CICV, numa declaração feita no final das libertações, no primeiro dos quatro dias de trégua acordados entre Israel e o grupo islamita Hamas.
O Presidente norte-americano, Joe Biden, disse hoje que condicionar a ajuda militar a Israel é uma "reflexão que vale a pena", após membros do Partido Democrata terem levantado essa possibilidade.
"Essa é uma reflexão que vale a pena, mas não acho que teríamos chegado onde estamos hoje se tivessemos começado assim. Temos que ir por partes", respondeu Biden ao ser questionado por um jornalista sobre o facto de políticos do seu partido defenderem que a ajuda norte-americana a Israel seja condicionada a uma mudança nas "posições militares e políticas" do Governo israelita no conflito em Gaza.
O senador Democrata Bernie Sanders foi uma das vozes que sugeriu condições ao apoio a Telavive.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros espanhol convocou esta sexta-feira a embaixadora israelita em Espanha, na sequência das acusações de Israel de que o primeiro-ministro, Pedro Sánchez, apoia o terrorismo ao defender a possibilidade de reconhecimento unilateral do Estado palestiniano.
A convocação da embaixadora de Israel em Espanha, Rodrica Radian-Gordon, confirmada à agência Efe por fontes diplomáticas, ocorre em resposta ao Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita que, ao início da tarde chamou os embaixadores de Espanha e Bélgica, devido às declarações no Egito do chefe do Governo espanhol, Pedro Sánchez, e do primeiro-ministro belga, Alexander De Croo, que considerou "apoio ao terrorismo".
O ministro dos Negócios Estrangeiros, José Manuel Albares, respondeu que estas acusações são "totalmente falsas e inaceitáveis" e garantiu que Espanha daria uma resposta cabal.
França e a Alemanha saudaram esta sexta-feira a libertação do primeiro grupo de reféns do movimento islamita palestiniano Hamas, sequestrados durante o ataque perpetrado a 7 de outubro em território palestiniano.
O Governo francês expressou a sua satisfação pela libertação de 24 reféns do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -- que desde 2007 controla a Faixa de Gaza e está classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -, alertando de que continuará mobilizado para obter a libertação dos reféns de nacionalidade francesa, estimados em oito pessoas.
"França saúda a libertação de um primeiro grupo de 24 reféns (13 israelitas, 10 tailandeses e um filipino) e a entrada em vigor de um acordo de cessar-fogo de quatro dias e pede a libertação de todos os sequestrados" pelo Hamas, comunicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
"Devemos renovar o nosso compromisso de trabalhar por uma solução de dois Estados, onde israelitas e palestinianos possam um dia viver lado a lado, com igual medida de liberdade e igualdade", defendeu o chefe de Estado em declarações à imprensa.
"Dois Estados, para dois povos. Isto é mais importante agora do que nunca", acrescentou, advogando que "continuar no caminho do terrorismo, da violência, do assassinato e da guerra seria dar ao Hamas o que ele procura".
O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, saudou a trégua de quatro dias celebrada entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas, que começou esta sexta-feira, mas pediu que seja prolongada para fins humanitários.
Borrell exigiu ainda que o cessar-fogo seja "totalmente implementado, como um primeiro passo para acabar com a terrível situação humanitária em Gaza", de acordo com um comunicado, citado pela agência Efe.
O alto representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança frisou também que o Hamas deve libertar incondicionalmente todos os reféns que capturou em 07 de outubro, porque "ninguém deve negociar com vidas civis".
A afirmação foi feita pela administradora da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), Samantha Power, poucas horas após o início da primeira trégua entre Israel e o Hamas e ao fim de um mês e meio de guerra.
"Os Estados Unidos saúdam a pausa nas hostilidades em Gaza como uma oportunidade para acelerar a prestação segura de assistência humanitária vital a civis palestinianos em grande necessidade e facilitar a libertação de reféns capturados pelo Hamas após 48 dias angustiantes de cativeiro", disse Power num comunicado.
"As equipas do CICV lançaram na sexta-feira uma operação que durará vários dias para facilitar a libertação e transferência de reféns detidos em Gaza, bem como a transferência de prisioneiros palestinianos para a Cisjordânia", disse a organização com sede em Genebra num comunicado.
O CICV, que não participou nas negociações para a libertação dos reféns e detidos, informou que levará equipamentos médicos adicionais aos hospitais em Gaza, para reforçar a ajuda humanitária já prestada.
Cerca de 12 reféns tailandeses foram libertados na sexta-feira num acordo separado mediado pelo Qatar e pelo Egipto com o Hamas, disse um funcionário informado sobre as conversações, acrescentando que os reféns eram todos homens e não estavam abrangidos pelo acordo de tréguas com Israel que diz respeito a mulheres e crianças, avança a reuters.
Em declarações à agência Lusa, Nabil Abuznaid salientou que os palestinianos "acreditam na democracia" e que o Hamas, considerado terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, "faz parte desses palestinianos", mas que, tal como em todos os países, "há uma oposição e uma corrente dominante, uma direita e uma esquerda".
"Tentámos que a ANP [Autoridade Nacional Palestiniana] avançasse para a paz. Assinámos um acordo de paz com Israel. Reconhecemos Israel e o que aconteceu? [Itzhak] Rabin [o quinto primeiro-ministro de Israel, de 1974 a 1977, e de 1992 até ao seu assassínio em 1995] foi morto, Israel ocupou ou confiscou sete vezes mais terras do que as que tinha antes de [os acordos de paz assinados com a Organização para a Libertação da Palestina, então liderada por Yasser Arafat, em] Oslo", sustentou Abuznaid.
O Serviço Prisional de Israel recebeu os nomes das palestinianas e dos menores, todos condenados por terrorismo, que irão ser libertados, noticiou a televisão israelita Canal 13.
Os 30 prisioneiros serão primeiro transferidos para a prisão de Ofer, na Cisjordânia ocupada, por volta do meio-dia (10:00 em Lisboa), onde irão aguardar a entrega de 13 reféns detidos pelo Hamas, algo que deverá ocorrer por volta das 16:00 (14:00 em Lisboa).
A trégua de quatro dias entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas vai permitir a entrada diária em Gaza de 200 camiões de ajuda humanitária, disse esta sexta-feira um porta-voz do Governo do Egito.
O diretor do Serviço de Informação do Estado egípcio, Diaa Rashwan, disse que "200 camiões carregados com alimentos, medicamentos e água entrarão diariamente pela primeira vez desde o início da guerra israelita contra a Faixa, há cerca de 50 dias".
"O que veremos nos próximos dias é, em primeiro lugar, a libertação dos reféns. Esta trégua será breve", frisou Yoav Gallant, durante uma visita às tropas da unidade Shayetet 13 da Marinha israelita.
Israel e o Hamas chegaram a um acordo para um cessar-fogo de quatro dias, que permitirá a libertação de 50 reféns que as milícias islamitas mantêm dentro da Faixa de Gaza, em troca da libertação de 150 prisioneiros palestinianos. Em ambos os casos, são mulheres e menores.
Fontes israelitas confirmaram à agência Efe que por cada dez reféns adicionais que o Hamas estiver disposto a libertar após os quatro dias, a trégua poderá ser prorrogada por mais um dia, até um máximo de dez dias.
A operação, segundo um comunicado das forças israelitas, foi conduzida por caças das FDI, numa operação conjunta com os serviços de informações.
"Amar Abu Jalalah era um agente superior das forças navais do Hamas e esteve envolvido na liderança de vários ataques terroristas por mar que foram frustrados pelas FDI", afirma o comunicado, acompanhado de um vídeo do alegado bombardeamento.
Sánchez, juntamente com o primeiro-ministro belga, Alexander de Croo, foram recebidos por Abbas na Mukata, sede da Presidência da AP, tendo o líder do Governo espanhol manifestado a mesma posição - bem como a existência de dois Estados como solução para a crise no Médio Oriente -, nas reuniões que manteve com Presidente israelita, Isaac Herzog, e com o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.
O Governo espanhol entende que a AP é o único interlocutor legítimo do lado palestiniano e está empenhado em reforçar esse papel, em contraste com o grupo islamita Hamas, cujos membros, Sánchez defendeu, após visitar um 'kibutz' atacado em 07 de outubro no sul de Israel, devem "prestar contas" e serem responsabilizados pelos atos sangrentos perpetrados naquele dia.
Dezenas de camiões estavam esta quinta-feira estacionados em frente ao Estádio Internacional do Cairo, onde ocorreu um grande evento de apoio à Palestina, com a presença do Presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, segundo imagens divulgadas pelo canal de televisão estatal Al Qahera News.
De acordo com imprensa local, a caravana junta-se a quase meio milhar de camiões na passagem de Rafah, que liga a região do Sinai à Faixa de Gaza, para entrar no enclave quando for implementada a trégua, a partir das 07h00 locais (05h00 em Lisboa) de sexta-feira, acordada entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas.
O Hezbollah pró-iraniano intensificou esta quinta-feira os ataques contra Israel a partir do sul do Líbano, onde perdeu sete dos seus combatentes, incluindo membros da sua unidade de elite, na resposta israelita através de bombardeamentos.
Em sucessivos comunicados, o Hezbollah, que intervém contra Israel em apoio do seu aliado palestiniano Hamas, reivindicou a responsabilidade por mais de 20 ataques contra posições militares israelitas.
Os ataques incluíram o disparo de 48 foguetes 'Katyusha' contra uma base militar perto da cidade de Safed, no norte de Israel, a maior salva disparada do Líbano desde o início da violência, a 07 de outubro, e a utilização de um míssil 'Burkan', que pode transportar enormes cargas explosivas.
O embaixador da Palestina em Angola disse esta quinta-feira que mais países africanos podem seguir o exemplo da África do Sul e cortar relações com Israel, apesar de o Estado hebraico manter fortes relações económicas com muitos deles.
Em entrevista à Lusa, depois do Parlamento sul-africano aprovar uma moção para suspender as relações diplomáticas com Israel, Jubrael Shomali saudou novamente a posição assumida por Angola e considerou a decisão da África do Sul "muito importante" para consciencializar Israel para o que está a fazer em Gaza.
O exército israelita reivindicou esta quinta-feira ter identificado túneis utilizados pelo Hamas na zona de Jabalia, no norte da Faixa de Gaza, onde as tropas continuam com os ataques a posições do movimento islamita.
Horas antes da entrada da entrada em vigor de uma trégua, prevista para começar sexta-feira às 07:00 locais (05:00 de em Lisboa), o exército israelita informou que os soldados da 401.ª brigada de combate encontraram "quatro entradas de túneis com uma profundidade significativa numa área em torno de Jabalia, a partir da qual foram registados importantes disparos de morteiros contra Israel".
"Os túneis utilizados pela organização terrorista Hamas, que estão ligados à rede elétrica, convergem para um outro túnel, central, situado num edifício ligado a um alto funcionário do Hamas", refere o exército em comunicado.
"Israel confirma que recebeu uma lista inicial de nomes. As autoridades estão a verificar os detalhes da lista e estão em contacto com todas as famílias", segundo o gabinete do chefe do Governo israelita, Benjamin Netanyahu.
Numa conferência de imprensa associada à visita do ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, David Cameron, o chefe do executivo israelita insistiu na ideia de que irá libertar todos os reféns e deixou fortes críticas ao Hamas, "seita que defende o genocídio e o terrorismo".
"Esperamos conseguir libertar o primeiro grupo [de reféns] e, depois disso, estamos empenhados em libertá-los a todos", disse, referindo-se às tréguas de quatro dias alcançadas com o Hamas, que entrarão sexta-feira em vigor às 07h00 locais (05h00 em Lisboa).
Medhat Abbas confirmou à Associated Press o recomeço da investigação sobre as vítimas.
O Ministério da Saúde tinha deixado de atualizar os números no dia 11 de novembro, após a interrupção do acesso e das comunicações no norte de Gaza, onde as tropas terrestres israelitas combatem os militantes palestinianos.
"As tropas terrestres israelitas continuaram a atacar os terroristas, a localizar postos subterrâneos e a atacar as infra estruturas" das milícias palestinianas na Faixa de Gaza, disse esta quinta-feira um porta-voz militar, enquanto se aguardam mais pormenores sobre o início do anunciado primeiro cessar-fogo.
Segundo o porta-voz, o Exército "está a atacar alvos terroristas na zona de Jabalia", no norte de Gaza, onde também utilizou um 'drone' (aparelho aéreo não tripulado) e carros de combate para "eliminar várias células" do Hamas.
"O USS Thomas Hudner disparou e destruiu numerosos drones de ataque lançados a partir da região do Iémen controlada pelos Huthis", disse o Centcom na rede social X (antigo Twitter).
"Os drones foram abatidos enquanto o navio de guerra patrulhava o Mar Vermelho. O navio e a tripulação não sofreram danos ou ferimentos", acrescentou.
Dezenas de soldados das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) escoltaram jornalistas através de um estreito túnel de pedra - que, segundo os militares, se estende por 150 metros - até uma série de bunkers subterrâneos sob o hospital al-Shifa, na cidade de Gaza.
De acordo com um jornalista da agência de notícias Associated Press, os alojamentos localizados no final do túnel tinham ar condicionado, cozinha, quarto de banho e duas camas de metal e estavam revestidos de azulejos brancos já amarelados e pareciam há muito não serem usado.
Dezenas de soldados das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) escoltaram jornalistas através de um estreito túnel de pedra - que, segundo os militares, se estende por 150 metros - até uma série de bunkers subterrâneos sob o hospital al-Shifa, na cidade de Gaza.
De acordo com um jornalista da agência de notícias Associated Press, os alojamentos localizados no final do túnel tinham ar condicionado, cozinha, quarto de banho e duas camas de metal e estavam revestidos de azulejos brancos já amarelados e pareciam há muito não serem usado.
A coordenadora humanitária das Nações Unidas para a Palestina, Lynn Hastings, realçou, de acordo com o porta-voz da organização, Farhan Haq, que o organismo e os seus parceiros estão a preparar-se para 'aproveitar' a primeira trégua num mês e meio de guerra, que inclui uma pausa de quatro dias para a libertação de 50 reféns israelitas e 150 prisioneiros palestinianos.
Hastings "sublinhou que as partes devem permitir o desenvolvimento de operações humanitárias em toda a Faixa de Gaza, onde as pessoas necessitadas se encontram, especialmente no norte", e lembrou que "os civis em Gaza não podem depender apenas da ajuda humanitária", sublinhou o porta-voz, em conferência de imprensa.
"A entrada de mercadorias comerciais tem que ser retomada, especialmente na passagem de Kerem Shalom, que tem capacidade para isso", acrescentou.
Seis palestinianos morreram esta quarta-feira no ataque de um 'drone' e numa incursão do exército israelita no campo de refugiados de Tulkarem, um dos principais pontos das milícias palestinianas na Cisjordânia ocupada.
Segundo fontes citadas pela agência de notícias palestiniana Wafa, um 'drone' das forças israelitas "bombardeou uma casa e uma concentração de cidadãos", provocando seis mortos e vários feridos, na sequência de uma incursão militar israelita na zona.
De acordo com o exército israelita, "um veículo aéreo não tripulado efetuou um ataque a suspeitos que lançaram explosivos e dispararam contra as forças israelitas" em Tulkarem.
O grupo xiita libanês Hezbollah anunciou esta quarta-feira ter efetuado 12 ataques contra o norte de Israel, dois deles com mísseis balísticos, a poucas horas do início de uma trégua temporária na Faixa de Gaza à qual também admitiu aderir.
As ações incluíram o lançamento de dois mísseis balísticos "Burkan", de elevado calibre e que foram dirigidos contra objetivos militares do Estado judaico, indicou em diversos comunicados o movimento político libanês, que possui uma ala militar.
O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, anunciou num discurso recente a incorporação deste sofisticado armamento no seu arsenal operacional, e assegurou que os mísseis têm capacidade para transportar ogivas nucleares até meia tonelada, apesar de até ao momento terem sido utilizados de forma limitada no sul do Líbano.
"É uma boa notícia porque, a cada minuto, a cada dia, olhamos para a televisão e vemos o número de pessoas mortas e a destruição em Gaza. Hoje é a notícia da esperança de que muitos reféns ou prisioneiros serão libertados e tenho a certeza de que haverá sorrisos nos rostos de algumas pessoas, por parte das suas famílias de ambos os lados", disse à agência Lusa Nabil Abuznaid, que participou esta quarta-feira numa iniciativa de estudantes universitários em favor da Palestina.
Abuznaid salientou esperar que os quatro dias de cessar-fogo possam ser "o início de uma trégua final que ponha fim a esta guerra e que ponha fim à ocupação das terras palestinianas".
"É um passo muitíssimo importante. Em primeiro lugar, porque implica a libertação de reféns [israelitas] que nunca deveriam ser reféns e fazemos um apelo para que todos os outros reféns sejam também libertados. E também porque cria uma oportunidade de cessar-fogo temporário, mas que gostaríamos de ver evoluir para um cessar-fogo permanente", disse João Gomes Cravinho, em declarações à comunicação social portuguesa, incluindo à Lusa, em Madrid.
O ministro acrescentou que "enquanto chovem as bombas é muito difícil haver progresso no sentido de um diálogo" e o acordo de hoje "é um primeiro momento sobre o qual se precisa agora construir para que haja condições para um diálogo".
Uma fonte próxima do Hezbollah, citada pela agência noticiosa Efe, assegurou que o movimento xiita respeitará o acordo alcançado pelo seu aliado Hamas e também vai respeitar a trégua de quatro dias, apesar de ainda não ter sido emitido um anúncio oficial.
O acordo inclui a libertação de 50 mulheres e crianças civis retidos na Faixa de Gaza em troca de 150 palestinianos detidos em prisões israelitas, e uma trégua temporária que poderá aumentar substancialmente a entrada de ajuda humanitária para o enclave.
Numa reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) para abordar os "desenvolvimentos profundamente preocupantes no Território Palestiniano Ocupado e o grave impacto nas mulheres e crianças", a diretora executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Catherine Russell, afirmou que as crianças representam 40% das mortes na Faixa de Gaza.
"Mais de 5.300 crianças palestinianas terão sido mortas em apenas 46 dias ou mais de 115 por dia, todos os dias, durante semanas e semanas. Com base nestes números, as crianças são responsáveis por 40% das mortes em Gaza. Isto é sem precedentes. Por outras palavras, a Faixa de Gaza é o lugar mais perigoso do mundo para ser criança", disse.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, revelou esta quarta-feira que os cidadãos referenciados por Portugal, cerca de 16, "já saíram todos de Gaza", avança a SIC Notícias.
Gomes Cravinho acrescentou, ainda, que cerca de "10 a 12" têm ligação a Portugal e que alguns palestinianos retirados de Gaza "serão acolhidos por Portugal".
O ministro defende ainda um cessar-fogo imediato.
O Conselho Federal (Governo) "decidiu redigir a lei com o objetivo de proibir o Hamas, considerando que esta opção é a melhor solução para a situação que se vive desde 7 de outubro no Médio Oriente" e para os ataques sem precedentes do movimento em território israelita.
Em outubro, quatro dias após o ataque, que fez 1200 mortos, sobretudo civis, do lado israelita e cerca de 240 reféns, o Conselho Federal "considerou que o Hamas deve ser classificado como organização terrorista".
"Esta lei vai dar às autoridades federais os instrumentos adequados para combater quaisquer atividades do Hamas ou o apoio a esta organização na Suíça", explicou o Governo no comunicado de imprensa.
A União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, consideram o Hamas "organização terrorista".
"A trégua na Faixa de Gaza começará às 10h00 de amanhã [quinta-feira]", declarou Musa Abou Marzouk, membro sénior da ala política do Hamas, à cadeia de televisão Al Jazeera do Qatar.
Marzouk adiantou que o Hamas "está preparado para um cessar-fogo global e para uma troca de prisioneiros", antes de indicar que "a maior parte" dos reféns feitos durante os ataques de 7 de outubro a libertar "são estrangeiros", sem dar mais pormenores.
"É importante que esta trégua seja um passo que conduza à cessação total da guerra contra a Faixa de Gaza e que contribua para a cessação da escalada dos ataques contra civis e da sua deslocação forçada", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Jordânia, Sufyan al Qudah.
O responsável destacou a "importância do acordo para garantir a chegada da ajuda humanitária a todas as regiões da Faixa de Gaza de uma forma que responda a todas as necessidades e assegure a estabilidade e permanência nas suas casas aos habitantes de Gaza".
"Congratulo-me com o acordo entre o Hamas e Israel que deve vir a conduzir à libertação de reféns, a uma pausa nas hostilidades e a permitir a entrega de mais ajuda humanitária", disse Stoltenberg.
A trégua, que pode vir a entrar em vigor nas próximas 24 horas, vai permitir a libertação pelo Hamas de 50 mulheres e crianças, reféns detidos em Gaza desde o ataque de 07 de outubro contra território israelita.
O Papa Francisco disse, esta quarta-feira, após se ter reunido separadamente com familiares israelitas de reféns do Hamas que o conflito entre Israel e o Hamas passou de guerra a "terrorismo", avança a Reuters.
O Papa afirmou ter ouvido diretamente como "ambos os lados estão a sofrer".
"A Comissão Europeia fará todo o possível para aproveitar esta pausa para uma onda humanitária para Gaza", disse a presidente da Comissão Europeia, Úrsula Von der Leyen, em comunicado, adiantando que pediu ao seu comissário para a Gestão de Crises, Janez Lenarcic, que intensificasse os envios de ajuda e o "mais rápido possível para aliviar a crise humanitária".
Ursula von der Leyen saudou também com "grande satisfação" o acordo alcançado para a libertação de 50 reféns e a pausa nas hostilidades.
"As reservas são compreensíveis, dolorosas e difíceis, mas dadas as circunstâncias apoio a decisão do primeiro-ministro [Benjamin Netanyahu] e do Governo de continuar com o acordo de libertação de reféns", disse Herzog.
Numa nota publicada na rede social X (antigo Twitter), o chefe de Estado disse esperar que o acordo "seja o primeiro passo para devolver todos os reféns a casa".
"As disposições deste acordo foram formuladas de acordo com a visão de resistência e determinação que visa servir o nosso povo e fortalecer a sua tenacidade face à agressão", afirmou o Hamas.
"Confirmamos que as nossas mãos continuarão no gatilho e que os nossos batalhões triunfantes continuarão atentos", alertou o grupo, num comunicado.
O Presidente norte-americano, Joe Biden, disse que estava "extraordinariamente satisfeito" com a possível libertação de reféns sequestrados em Israel por militantes do Hamas em 07 de outubro, no âmbito de um acordo aprovado pelo governo israelita.
"Estou extraordinariamente satisfeito que muitas destas almas corajosas (...) se reúnam com as suas famílias assim que este acordo for totalmente implementado", disse Biden num comunicado divulgado pela Casa Branca, a presidência dos Estados Unidos da América.
Num comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros catari descreveu as conversações que produziram o acordo para uma "pausa humanitária" como o resultado de uma mediação do Egito, dos EUA e do Qatar.
"O início da pausa será anunciado nas próximas 24 horas e terá a duração de quatro dias, sujeito a prorrogação", referiu o comunicado.
Horas antes do anúncio, o Hamas já tinha avançado que "a bola" estava "do lado de Israel", depois de o grupo ter comunicado a posição sobre o acordo aos mediadores Qatar e Egito.
Todos os membros do executivo do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, votaram a favor da troca e da trégua, exceto os três ministros do Partido do Poder Judaico (Otzma Yehudit), de extrema-direita, e o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir.
O grupo mercenário russo Wagner "está a preparar-se para entregar um sistema de defesa antiaérea ao Hezbollah ou ao Irão a pedido das autoridades russas", disse esta terça-feira um porta-voz da Casa Branca.
O Irão, por sua vez, "poderia preparar-se para dar um passo adicional" na sua assistência militar à Rússia, indicou também John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, referindo-se a uma possível entrega de mísseis balísticos iranianos ao exército russo para atacar a Ucrânia.
Além dos 'drones' e outros equipamentos que Washington afirma já fornecer ao exército russo, "o Irão está a considerar entregar mísseis balísticos que a Rússia poderia usar na Ucrânia", acrescentou o porta-voz.
As Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmaram num comunicado que, após terem recebido informações dos serviços secretos sobre possíveis contactos entre civis e "organizações terroristas" em Gaza, efetuaram uma série de detenções na Faixa de Gaza, entre eles o poeta e escritor Mosab Abu Toha.
Abu Toha já venceu o American Book Award pelo seu romance "Things You Can Find Hidden in My Ear: Poems from Gaza" e foi finalista do National Book Critics Circle Award.
O primeiro-ministro jordano, Bisher Al-Jausaneh, afirmou esta terça-feira que, devido ao desastre humanitário palestiniano, recusou o pedido de Israel para fechar e evacuar o hospital de campanha que administra na cidade de Gaza.
"A Jordânia recebeu alertas de Israel para evacuar o Hospital de Campo da Jordânia e não respondeu a essas exigências", disse o primeiro-ministro numa entrevista à rede televisiva saudita Al Arabiya.
No norte do pequeno território palestiniano, alguns hospitais são alvo direto de ataques do exército israelita, que acusa o movimento islamita palestiniano, Hamas, de utilizar as instalações hospitalares como bases militares.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse esta terça-feira que a guerra contra o Hamas não vai parar por causa de um cessar-fogo para libertar reféns em posse do movimento islamita palestiniano.
"Não vamos parar a guerra após o cessar-fogo", declarou o chefe do Governo israelita aos seus ministros no início de uma reunião do executivo.
Netanyahu aludiu a "disparates" veiculados nas últimas horas sobre o fim das hostilidades em resultado da libertação dos reféns, afirmando, citado pelo diário israelita Haaretz: "Gostaria de deixar claro que estamos em guerra e continuaremos a guerra até alcançarmos todos os nossos objetivos - eliminar o Hamas, recuperar todos os reféns e desaparecidos e garantir que não haverá ameaça a Israel em Gaza".
O Governo do movimento islamita palestiniano Hamas anunciou hoje que 14.128 palestinianos foram mortos nos bombardeamentos israelitas à Faixa de Gaza desde o início da guerra, a 7 de outubro.
Entre os mortos até agora, contam-se 5 840 crianças e 3 920 mulheres, precisou o executivo do Hamas, desde 2007 no poder naquele enclave palestiniano pobre, acrescentando que há também 33 mil feridos.
Por sua vez, o Ministério da Saúde local indicou que há dezenas de cadáveres nas ruas do norte da Faixa de Gaza, além dos que estão soterrados nos escombros, e que é impossível contabilizá-los por causa da intensidade dos bombardeamentos israelitas.
A Comissão Europeia identificou um conjunto de projetos de apoio humanitário à população palestiniana na Faixa de Gaza, no valor de 75,6 milhões de euros, que deixaram de ser viáveis, pelo que têm de ser reprogramados.
De acordo com um comunicado divulgado esta terça-feira sobre a revisão ao apoio prestado pela União Europeia (UE) à população em Gaza, a Comissão identificou "uma lista de projetos que já não são viáveis com um total de 75,6 milhões de euros, que terão de ser reprogramados em apoio para os palestinianos à luz de novas prioridades que serão identificadas no terreno".
Bruxelas elaborou que identificou "grandes projetos de infraestruturas, gás para Gaza, a central de dessalinização de Gaza e acesso a serviços de água", cuja implementação é impossível "no contexto atual" de conflito aberto entre o Israel e o movimento islamita Hamas.
"A revisão [do apoio] mostrou que os mecanismos de controlo e salvaguardas da Comissão significativamente reforçados nos últimos anos estão a resultar e não há qualquer evidência até hoje de que o dinheiro esteja a ser desviado para utilização imprópria", concluiu a Comissão Europeia, de acordo com um comunicado divulgado.
Apesar de ainda estar a recolher "informação adicional" para avaliar "possíveis ajustes" ao financiamento de algumas organizações no terreno, "o apoio até hoje vai continuar a ser distribuído pelas organizações que responderam aos pedidos de clarificação e salvaguardas" sobre a utilização do dinheiro da UE.
Presidente chinês, Xi Jinping, exortou todas as partes envolvidas no conflito de Gaza a cessarem imediatamente o fogo, a acabarem com todos os ataques contra civis e a libertarem os civis detidos para evitar mais perdas de vidas e sofrimento, segundo a imprensa estatal chinesa, avança a reuters.
É também importante garantir a passagem segura e suave da ajuda humanitária, expandir a ajuda humanitária às pessoas em Gaza e parar a deslocalização forçada e o corte de água, eletricidade e petróleo que visam as pessoas em Gaza, disse o presidente numa cimeira virtual de líderes do BRICS.
As buscas, que não levaram a nenhuma detenção, foram efetuadas no âmbito de uma jornada de luta contra o antissemitismo, com o objetivo de mostrar "claramente" que o incitamento ao ódio contra os judeus "não é um delito menor" e "dissuadir potenciais agitadores", explicou o ministro do Interior da Baviera, Joachim Hermann.
Os suspeitos, duas mulheres e quinze homens com idades compreendidas entre os 18 e os 62 anos, são suspeitos de divulgarem conteúdos antissemitas na Internet.
Nesse sentido, as autoridades locais decidiram abrir um inquérito por "incitamento ao ódio, aprovação de atos criminosos e utilização de símbolos contrários à Constituição" na Internet e nas redes sociais, segundo a Polícia Judiciária e o Ministério Público de Munique.
Com sede em Munique e Nuremberga, atuaram sobretudo num grupo de discussão do WhatsApp numa turma escolar, em que se publicaram frases como "gasear os judeus" e "[os] filhos dos judeus [não merecem mais do que] ser massacrados e exterminados".
Segundo a Agência Nacional de Notícias (ANI), "três cidadãos - dois jornalistas e outro civil - foram mortos num bombardeamento inimigo" na região de Tayr Harfa.
A televisão libanesa pró-iraniana Al Mayadeen anunciou que a sua correspondente Farah Omar e o operador de câmara Rabih Maamari foram mortos "por um ataque israelita" quando cobriam os bombardeamentos em curso no sul do país.
A equipa foi "deliberadamente atingida, não foi por acaso", afirmou o diretor executivo do canal, Ghassan Ben Jeddo, em declarações à televisão.
"A bancada da Fretilin propõe ao parlamento nacional que se aprove uma resolução de solidariedade internacional", refere a declaração do partido, líder da oposição timorense, apresentada durante a sessão.
Na declaração, a Fretilin defende que a resolução deve apelar ao cessar-fogo em Gaza e para que as "organizações internacionais competentes atuem de forma a prestar todo o apoio humanitário e político necessário e urgente para assistência a todas as vítimas do conflito" e a busca de uma solução que "garanta o reconhecimento digno de todos os cidadãos e povos".
"O movimento [Hamas] deu a sua resposta aos irmãos do Qatar e aos mediadores. Estamos a aproximar-nos da conclusão de um acordo de tréguas", disse Haniyeh, citado numa breve mensagem publicada na conta do movimento palestiniano na plataforma Telegram.
De acordo com fontes do Hamas e da Jihad Islâmica, o segundo maior grupo islamista armado palestiniano, citados pela agência France-Presse (AFP), os dois movimentos aceitaram um acordo e os pormenores devem ser anunciados pelo Qatar e pelos mediadores do conflito.
O Hamas frisou esta segunda-feira que ainda não há acordo para a libertação dos reféns detidos pelo grupo islamita em Gaza, acusando o primeiro-ministro israelita de atrasar o processo e mentir, de acordo com um portal pró-palestiniano Gaza Now.
Azzat Al-Rashq, membro do gabinete político do Hamas, citado pelo portal pró-palestiniano, sublinhou que o acordo para a troca de prisioneiros ainda não está finalizado, depois do Presidente dos Estados Unidos Joe Biden ter referido que a finalização do processo estava para breve.
O responsável palestiniano acusou o chefe do Governo israelita, Benjamin Netanyahu, de "estar a atrasar o acordo de troca de prisioneiros" e de "mentir a todas as partes".
A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou esta segunda-feira que a situação hospitalar em Gaza é "catastrófica", com a maioria dos hospitais fora de funcionamento.
"Temos agora 1,7 milhões de pessoas deslocadas, por isso temos o dobro ou o triplo da população (no sul de Gaza), a utilizar um terço das camas hospitalares em menos de um terço dos hospitais disponíveis", disse o diretor executivo do Programa de Emergências Sanitárias da OMS, Michael Ryan, num 'briefing' na sede da ONU em Nova Iorque, no qual participou por videoconferência a partir de Genebra.
"Mesmo que amanhã de manhã tivéssemos um cessar-fogo, ainda teríamos um enorme problema nas nossas mãos", acrescentou.
"Tenho conversado com as pessoas envolvidas, todos os dias. Acredito que isso vai acontecer. Mas não quero dar mais pormenores", disse o líder norte-americano à margem de uma cerimónia na Casa Branca.
Hoje, a Casa Branca já tinha informado que Biden tinha "discutido longamente" com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, os esforços para um acordo que conduza à libertação dos reféns.
"Até agora, capturámos mais de 300 membros das organizações terroristas, durante a operação terrestre [em Gaza], que foram levados para território israelita para mais interrogatórios. A informação que surge dos interrogatórios dos terroristas é muito valiosa, uma vez que conduz à eliminação de combatentes das milícias e à preservação da segurança das nossas forças", sustentou o porta-voz militar israelita num comunicado.
No texto, referiu também que, durante os interrogatórios, os combatentes capturados "forneceram a localização de túneis subterrâneos terroristas e depósitos de armamento, além de exporem os métodos de ataque do inimigo e os seus esforços para a infiltração da população civil".
O exército israelita atacou esta segunda-feira alvos do grupo xiita libanês Hezbollah em resposta ao disparo de vários obuses a partir do sul do Líbano, em mais um dia de troca de tiros na zona fronteiriça.
Um comunicado militar israelita indicou que o exército utilizou "tanques, um avião de combate e um helicóptero" para atacar "as infraestruturas terroristas do Hezbollah no Líbano", em resposta ao bombardeamento de várias comunidades fronteiriças e ao incêndio de uma base militar.
O exército anunciou também que registou uma tentativa de ataque a partir do Líbano com três 'drones' (aparelhos voadores não tripulados) e 25 outros projéteis, alguns dos quais foram intercetados pelos sistemas de defesa aérea, enquanto outros atingiram zonas despovoadas.
"O surgimento de fome na Faixa de Gaza, em consequência da grave escassez de alimentos e de bens de primeira necessidade, confirma que a comunidade internacional, liderada pelos Estados Unidos, está a urdir um malicioso plano destinado a esvaziar a Faixa de Gaza e a deslocar a sua população para o Egito, o que é rejeitado pelo nosso povo", indicou o gabinete de imprensa do Governo palestiniano do movimento islamita Hamas, numa mensagem na plataforma digital Telegram.
"Consideramos a comunidade internacional e a ocupação israelita totalmente responsáveis pela degradação da situação humanitária e pela falta de alimentos nos mercados e lojas da Faixa de Gaza, uma vez que concordaram com a aplicação de uma política de fome contra o povo palestiniano", afirmaram as autoridades do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas).
As autoridades da Faixa de Gaza denunciaram esta segunda-feira que a população enfrenta "fome e doenças" devido à escassez de alimentos e bens essenciais, exigindo a "abertura permanente" da passagem fronteiriça de Rafah, para facilitar a entrada de ajuda.
"O surgimento de fome na Faixa de Gaza, em consequência da grave escassez de alimentos e de bens de primeira necessidade, confirma que a comunidade internacional, liderada pelos Estados Unidos, está a urdir um malicioso plano destinado a esvaziar a Faixa de Gaza e a deslocar a sua população para o Egito, o que é rejeitado pelo nosso povo", indicou o gabinete de imprensa do Governo palestiniano do movimento islamita Hamas, numa mensagem na plataforma digital Telegram.
"Consideramos a comunidade internacional e a ocupação israelita totalmente responsáveis pela degradação da situação humanitária e pela falta de alimentos nos mercados e lojas da Faixa de Gaza, uma vez que concordaram com a aplicação de uma política de fome contra o povo palestiniano", afirmaram as autoridades do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas).
"É importante poder transformar esta tragédia em oportunidade e, para que isso seja possível, é essencial que depois da guerra avancemos de forma decisiva e irreversível em direção a uma solução de dois Estados", disse António Guterres à imprensa na sede da ONU.
Isto requer que "a responsabilidade por Gaza seja assumida por uma Autoridade Palestiniana fortalecida", mas esta "não pode ir para Gaza com os tanques israelitas", pelo que "a comunidade internacional deve considerar um período de transição", adiantou.
A Amnistia Internacional (AI) pediu esta segunda-feira que sejam investigados como alegados crimes de guerra dois bombardeamentos por Israel em Gaza nos quais morreram 46 civis, 20 dos quais menores.
Os ataques israelitas de 19 e 20 de outubro atingiram a igreja ortodoxa grega de São Porfírio, onde cerca de 450 cristãos deslocados se refugiavam na cidade de Gaza, e uma casa num campo de refugiados de Nuseirat, no centro do enclave palestiniano.
Na lista de mortos nestes dois atentados - que a AI diz terem sido "ataques indiscriminados ou ataques diretos contra civis" -- inclui-se um bebé de três meses como a vítima mais jovem e uma mulher de 80 anos.
"É importante poder transformar esta tragédia em oportunidade e, para que isso seja possível, é essencial que depois da guerra avancemos de forma decisiva e irreversível em direção a uma solução de dois Estados", disse António Guterres à imprensa na sede da ONU.
Isto requer que "a responsabilidade por Gaza seja assumida por uma Autoridade Palestiniana", mas esta "não pode ir para Gaza com os tanques israelitas", pelo que "a comunidade internacional deve considerar um período de transição", adiantou.
Um hospital de campanha entrou, esta sexta-feira, na Faixa de Gaza através da passagem de Rafah pela primeira vez desde o início da guerra, segundo um responsável palestiniano, avança a Aljazeera.
Mohammed Zaqout, diretor-geral dos hospitais em Gaza, diz que o hospital jordano será instalado na cidade de Khan Younis, no sul do país.
O diretor-geral descreveu as condições dos hospitais do sul como "catastróficas", afirmando que centenas de feridos estão a ser admitidos diariamente devido aos "contínuos e agressivos ataques aéreos".
29 dos 31 bebés prematuros retirados do hospital de Shifa chegaram esta sexta-feira ao Egito. O Presidente do Conselho de Segurança da União Europeia, José Manuel Durão Barroso, afirmou que o acordo de cessar-fogo entre Israel e a Faixa de Gaza é um passo importante para a libertação de um número significativo de reféns, avança o The Times of Israel.
Os bebés foram retirados ontem do hospital al-Shifa, numa altura em que Israel procura descobrir o que diz serem bases do Hamas em túneis por baixo das instalações. A Organização Mundial de Saúde descreveu o hospital como uma "zona de morte".
Inicialmente, 31 bebés foram retirados de al-Shifa para outra clínica de Gaza, mas não está esclarecido porque é que apenas 29 chegaram ao Egito.
"A Resolução 2712 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que apela a pausas humanitárias urgentes e à criação de corredores humanitários alargados, deve ser aplicada imediatamente", defendeu esta segunda-feira o Alto Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell.
Numa publicação na rede social X (anterior Twitter), o chefe da diplomacia comunitária revela-se "profundamente chocado com o facto de duas escolas da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina terem sido atingidas em menos de 24 horas em Gaza".
A população de Gaza é constituída por 2,2 milhões de pessoas.
De acordo com a Agência da ONU para os Refugiados Palestinianos (UNRWA) o número de pessoas que se encontram albergadas nas instalações da organização ultrapassa as 900 mil, em condições cada vez mais precárias.
"Vamos trabalhar juntos para acalmar rapidamente a situação em Gaza e restaurar a paz no Médio Oriente o mais rapidamente possível", disse Wang, no discurso de abertura da reunião em Pequim.
"Uma catástrofe humanitária está a desenrolar-se" na Faixa de Gaza, disse Wang aos ministros dos Negócios Estrangeiros da Autoridade Palestiniana, Indonésia, Egito, Arábia Saudita e Jordânia, assim como o secretário-geral da Organização de Cooperação Islâmica.
Segundo o Ministério da Saúde, este é "um novo crime cometido pela ocupação israelita contra hospitais na Faixa de Gaza", assegurando que o hospital Indonésio "foi atacado com artilharia por tanques", causando numerosos feridos.
As forças israelitas atacaram vários hospitais nas últimas semanas, argumentando que militantes do Hamas se escondiam nessas instalações, embora o mais relevante tenha sido o cerco ao hospital Al Shifa na última semana, o maior da Faixa localizado na cidade de Gaza.
O Hezbollah lançou uma série de ataques com lança-foguetes e projéteis de artilharia contra "concentrações de soldados" israelitas perto da linha divisória, e contra um acampamento onde soldados israelitas efetuavam a manutenção de armamento, segundo diversos comunicados divulgados pelo grupo.
A formação xiita também reivindicou ataques na localidade de Metula, no norte de Israel, contra veículos israelitas que não especificou, numa ação que o Hezbollah assegurou ter provocado "vítimas diretas".
Numa referência à situação na Cisjordânia, o chefe de Estado francês manifestou ainda a sua "grande preocupação sobre o aumento da violência contra os civis palestinianos", e pediu que "tudo seja feito para evitar a propagação desta violência e manter a calma".
O exército israelita divulgou este domingo imagens e vídeos que diz atestarem a descoberta de "um túnel fortificado" utilizado pelo Movimento de Resistência Islâmica Hamas, debaixo do hospital Al Shifa, na Faixa de Gaza.
Em comunicado, o exército de Israel explica que o túnel descoberto tem 55 metros de comprimentos e 10 metros de profundidade, por baixo do maior complexo hospitalar da Faixa de Gaza, e que o acesso foi encontrado debaixo de um alçapão "próximo de um veículo que continha inúmeras armas".
Entre as vítimas mortais contabilizadas até este domingo estão 5.500 crianças e 3.500 mulheres, indica o Hamas citado pela Agência France-Presse.
O Hamas dá ainda conta que pelo menos 30.000 pessoas ficaram feridas desde 7 de outubro.
"Dezenas de pessoas - muitas mulheres e crianças - foram mortas e feridas quando procuravam refúgio nas instalações da ONU", disse António Guterres, em comunicado.
O conselheiro adjunto para a segurança nacional, Jonathan Finer, disse ao canal NBC News que os Estados Unidos estão "mais perto" do que nunca em fechar um acordo, embora se tenha recusado em especificar o número de reféns libertados, afirmando apenas que seriam "bem mais de 12".
"O que posso dizer nesta altura é que algumas das áreas de desacordo pendentes, negociações muito complicadas e muito sensíveis, foram reduzidas", disse Finer no programa "Meet the Press" da NBC.
"Dezenas de pessoas - muitas mulheres e crianças - foram mortas e feridas quando procuravam refúgio nas instalações da ONU", disse António Guterres, em comunicado.
Segundo dados divulgados hoje pelo Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU, mais de meia centena de pessoas foram mortas num dos ataques na escola Tal Az Zaatar, em Beit Lahia, perto da fronteira com Israel, no extremo norte da Faixa.
A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Médio Oriente (UNRWA) elevou para 104 o número de trabalhadores mortos pela ofensiva israelita contra a Faixa de Gaza, incluindo um morto por bombardeamento no sábado.
"No dia 18 de novembro, um colega da UNRWA no norte de Gaza foi morto por um bombardeamento israelita. No total, 104 colegas foram mortos desde o início da guerra", afirmou, antes de recordar que "este é o maior número de trabalhadores da ONU mortos num conflito na história".
De acordo com esta agência, nas últimas 24 horas, houve "múltiplos incidentes" que afetaram as instalações da UNRWA, e provocaram "mortos e feridos entre as pessoas deslocadas que se encontravam abrigadas nas instalações". "A UNRWA ainda está a tentar verificar o número de vítimas", referiu a agência.
O 'ayatollah' Ali Khamenei, a mais alta autoridade iraniana, afirmou este domingo que a derrota de Israel na guerra contra o Hamas em Gaza "é um facto" e instou os países muçulmanos a cortarem relações com Telavive.
O líder supremo falava durante uma visita ao centro de desenvolvimento da Força Aérea do Corpo de Guardas da Revolução, o Exército ideológico do país, durante a qual foi apresentada uma nova versão de um míssil balístico hipersónico, o Fattah II.
"A derrota do regime sionista em Gaza é um facto. Entrar em hospitais e casas não é uma vitória, porque a vitória significa a derrota do outro lado, o que não conseguiu até agora e não conseguirá no futuro", disse o 'ayatollah' num discurso.
O grupo rebelde iemenita Huthi avisou este domingo que vai atacar todos os navios que sejam propriedade ou operados por empresas israelitas ou com bandeira israelita no Mar Vermelho.
A ameaça surge depois de o grupo ter anunciado que iria realizar ataques contra Israel em resposta à ofensiva contra a Faixa de Gaza na sequência dos ataques de 7 de outubro do movimento islamita Hamas.
O porta-voz militar do grupo, Yahya Sari, afirmou que as suas forças atacarão estes navios "quer se dirijam à Palestina ocupada - referindo-se a Israel - ou a qualquer outro lugar", e apelou a todos os países para que "retirem" os seus trabalhadores destes navios para evitar danos, segundo a estação de televisão Al Masirah, ligada aos Huthis.
Equipas de ambulância do Crescente Vermelho Palestiniano retiraram 31 bebés prematuros do Hospital a-Shifa, este domingo, em coordenação com a Organização Mundial de Saúde e o Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários. A informação foi avançada pela agência Reuters
Os bebés foram transferidos para o sul de Gaza "em preparação para a sua transferência para o Hospital dos Emirados em Rafah".
Uma equipa das Nações Unidas disse este domingo que 291 pacientes, incluindo 32 bebés em estado crítico, ficaram no hospital al-Shifa, o maior de Gaza, depois de as tropas israelitas terem mandado evacuar o local.
Entre os que ficaram, contam-se, além dos 32 bebés em estado extremamente crítico, doentes traumatizados com feridas gravemente infetadas e outros com lesões na coluna vertebral que não conseguem mover-se.
A equipa pôde visitar o hospital al-Shifa durante uma hora, depois da retirada no sábado de cerca de 2.500 pessoas, pacientes com mobilidade e pessoal médico, informou a Organização Mundial de Saúde, que liderou a missão.
Segundo a OMS, cujos peritos se mantiveram durante uma hora no imenso complexo hospitalar, o edifício ainda albergava 25 funcionários e 291 doentes, incluindo 32 bebés em estado crítico, 22 doentes submetidos a diálise e dois em cuidados intensivos.
Os membros da missão descreveram o hospital como uma "zona de morte" onde a situação é "desesperada", indicou a OMS em comunicado divulgado na noite de sábado.
A administração norte-americana afirmou continuar a "trabalhar arduamente" para alcançar um acordo entre Israel e o movimento islamita Hamas para libertar os reféns e marcar uma pausa nos combates.
"Ainda não chegámos a um acordo, mas continuamos a trabalhar arduamente" para o conseguir, escreveu, no sábado, a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca Adrienne Watson, na rede social X (antigo Twitter).
A reação da porta-voz surgiu depois de o jornal Washington Post publicar ter sido alcançado um acordo entre as partes beligerantes que previa a libertação de reféns em troca de uma pausa de cinco dias nos combates.
O líder da Autoridade Nacional Palestina (ANP) pediu ao Presidente dos Estados Unidos para intervir "imediatamente" e "deter o atual genocídio israelita contra o povo palestiniano", que causou já dezenas de milhares de vítimas civis.
Mahmud Abbas instou Joe Biden, dada a sua posição internacional e influência significativa sobre Israel, a intervir imediatamente para travar a "agressão israelita", num discurso transmitido pela televisão e noticiado pela agência noticiosa oficial palestiniana WAFA, no sábado.
Abbas, que também é presidente do partido no poder na Cisjordânia, Fatah, mas que foi expulso de Gaza em 2007, também instou Biden a pressionar para que "a tão necessária ajuda humanitária entre em Gaza, parar os contínuos ataques das forças de ocupação israelitas e ponha fim ao terrorismo dos colonos contra o povo palestiniano na Cisjordânia e em Jerusalém",
Num artigo de opinião publicado no The Washington Post, Joe Biden escreve que Gaza e a Cisjordânia devem permanecer nas mãos da Autoridade Nacional Palestiniana, assim que Israel tenha conseguido derrotar o Hamas na Faixa de Gaza.
"A solução de dois Estados é a única forma de garantir a segurança a longo prazo tanto do povo israelita como do povo palestiniano. Embora possa parecer um tiro no escuro agora, esta crise tornou-a mais necessária do que nunca", afirmou.
A marcha, organizada pelo Coletivo pela Libertação da Palestina com o lema "Fim ao Genocídio. Palestina Livre, já!", juntou milhares de pessoas que percorreram as ruas de Lisboa entre a Praça do Município e a Assembleia da República.
Ao som de bombos e entre palmas, os milhares de manifestantes fizeram-se ouvir ao gritarem vários palavras de ordem, sendo as mais ouvidas "free, free Palestine" e "Hoje e sempre Palestina Livre".
O grupo xiita libanês Hezbollah reivindicou este sábado oito ataques contra objetivos militares israelitas, incluindo um 'drone', e manteve a escalada de tensão na fronteira desde o início há quase seis semanas do fogo cruzado entre as duas partes.
O Hezbollah indicou em diversos comunicados que nas suas ações deste sábado alvejou um 'drone' de combate com um míssil terra-ar na região norte do Israel, além de posições militares ao longo da linha divisória.
O grupo xiita libanês precisou que um dos ataques "com mísseis e projéteis de artilharia foi dirigido contra o quartel militar de Ramim, uma aldeia libanesa ocupada de Honin", e posteriormente prosseguiu a sua ofensiva contra duas outras posições, supostamente com vítimas, mas sem fornecer mais detalhes.
Milhares de pessoas manifestam-se este sábado à tarde em Lisboa contra o genocídio em Gaza e para exigir a libertação da Palestina.
A marcha, organizada pelo Coletivo pela Libertação da Palestina com o lema "Fim ao Genocídio. Palestina Livre, já!", realiza-se entre a Praça do Município e a Assembleia da República.
Com vários bandeiras da Palestina e ao som de bombos, os manifestantes gritam várias palavras de ordem, sendo aquela que mais se ouve "free, free Palestine".
O rapaz, que foi transportado em maca para um avião com destino a Abu Dhabi, no âmbito de uma missão humanitária organizada pelo país, chegou a meio da noite ao aeroporto egípcio de Al-Arich, perto do posto fronteiriço de Rafah, a única abertura para a Faixa de Gaza que não está nas mãos de Israel.
Juntamente com outras oito crianças feridas, algumas acompanhadas pelas famílias, o rapaz esperou na parte de trás de uma das seis ambulâncias amarelas estacionadas perto da pista de aterragem, com as luzes azuis a piscar.
O grupo islamita palestiniano Hamas acusa Israel de ter bombardeado este sábado uma escola das Nações Unidas na Faixa de Gaza, causando 50 mortos.
Segundo disse à agência francesa AFP um responsável do Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, o ataque aconteceu esta madrugada contra a escola Al-Fakhora, gerida pelas Nações Unidas e situada no campo de refugiados de Jabalia, no norte do território.
Na escola, que já havia sido atacada no início do mês, foram instalados colchões sobre as mesas escolares para abrigar pessoas deslocadas em resultado do conflito entre o Hamas e Israel.
O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza estima que mais de 16 mil pessoas tenham morrido no território, nos 43 dias de conflito entre o grupo islamita palestiniano Hamas e as forças de segurança de Israel.
De acordo com o IDF, o Exército "acedeu ao pedido do diretor do Hospital al-Shifa para permitir que outros habitantes de Gaza que se encontravam no hospital e desejavam sair o fizessem por via segura".
"Em nenhum momento o Exército ordenou a retirada de pacientes ou de equipas médicas e, de facto, propôs que qualquer pedido de retirada médica fosse facilitado pelo Exército", refere o comunicado militar.
O diretor do hospital al-Shifa, Mohammed Zaqout, reagiu às alegações do exército israelita e disse que estas eram falsas, avança a Al Jazeera.
O Exército israelita (IDF) e os serviços secretos israelitas (Shin Bet) anunciaram hoje que vários membros do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) foram mortos durante uma operação noturna do Exército israelita perto de um campo de refugiados na Cisjordânia.
O IDF e o Shin Bet afirmaram num comunicado conjunto que o Exército israelita atacou por via terrestre e aérea o campo de refugiados de Balata, perto da cidade de Nablus, na Cisjordânia.
Entre os mortos encontra-se Mohamed Zahad, um miliciano palestiniano de alta patente.
Pelo menos 26 pessoas morreram, na sexta-feira à noite, num ataque aéreo contra três edifícios residenciais de Khan Younis, no centro da Faixa de Gaza, disse o diretor do hospital local Nasser.
O chefe do departamento de ortopedia, Adnan al-Bursh, citado pelo ministério, disse que a ordem tinha criado um "grave estado de pânico e medo" e sublinhou que os médicos não deixariam o hospital sem os pacientes.
"Posso confirmar que na manhã de quarta-feira, 22 de novembro, à margem da audiência geral, o papa Francisco vai reunir-se em momentos separados com um grupo de familiares de israelitas reféns em Gaza e com um grupo de familiares de palestinianos que sofrem com o conflito em Gaza", adiantou em comunicado o porta-voz da Santa Sé, Matteo Bruni.
O Vaticano assinalou que "com estes encontros, de caráter exclusivamente humanitário, o papa Francisco quer demonstrar a sua proximidade espiritual com o sofrimento de cada um".
Um membro do Crescente Vermelho disse à agência EFE que os veículos conseguiram descarregar material médico e alimentos na Faixa de Gaza.
Segundo a mesma fonte, o pessoal humanitário está a trabalhar para garantir que o carregamento acumulado de quase 150 camiões na passagem de Rafah entre o mais rapidamente possível no enclave palestiniano.
"A investigação está a progredir", afirmou François Zimeray à agência France Presse após a reunião, duas semanas depois de ter apresentado um processo ao procurador Karim Khan em representação de nove famílias de vítimas israelitas.
As famílias pretendem que o Hamas seja processado por crimes de guerra e genocídio e que o TPI emita um mandado de captura internacional contra os seus líderes.
"O meu gabinete recebeu um pedido sobre a situação no Estado da Palestina por parte dos seguintes cinco países-membros: África do Sul, Bangladesh, Bolívia (...) Comores e Jibuti", anunciou esta sexta-feira o procurador Karim Khan, que confirmou que o tribunal internacional já está a investigar a situação.
O TIJ - órgão das Nações Unidas que foi criado em 2002 para julgar as piores atrocidades do mundo - abriu uma investigação em 2021 sobre alegados crimes de guerra nos territórios palestinianos, incluindo alegados crimes cometidos pelas forças israelitas, pelo Hamas e por outros grupos armados palestinianos.
Entre as mortes registadas até à data incluem-se cinco mil crianças e 3.300 mulheres e cerca de 30 mil pessoas ficaram feridas, detalhou o Governo palestiniano do Hamas.
O Ministério da Saúde, por sua vez, afirma que dezenas de corpos estão espalhados nas ruas do norte da Faixa de Gaza e que é impossível contá-los devido à intensidade dos ataques israelitas.
Num 'briefing' na Assembleia Geral da ONU sobre a situação humanitária na Faixa de Gaza, Martin Griffiths, o subsecretário-geral das Nações Unidas para Assuntos Humanitários, afirmou que, além do colapso da rede de comunicações - devido à falta de combustível -, a contabilização real do número de vítimas é dificultada pela demora em descobrir corpos debaixo dos destroços.
"Mais de 41.000 unidades habitacionais foram destruídas ou gravemente danificadas -- o que representa cerca de 45% do parque habitacional em Gaza", disse, em referência aos danos causados pelos ataques das tropas israelitas, em guerra com o movimento Hamas.
Num comunicado, a organização - considerada terrorista pela União Europeia (UE), Estados Unidos e Reino Unido - adiantou ter mesmo transferido alguns dos reféns para outros centros médicos para que possam ser assistidos "devido à gravidade do seu estado de saúde", que atribui aos ataques do exército israelita.
Segundo o documento, um dos reféns, identificado pelo nome, apelido e número de identificação, recebeu "cuidados intensivos" num hospital e, depois de recuperado, foi transferido de volta para o seu local de cativeiro onde, segundo a al-Qasam, morreu em consequência de "ataques de pânico que sofreu em resultado de repetidos bombardeamentos em torno do seu local de detenção".
As universidades de Columbia, de Cornell e da Pensilvânia, três instituições de elite da costa leste norte-americana, estão entre as investigadas, anunciou o hoje o Departamento de Educação num comunicado.
Sete instituições, incluindo um grupo escolar do Kansas, são visadas nesta que é a primeira vaga de investigações deste tipo levadas a cabo pelo departamento desde o início do conflito entre Israel e o Hamas.
As mortes são justificadas pelo porta-voz do Ministério da Saúde do Governo do movimento islamita palestiniano Hamas, Ashraf al-Qidreh, com a paragem de equipamentos médicos vitais devido ao corte de energia no maior complexo hospitalar da Faixa de Gaza.
A maioria dos hospitais em Gaza já não tem uma gota de combustível para alimentar os seus geradores, afirmou à agência France-Presse (AFP).
O presidente do Comité do Qatar para a Reconstrução de Gaza, Mohammed al-Emadi, disse que as alegações israelistas sobre a presença de um edifício pertencente ao Qatar no interior do Hospital Al-Shifa são "infundadas" e "falsas", segundo avança a Aljazeera.
Numa declaração divulgada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar, Mohammed al-Emadi afirmou que Israel utilizava as alegações como "desculpa para atacar hospitais", entre outras violações que cometeu, afetando civis e infraestruturas da cidade.
O Hamas afirma que considera o Presidente dos EUA, Joe Biden, e a sua administração responsáveis pela "limpeza étnica" que está a ser efetuada pelas forças israelitas no Hospital Al-Shifa, avança a Aljazeera.
O grupo afirma que o que está a acontecer no hospital é um "extermínio sistemático" enquanto o mundo assiste.
No início desta semana, o Hamas emitiu uma declaração semelhante e afirmou que a Casa Branca tinha dado "luz verde" a Israel para "cometer mais massacres contra civis".
O Governo de Israel aprovou esta sexta-feira a entrada diária de dois camiões com combustível na Faixa de Gaza, apesar de as organizações de ajuda humanitária terem alertado que, para suprir as necessidades, é necessário um fluxo constante.
A autorização só foi dada pelo Governo israelita depois de o exército e os serviços secretos terem aprovado a medida e após pedido prévio das autoridades dos Estados Unidos.
O objetivo é "garantir a manutenção mínima das necessidades dos sistemas de água, resíduos e saneamento" para evitar um surto de doenças que "potencialmente" também poderiam espalhar-se para Israel, segundo explica o documento do Governo, citado pelo jornal The Times of Israel.
Os dois eurodeputados do PCP promoveram um abaixo-assinado a pedir um cessar-fogo na Faixa de Gaza, assinado por 64 membros do Parlamento Europeu (PE) e enviado aos líderes das principais instituições da União Europeia (UE).
Segundo um comunicado, o abaixo-assinado apela "ao estabelecimento de um cessar-fogo humanitário imediato, duradouro e sustentado, que conduza à cessação da atual escalada de violência na Faixa de Gaza, na Cisjordânia, em Jerusalém Oriental e em Israel".
Cerca de 150.000 litros de combustível destinados a abastecer os geradores de hospitais entraram esta quinta-feira na Faixa de Gaza através da passagem fronteiriça de Rafah, que liga o enclave ao Egito, informaram os meios de comunicação social egípcios.
As estações de televisão egípcias Al Qahera News e Extra News, próximas do governo egípcio, disseram que "cerca de 150.000 litros de combustível entraram de Rafah para hospitais na Faixa de Gaza".
O Al Qahera News publicou na conta X (antigo Twitter) que constatou "o restabelecimento do fluxo de camiões de combustível através da passagem de Rafah para Gaza", enquanto o canal Extra News acrescentou que a ação se deve ao facto de "a pressão egípcia sobre todas as partes [envolvidas no conflito] conseguir aumentar o volume de ajuda" para o enclave palestiniano.
Pelo menos cinco palestinianos foram mortos esta sexta-feira na sequência de um ataque aéreo israelita durante uma operação militar em Jenin, Cisjordânia ocupada, que, segundo fontes palestinianas, se estendeu também ao principal hospital da cidade.
O exército israelita anunciou que matou pelo menos "cinco terroristas" em Jenin, "reduto dos grupos armados palestinianos" na Cisjordânia ocupada, enquanto o Hamas anunciou a morte de três dos seus combatentes.
Por outro lado, a agência noticiosa oficial palestiniana WAFA noticiou que o Exército israelita atacou uma "concentração de civis" no campo de refugiados de Jenin, matando três pessoas e ferindo outras nove.
A Venezuela questionou as declarações do Presidente israelita, que na quinta-feira tinha pedido "decência e respeito" aos países latino-americanos críticos da ofensiva na Faixa de Gaza, acusou Israel de levar a cabo "um genocídio" contra os palestinianos.
"A República Bolivariana da Venezuela manifesta repúdio pelas declarações cínicas do Presidente de Israel, Isaac Herzog, que criticou descaradamente a posição digna assumida pelos países latino-americanos, incluindo a Venezuela, relativamente ao genocídio aplicado pelo país ao nobre povo palestiniano", de acordo com um comunicado.
No documento, divulgado pelo Ministério de Relações Exteriores venezuelano, a Venezuela respondeu ao Presidente de Israel "que as ações ultrapassam em muito os limites da decência e do respeito, sendo classificadas como crimes de guerra e crimes contra a humanidade, que mais cedo ou mais tarde serão julgados pelo direito internacional".
O Presidente do Brasil manteve conversações com o homólogo israelita, Isaac Herzog, na quinta-feira, sobre a situação humanitária em Gaza e os reféns do movimento islamita Hamas, após ter criticado fortemente a reação de Israel.
"Falei [por telefone] com o Presidente de Israel, Isaac Herzog, sobre a libertação dos reféns do Hamas e o repatriamento dos brasileiros da Faixa de Gaza", escreveu Luiz Inácio Lula da Silva, na rede social X (antigo Twitter).
Na segunda-feira, Lula criticou fortemente a resposta de Israel ao ataque do Hamas de 7 de outubro, que desencadeou a guerra entre as duas partes, classificando-a como "tão grave" como os ataques do movimento islamita palestiniano.
O exército israelita anunciou esta sexta-feira ter encontrado o corpo da soldado Noa Marciano, de 19 anos, refém do Hamas em Gaza.
A morte de Marciano tinha sido anunciada na terça-feira, um dia depois de o movimento islamita palestiniano ter divulgado informações.
"O corpo da soldado Noa Marciano (...) foi extraído pelas tropas do exército israelita de uma estrutura adjacente ao hospital Al Shifa, na Faixa de Gaza, e transferido para o território israelita", indicou o exército, em comunicado.
Benjamin Netanyahu disse que Israel teve indícios da presença de reféns no Hospital al-Shifa, em declarações à CBS, citadas na quinta-feira pelo jornal Haaretz.
O primeiro-ministro israelita referiu esta como uma das razões para a entrada das tropas israelitas na unidade hospitalar.
Haniye apelou à comunidade internacional para pressionar Israel a cessar completamente as hostilidades, a abrir as passagens fronteiriças e a pôr fim definitivamente ao bloqueio da Faixa de Gaza, segundo as suas declarações citadas pelo portal de notícias Al Quds.
Segundo o movimento armado, os ataques visaram seis postos militares e quartéis israelitas, bem como dois grupos de soldados que se tinham reunido nas proximidades de posições localizadas nas zonas norte de Israel.
Duas destas ações foram lançadas simultaneamente às 12:15 locais (10:15 em Lisboa) e outras duas foram executadas às 14:25 (12:25), de acordo com notas divulgadas pelo Hezbollah.
De acordo com o diretor da Cruz Vermelha egípcia no Sinai, Raed Abdelnaser Amin, citado pela EFE, "225 estrangeiros, com dupla nacionalidade e egípcios de origem palestiniana chegaram à fronteira de Rafah a partir da Palestina".
Destacou também que hoje saíram da Faixa de Gaza nove feridos acompanhados por nove familiares, com os quais chegaram a território egípcio, entre os quais o menor Abdulá al Kahil, quen enviou uma mensagem de socorro ao presidente egípcio, Abdelfatah al Sisi.
O braço armado do Hamas, as Brigadas Ezzedine al-Qassam, assumiu a responsabilidade pelo ataque desta quinta-feira a um posto de controlo que separa Jerusalém da Cisjordânia ocupada, que matou um soldado israelita.
De acordo com um comunicado daquelas brigadas, o ataque foi realizado "para vingar o sangue dos mártires de Gaza".
O Exército israelita anunciou que o soldado de 20 anos sucumbiu aos ferimentos após o ataque com uma arma automática e outros três membros das forças de segurança ficaram feridos, reclamando a morte dos três autores do ataque.
As autoridades israelitas anunciaram esta quinta-feira que a parte ocidental da cidade de Gaza foi desobstruída na sequência das operações levadas a cabo pelo Exército contra o movimento islamita palestiniano Hamas e vai passar à fase seguinte da ofensiva.
O ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, indicou que as Forças de Defesa de Israel (FDI) estão agora a passar para a "próxima fase" da operação terrestre na Faixa de Gaza, mais de um mês depois do início da intervenção militar no território.
Gallant disse que o Exército fez "descobertas significativas" relacionadas com as atividades do Hamas no Hospital al-Shifa, o maior da Faixa de Gaza, ao avançar para um novo capítulo da incursão, embora não tenha fornecido detalhes sobre o material encontrado pelos soldados dentro da unidade de saúde.
A população de Gaza, onde desde o início do atual conflito entraram apenas 10% dos alimentos necessários para a subsistência dos habitantes, "enfrenta a ameaça imediata de fome", alertou esta quinta-feira o Programa Alimentar Mundial da ONU.
"As reservas de alimentos e de água são praticamente inexistentes e apenas uma fração do que é necessário está a atravessar as fronteiras. Com a aproximação rápida do inverno, a insegurança e a sobrelotação dos abrigos e a falta de água potável, os civis enfrentam a possibilidade imediata de morrer à fome", declarou Cindy McCain, diretora executiva do PAM.
"As equipas de resgate não se podem deslocar e, por conseguinte, não podem chegar aos feridos", acrescentou o Crescente Vermelho, que gere o hospital.
O Ministério da Saúde do Hamas denunciou ainda um ataque do exército israelita a várias alas do hospital Al Shifa, também na cidade de Gaza.
Um terço das mortes desde o início da guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza ocorreu no sul do enclave, para onde Telavive ordenou a retirada da população do norte, denunciou esta quinta-feira fonte da ONU.
"Não há lugar seguro na Faixa de Gaza, nem no norte, nem no sul, nem na zona central, nem sequer as instalações da ONU são seguras", lamentou o diretor da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA, na sigla inglesa), Philippe Lazzarini, numa conferência de imprensa em Genebra.
"Destruíram o departamento de radiologia e bombardearam o de queimados e de diálise" do hospital, o maior de Gaza, disse à agência noticiosa France-Presse (AFP) o porta-voz do ministério, Ashraf al-Qidreh.
"Estão no recinto a interrogar os médicos, os feridos e os deslocados. Não temos eletricidade, nem água potável, nem alimentos. [...] Milhares de mulheres, crianças, doentes e feridos correm perigo de vida", acrescentou.
Imagens relacionadas com reféns capturados pelo movimento islamita palestiniano Hamas durante o seu ataque a Israel foram encontradas em computadores apreendidos no Hospital al-Shifa, na Faixa de Gaza, disse esta quinta-feira o Exército israelita.
As imagens foram encontradas em equipamentos "pertencente ao Hamas", disse um oficial das Forças de Defesa de Israel (FDI) em comunicado, acrescentando que a operação estava hoje em curso, pelo segundo dia consecutivo, na maior unidade hospitalar da Faixa de Gaza, onde permanecem centenas de doentes, funcionários e civis abrigados da guerra no enclave.
O principal hospital da Faixa de Gaza é apresentado por Israel como um centro estratégico e militar do Hamas, uma alegação rejeitada pelo movimento islamita, no poder no território desde 2007.
O ministro dos Negócios Estrangeiros português disse esta quinta-feira, em Bissau, que existem dificuldades na fronteira de Rafah, não tendo sido ainda possível resgatar os dez cidadãos que se encontram na Faixa de Gaza sinalizados por Portugal.
João Gomes Cravinho falava à Lusa no final da cerimónia que marcou os 50 anos da declaração unilateral da independência da Guiné-Bissau, na qual participaram, também, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, António Costa.
Ahmed Ashour, português que perdeu a mulher e dois filhos num bombardeamento em Gaza na quarta-feira, responsabiliza o Governo Português pela morte da família.
Em entrevista à RTP, o português diz que a família Ashour esperou 39 dias para ser resgatada e que "O ministro dos negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, devia demitir-se imediatamente porque não fez os esforços necessários para garantir a vida dos portugueses".
Numa declaração conjunta, as 20 organizações adiantaram também estarem contra a criação de tais zonas "sem que sejam criadas condições básicas" para garantir a segurança e outras necessidades fundamentais e "um mecanismo para as supervisionar".
"Nas atuais circunstâncias, as propostas de criação unilateral de 'zonas seguras' em Gaza podem causar danos aos civis, incluindo a perda de vidas em grande escala, e devem ser rejeitadas", sublinharam no comunicado assinado pelas organizações com sede em Genebra, Nova Iorque e Roma.
"Não tenho a certeza se as negociações são reais", defendeu Herzog, lançando suspeitas sobre a eficácia do resultado das negociações em curso entre as autoridades israelitas e o grupo islamita, com mediação do Qatar, procurando uma solução para o conflito aberto desde 7 de outubro.
"Para ser honesto, ainda não vejo uma resposta séria do Hamas", argumentou o líder israelita, em entrevista à agência espanhola de notícias EFE, a partir da residência presidencial em Jerusalém.
"Compreendo os vossos medos e a vossa dor. Compreendo a vossa raiva. Mas permitam-me que vos peça para não deixarem que o vosso ódio vos consuma", declarou o diplomata espanhol durante uma visita a um 'kibutz' no sul de Israel devastado pelos ataques de 7 de outubro.
Borrell apelou também à "libertação imediata e incondicional" das pessoas feitas reféns nesse dia.
"Ainda há várias centenas de cidadãos da UE em Gaza à espera de sair e já conseguimos retirar muitas centenas de cidadãos da UE, mas os números exatos são da responsabilidade e competência dos Estados-membros", declarou o porta-voz da Comissão Europeia para os Assuntos Externos e a Política de Segurança, Peter Stano.
Falando na conferência de imprensa diária da instituição europeia, em Bruxelas, depois de ter sido anunciado que três portugueses morreram em bombardeamentos na Faixa de Gaza e que, entretanto, foi autorizada a saída da região de 10 pessoas sinalizadas por Portugal, Peter Stano reforçou que cabe a cada país da UE "comunicar e cuidar" dos seus cidadãos.
Numa mensagem publicada na conta pessoal na rede social X, anteriormente conhecida como Twitter, Ben Gvir sustentou a afirmação depois de um ataque terrorista ainda por reivindicar, ao início do dia, a um posto de controlo a sul de Jerusalém, que feriu sete pessoas.
"O ataque em Gush Etzion prova mais uma vez que o conceito falha não só em Gaza, mas também na Judeia e Samaria [o nome bíblico para a Cisjordânia usado pelas autoridades israelitas para se referirem ao território]", disse Ben Gvir.
"Temos de confrontar o Hamas e a Autoridade Nacional Palestiniana, que tem uma visão semelhante à do Hamas e cujos dirigentes simpatizam com o massacre perpetrado pelo Hamas [nos ataques de 7 de outubro], da mesma forma que o fazemos em Gaza", afirmou.
Em 07 de outubro, o Hamas levou a cabo um ataque contra o território de Israel, matando cerca de 1.200 pessoas, na maioria civis, segundo as autoridades israelitas.
Desde então, em represália, Israel tem bombardeado Gaza sem tréguas, matando 11.500 palestinianos, segundo o governo do Hamas.
Os incidentes levaram ao encerramento, por questões de segurança, dos edifícios de escritórios da Câmara dos Representantes.
Vários membros do Congresso, presentes na sede, e a polícia sublinharam nas redes sociais que o protesto foi violento, com vídeos publicados a mostrar confrontos entre as duas partes, e manifestantes a serem retirados à força por agentes.
"Netanyahu deve sair imediatamente (...) Precisamos de uma mudança, Netanyahu não pode continuar a ser primeiro-ministro", disse Lapid, em entrevista ao canal israelita N12.
"Não nos podemos dar ao luxo de uma longa campanha [militar] com um primeiro-ministro em quem a população já não tem qualquer confiança", acrescentou.
A resolução, da autoria de Malta, recebeu 12 votos a favor e três abstenções: Estados Unidos, Reino Unido e Rússia.
A resolução tem um forte ângulo humanitário, com especial destaque para a situação das crianças em Gaza.
O movimento armado xiita explicou em diversos comunicados que os seus combatentes atacaram esta tarde cinco posições militares israelitas, e ainda um veículo de "concentração de forças de infantaria do Exército de ocupação israelita".
Segundo os comunicados da organização xiita libanesa, pelo menos cinco destas ações foram efetuadas ao início da tarde através do lançamento de mísseis, enquanto as duas restantes com "armas adequadas", sem precisar mais detalhes.
O responsável não especificou a autoria do lançamento do dispositivo, mas os rebeldes Huthi do Iémen, apoiados pelo Irão, assumiram vários ataques com 'drones' e mísseis desde o início da guerra entre Israel e movimento islamita palestiniano Hamas, em 7 de outubro.
O 'destroyer' de mísseis guiados USS Thomas Hudner "disparou contra um 'drone' vindo do Iémen que se dirigia para o navio", disse o elemento do Pentágono, sem mencionar onde ocorreu o incidente.
Cerca de mil trabalhadores palestinianos com autorização de trabalho em Israel, deslocados na Cisjordânia ocupada desde o início do conflito com o Hamas, regressaram esta quarta-feira à Faixa de Gaza, informaram fontes humanitárias.
Cerca de mil pessoas atravessaram esta quarta-feira a passagem de Kerem Shalom, que liga Israel à Faixa de Gaza, após terem sido transferidas da Cisjordânia para o enclave palestiniano através de território israelita, um processo coordenado entre a Autoridade Nacional Palestiniana (ANP) e as autoridades israelitas, segundo as fontes.
O Exército israelita ordenou esta quarta-feira a retirada de comunidades do sul de Gaza, pela primeira vez desde o início da guerra com o Hamas, após forçar a deslocação de 1,1 milhões de pessoas de norte para sul do enclave.
"Para sua segurança, deve evacuar rapidamente o seu local de residência e dirigir-se a refúgios conhecidos", indicou o Exército em panfletos lançados pelo ar e dirigidos às comunidades situadas no leste do município de Khan Younis: Al Qarara, Khuzaa, Bani Suheila e Abasan, no sul do enclave.
"As ações do Hamas e das organizações terroristas obrigam as Forças de Defesa de Israel (FDI) a atuar contra eles nas suas zonas de residência. As FDI não estão interessadas em provocar danos a si ou às suas famílias", assinalam os panfletos, segundo confirmaram à agência noticiosa Efe vários residentes locais.
"Consideramos a ocupação [Israel] responsável pelas vidas dos nossos doentes, do pessoal médico e dos deslocados", declarou o diretor-geral dos hospitais, Mohamed Zaqout, citado pela agência espanhola EFE.
Foram entregues pouco mais de 23 mil litros de gasolina, "mas a utilização foi restringida pelas autoridades israelitas, [e vai ser] apenas utilizada para transportar ajuda humanitária", lamentou Thomas White, diretor da UNRWA em Gaza, num texto divulgado na rede social X, sublinhando que "não há gasolina para fazer funcionar o abastecimento de água ou os hospitais".
"Isto é apenas 09% do que necessitamos diariamente para mantermos as operações para salvarmos vidas", disse ainda o mesmo responsável.
O Presidente turco, Tayyip Erdogan, afirmou, esta quarta-feira, que Israel é um "Estado terrorista" que comete crimes de guerra e viola o direito internacional em Gaza, avança o jornal Haaretz.
Erdogan reiterou ainda a opinião de que o grupo militante palestiniano Hamas não é uma organização terrorista.
Em declarações aos deputados, Erdogan instou o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, a anunciar se Israel tem ou não bombas nucleares e acrescentou que o primeiro-ministro israelita é um "demissionário" do seu cargo.
Um camião carregado de combustível começou a atravessar do Egipto para a Faixa de Gaza através do posto fronteiriço de Rafah, disseram esta quarta-feira os meios de comunicação locais egípcios e duas fontes de segurança, citadas pela Reuters.
Testemunhas disseram que dois outros camiões estavam alinhados à espera de atravessar a fronteira.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Jordânia condenou a entrada das forças militares israelitas no Hospital Al-Shifa como uma violação do direito internacional, nomeadamente da Convenção de Genebra para a Proteção das Pessoas Civis em Tempo de Guerra, informa o jornal Haaretz.
A Jordânia acrescentou que considera Israel responsável pela segurança dos civis e de quem trabalha no hospital.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Executivo controlado pelo Hamas, em Gaza, condenou "firmemente" a operação militar de Israel contra o Al Shifa -- o maior hospital da Faixa de Gaza - e outros centros médicos, que considera "flagrante violação do Direitos Internacional, Direito Internacional Humanitário e as Convenções de Genebra".
De acordo com um comunicado, o Governo de Gaza diz que os últimos acontecimentos "são uma extensão das violações de crimes de ocupação contra o povo palestiniano" acrescentando que Israel "está a privar os cidadãos dos direitos mais básicos, como o acesso aos tratamentos médicos".
De acordo com um porta-voz militar de Israel, antes de entrarem no edifício do hospital "as forças de Israel encontraram artefactos explosivos e células terroristas tendo-se registado confrontos em que morreram terroristas", disse o mesmo porta-voz referindo-se a membros do Hamas.
"As tropas estão a levar a cabo atualmente uma operação seletiva contra o Hamas na área do Hospital Al Shifa. A atividade nesta área tem como base informações que indicam que o Hamas opera a partir desta área", acrescentou.
"Falo todos os dias com as pessoas envolvidas. Acredito que se chegará a um acordo, mas não quero entrar em pormenores", respondeu Joe Biden, na terça-feira, aos jornalistas, na Casa Branca.
"Aguardem. Estamos a caminho", disse, dirigindo-se aos detidos pelo movimento islamita.
"Consideramos a ocupação [nome dado pelo Hamas a Israel] e o Presidente Biden inteiramente responsáveis pelo ataque do exército israelita ao complexo médico de Al-Chifa", declarou o Hamas, num comunicado em árabe.
O exército israelita anunciou, esta madrugada, que estava a realizar uma "operação direcionada" contra o Hamas no hospital de Al-Chifa, o maior da Faixa de Gaza.
O grupo xiita libanês Hezbollah reivindicou esta terça-feira cinco novos ataques contra o norte de Israel, um dos quais com recurso a mísseis, enquanto o fogo cruzado continua com cada vez mais intensidade na fronteira entre os dois países.
Numa série de comunicados, o movimento armado libanês reclamou a autoria de cinco novos ataques contra três postos militares diferentes e contra um "ponto de concentração para soldados inimigos" localizado próximo de outra posição no norte de Israel.
O Hezbollah explicou que uma das ações foi levada a cabo com mísseis, enquanto que no caso dos restantes se limitou a informar do uso de "armas adequadas", sem especificar quais.
A agência francesa de notícias AFP justificou esta terça-feira perante o Senado de França a razão por não se referir ao movimento islamita Hamas como terrorista, detalhando as dificuldades em cobrir o agravamento do conflito entre Israel e a Palestina.
A Comissão de Cultura do Senado francês convocou o presidente da agência de notícias pública, Fabrice Fries, e o seu diretor de informação, Phil Chetwynd, sobre a cobertura que a agência fez da guerra entre Israel e o Hamas que, para alguns meios de comunicação social e políticos franceses, foi "pró-palestiniano" por não qualificar o Hamas como terrorista.
"Não há nenhuma diferença nas nossas notícias quando falamos da Al-Qaeda ou do Hamas", explicou Chetwynd, que recordou que a AFP, tal à semelhança do que fazem outros media como a BBC e a estação púbica France Télévisions, não designa diretamente uma organização como terrorista.
O Departamento de Segurança Interna norte-americano designou a marcha como um evento de segurança de "nível 1", a classificação mais elevada no seu sistema e normalmente usada para eventos de grandes dimensões, como a final do campeonato da Liga de Futebol Americano (Super Bowl), disseram dois polícias à agência Associated Press (AP).
A designação significa que o evento exigiu uma assistência substancial das agências federais para a aplicação da lei, disseram os agentes.
Um desses hospitais é o maior daquele território palestiniano, o hospital Al-Shifa, na cidade de Gaza, segundo o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, que sublinhou que os Estados Unidos não apoiam ataques a estabelecimentos de saúde.
"Não apoiamos ataques aéreos a hospitais. Os hospitais e os doentes devem ser protegidos", disse Kirby aos jornalistas que acompanhavam o Presidente norte-americano, Joe Biden, a bordo do avião Air Force One, numa deslocação a São Francisco para uma cimeira com os líderes da região Ásia-Pacífico.
O Crescente Vermelho palestiniano afirmou esta terça-feira que a equipa médica do hospital de Al-Quds, na Faixa de Gaza, continua "presa" nas instalações, enquanto as forças israelitas avançam no terreno.
A organização afirmou não ter a certeza sobre a situação da equipa no hospital e sublinhou que esta não pode sair devido ao cerco das forças israelitas e aos confrontos com os membros do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) na zona.
"Não temos a certeza se ainda estão vivos ou não", disse Nebal Farsaj, porta-voz da organização.
O exército israelita reivindicou esta terça-feira estar a desmantelar centros operacionais do Hamas, tendo tomado nas últimas horas o controlo do campo militar de Al Shati, adiantando ter mortos mil "terroristas" e diminuído a capacidade de disparo de mísseis em 80%.
Num comunicado, as Forças de Defesa de Israel (FDI) e a 162.ª divisão, combinadas com as da Brigada Nahal e das forças de combate dos comandos, indicam terem localizado "mais de 160 túneis e atingido cerca de 2.800 infraestruturas terroristas".
"Na Faixa de Gaza, a 162.ª Divisão garantiram o controlo de bens estratégicos do Hamas, incluindo o posto avançado 'Force 17', o quartel de segurança do Hamas, o Hospital Rantisi, utilizado pelo Hamas para atividades militares e para fazer reféns, e o posto avançado 'Bader'", lê-se no comunicado divulgado à imprensa.
O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, manifestou-se esta terça-feira "profundamente perturbado" com a "horrível" situação em vários hospitais em Gaza, reforçando os apelos a um cessar-fogo humanitário imediato "em nome da humanidade".
"O secretário-geral está profundamente perturbado com a horrível situação e a dramática perda de vidas em vários hospitais em Gaza", disse Stéphane Dujarric, porta-voz de Guterres.
"Em nome da humanidade, o secretário-geral apela a um cessar-fogo humanitário imediato", frisou o porta-voz de Guterres.
O líder da Força Interina da ONU no Líbano (Finul) destacada no sul do país declarou esta terça-feira temer uma intensificação da violência entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah.
"Expressei a minha profunda preocupação com a situação no sul e com a possibilidade de as hostilidades alastrarem e se intensificarem", afirmou o general Aroldo Lázaro Sáenz, que chefia aquela força de manutenção da paz, no final de um encontro em Beirute com o primeiro-ministro, Najib Mikati, e o presidente do parlamento, Nabih Berri.
"A prioridade da Finul é, neste momento, impedir a escalada do conflito, preservar as vidas dos civis e garantir a segurança dos capacetes azuis que estão a tentar fazer isso", sublinhou.
Em comunicado, o Departamento de Estado norte-americano indicou que este terceiro pacote de sanções incide sobre "outros responsáveis e apoiantes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) e da Jihad Islâmica Palestiniana" não incluídos nos anteriores e igualmente relacionados com "os ataques terroristas de 7 de outubro contra Israel".
Um deles é Akram al-Ajouri que, além de visado por sanções, foi também classificado pelo Departamento de Estado como "Terrorista Global Especialmente Sancionado", por "ser um líder da Jihad Islâmica Palestiniana (JIP)". Ajouri é o secretário-geral adjunto da JIP e líder do seu braço armado, a Brigada Al-Quds.
"Não promoveu nenhum processo de paz na região", acrescentou Eli Cohen, acompanhado por familiares de reféns raptados em Gaza, numa conferência de imprensa na sede europeia das Nações Unidas, pouco antes de se encontrar com o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.
"Guterres não merece estar à frente das Nações Unidas. Guterres não encorajou nenhum processo de paz na região. [...] Penso que Guterres, tal como todas as nações livres, deveria dizer alto e bom som: libertem Gaza do Hamas", argumentou Cohen.
A militar apareceu num vídeo divulgado pelo grupo extremista islâmico. As imagens mostravam-na, inicialmente, com vida, surgindo depois imagens do que o grupo diz ser o corpo da militar após um ataque israelita em Gaza.
Os ataques "estão a destruir ainda mais o sistema de saúde de Gaza", disse a organização de defesa dos direitos humanos com sede em Nova Iorque num relatório citado pela agência espanhola EFE.
A HRW apelou ao Governo israelita para que cesse os ataques aos hospitais e defendeu uma investigação por parte do Tribunal Penal Internacional e da Comissão Internacional Independente de Inquérito sobre os territórios palestinianos ocupados.
No mais recente relatório, esta terça-feira divulgado, o Gabinete para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA) frisou que, em caso algum, este tipo de instalações sanitárias -- hospitais, centros de saúde, clínicas - podem ser objetivo de ações militares.
O OCHA indica que apenas está a funcionar o hospital al-Ahli, na cidade de Gaza, onde se encontram mais de 500 pacientes.
O exército israelita reivindicou esta terça-feira ter tomado o controlo dos edifícios governamentais pertencentes ao movimento islamita palestiniano Hamas na cidade de Gaza, incluindo os do Parlamento, do Governo e da Polícia.
Desde o sangrento ataque do Hamas, a 7 de outubro, que matou 1200 pessoas em Israel, a maioria delas quais civis, segundo as autoridades de Telavive, o exército israelita tem bombardeado incessantemente a Faixa de Gaza e os seus tanques estão agora a apertar o cerco à cidade de Gaza, em especial em torno dos hospitais, que afirma serem utilizados pelo Hamas como bases logísticas e militares.
"O exército israelita tomou o controlo de] o Parlamento do Hamas, da sede do Governo, da sede da Polícia do Hamas e de uma faculdade de engenharia utilizada para a produção e desenvolvimento de armas", lê-se num comunicado militar.
Os combates entre as tropas israelitas e as forças do Hamas no norte da Faixa de Gaza provocaram a fuga de mais 200 mil pessoas para o sul do enclave nos últimos 10 dias, informou esta terça-feira o gabinete humanitário da ONU.
O gabinete humanitário das Nações Unidas (OCHA), disse ainda que só um hospital no norte do território tem capacidade para tratar doentes.
Alguns dos combates ocorrem em torno dos hospitais, onde os doentes, os recém-nascidos e os médicos ficam retidos, sem eletricidade e com poucas provisões.
Pelo menos 179 cadáveres foram enterrados esta terça-feira numa vala comum escavada no complexo hospitalar de Shifa, segundo o diretor da unidade de saúde de Gaza, acrescentando que sete bebés prematuros morreram por falta de eletricidade para os manter vivos.
"Fomos obrigados a enterrá-los numa vala comum", disse Mohammed Abou Salmiya, diretor do hospital, à France Prece.
"Há cadáveres espalhados pelos corredores das instalações hospitalares e as câmaras frigoríficas das morgues já não têm eletricidade", porque não entrou uma única "gota de combustível" na Faixa de Gaza desde o início da guerra, a 7 de outubro, acrescentou.
Beneath the Rantisi Hospital in Gaza, IDF forces found a room where Israeli hostages are believed to have been held.
— Israel Defense Forces (@IDF) November 14, 2023
The calendar found in the room marked the days since October 7 Massacre with the title “Operation Al-Aqsa Flood”, Hamas’ name for their horrific attack on Israel. pic.twitter.com/sK4FPaOlHJ
Seis palestinianos foram mortos em confrontos com as forças israelitas na zona de Tulkarem, no norte da Cisjordânia ocupada, anunciou esta terça-feirao diretor do hospital local, Amin Khader.
Os homens, com idades entre os 21 e os 29 anos, foram mortos durante uma operação do exército israelita na cidade e no campo de Tulkarem, disse, à agência France-Presse (AFP), o responsável do hospital de Thabet, onde foram declarados os óbitos.
Testemunhas no acampamento local relataram violentos confrontos e um destacamento maciço das forças israelitas para deter os jovens.
Um grupo de 32 pessoas, entre brasileiros e familiares, chegou na segunda-feira ao Brasil, depois das autoridades egípcias terem permitido que deixassem a Faixa de Gaza, no domingo.
O grupo, transportado no avião da Força Aérea Brasileira chegou às 23h30 (2h30 de terça-feira em Lisboa) à Base Aérea Militar de Brasília, tendo sido recebido pelo Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.
Além das crianças, o grupo é composto por nove mulheres e seis homens. Quanto à nacionalidade, 22 são brasileiros, sete são palestinianos naturalizados e três são familiares de palestinianos.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) revelaram, em comunicado, que encontraram no hospital Rantisi, no norte da Faixa de Gaza, "muitas armas na cave do hospital, incluindo cintos explosivos, granadas, armas e mísseis RPG".
"Também foi encontrada um motociclo com marcas de tiros, que foi utilizada por terroristas do Hamas no massacre de 7 de outubro. Além disso, foram encontrados sinais no subsolo que indicam que reféns foram mantidos na sala", referiram as forças israelitas.
Foi encontrado um calendário que tinha marcados os dias desde o massacre de 7 de outubro com o título "Operação Inundação de AL-Aqsa".
Beneath the Rantisi Hospital in Gaza, IDF forces found a room where Israeli hostages are believed to have been held.
— Israel Defense Forces (@IDF) November 14, 2023
The calendar found in the room marked the days since October 7 Massacre with the title “Operation Al-Aqsa Flood”, Hamas’ name for their horrific attack on Israel. pic.twitter.com/sK4FPaOlHJ
Os combates entre as forças israelitas e as milícias palestinianas cercaram todo o complexo do Hospital Al-Shifa, desencadeando a fuga de milhares de pessoas.
Há três dias que aquele estabelecimento de saúde não tem eletricidade nem água, e os tiros e bombardeamentos no exterior das instalações tornaram a situação ainda mais difícil.
O grupo libanês anunciou dois lançamentos de mísseis contra forças israelitas no norte do Estado judaico, assim como outras três ações contra postos militares, utilizando "armas apropriadas", sem especificar.
O Hezbollah afirmou que todos estes ataques foram realizados em apoio à população de Gaza e à sua "honrosa Resistência", numa aparente referência ao movimento islamita palestiniano Hamas, considerado terrorista por União Europeia e Estados Unidos, e que é alvo de uma ofensiva terrestre das tropas israelitas no enclave.
A entrega área de ajuda, com paraquedas, "é sempre o último recurso se perguntarmos a algum colega (da ONU) que trabalhe com logística, porque é muito, muito caro e não sustentável", disse esta segunda-feira o chefe de gabinete do OCHA na Palestina Ocupada, Andrea De Domenico, numa conferência de imprensa em Nova Iorque, na qual participou por videochamada.
Em causa está um pedido feito esta segunda-feira pelo primeiro-ministro do Estado da Palestina, Mohammed Shtayyeh, que solicitou à ONU e à União Europeia que "lancem ajuda" a partir do ar na Faixa de Gaza para apoiar os civis bloqueados devido à guerra entre Israel e o Hamas.
"É evidente que teremos de procurar novos parâmetros numa solução que promova a paz. Propus aos ministros um esquema mental, uma estrutura. Acredito que os ministros concordaram em apoiar esta abordagem, com vista a trabalhar rapidamente", anunciou o Alto Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança e Vice-Presidente da Comissão Europeia, Josep Borrell, em conferência de imprensa.
Os civis "estão a pilhar as bases do Hamas. Já não acreditam no Governo [do Hamas]" no poder no pequeno território palestiniano, frisou Yoav Gallant, numa mensagem de vídeo transmitida por várias televisões.
Portugal está a preparar a retirada, da Faixa de Gaza, de 16 portugueses e de "um conjunto mais alargado" de palestinianos com ligações ao país, através do Egito, anunciou, esta segunda-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros.
"Desde o princípio que estamos em contacto permanente com as autoridades israelitas e egípcias e o que temos é a possibilidade de os acolher temporariamente, por dois ou três dias, no Egito e de trazê-los para Portugal. Não gostaria de dramatizar com esse tipo de terminologia, uma operação de resgate, é simplesmente a retirada de portugueses do Egito, a partir do momento em que possam sair de Gaza", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros.
O responsável da agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA) em Gaza alertou esta segunda-feira que as operações humanitárias vão cessar dentro de 48 horas, já que não foi permitida a entrada de combustível no território.
"A operação humanitária em Gaza será interrompida nas próximas 48 horas, uma vez que nenhum combustível foi autorizado a entrar em Gaza", que está cercada pelas tropas israelitas, declarou Thomas White na rede social X (antigo Twitter).
"Esta manhã, dois dos nossos principais subcontratantes de distribuição de água pararam de funcionar -- simplesmente ficaram sem combustível --, o que vai privar 200 mil pessoas de água potável...", sublinhou o responsável da ONU.
What could these Hamas terrorists possibly be doing with an RPG at the Quds Hospital? pic.twitter.com/Ajpnz0Hf4Q
— Israel Defense Forces (@IDF) November 13, 2023
Todos os hospitais da província de Gaza, no norte da Faixa de Gaza, deixaram de funcionar, disse esta segunda-feira o vice-ministro da saúde do enclave palestiniano, Youssef Abou Rich, à agência de notícias AFP.
Desde a sexta-feira, o cerco das tropas israelitas aumentou em torno dos hospitais, principalmente na cidade de Gaza, que é o centro dos combates. O exército israelita afirma que os hospitais na Faixa de Gaza estão a ser usados pelo Hamas para atacar Israel.
Os hospitais estão agora privados de eletricidade devido à falta de combustível necessário para fazer funcionar os geradores, cuja escassez se deve ao cerco imposto por Israel.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros palestiniano pediu uma "intervenção urgente e real" dos EUA para travar ataques de colonos contra palestinianos, que aumentaram nos últimos meses na Cisjordânia, sobretudo desde a ofensiva em Gaza.
"O fracasso da comunidade internacional em travar a guerra na Faixa de Gaza coincide com o fracasso internacional e dos EUA em travar os ataques das milícias de colonos e dos seus elementos terroristas contra os cidadãos da Cisjordânia", disse, em comunicado, a Autoridade Palestiniana, que aponta para uma "ausência real de pressão" sobre o Governo israelita.
Esta situação dá "carta branca" aos colonos para "imporem o controlo" na zona, acrescentou.
Seis bebés prematuros e nove pacientes em cuidados intensivos morreram devido à falta de eletricidade no hospital Al-Shifa, o maior da Faixa de Gaza, de acordo com o novo balanço feito pelo vice-ministro da Saúde do Governo do Hamas.
Num balanço feito no domingo à noite, Youssef Abou Rich, presente no hospital onde também estão abrigados milhares de deslocados, tinha anunciado a morte de cinco bebés e sete doentes.
No sábado, o hospital anunciou que 39 bebés prematuros ainda estavam no hospital e que as enfermeiras estavam a realizar "massagens respiratórias à mão" para mantê-los vivos.
O ministro das Comunicações Governamentais, Muhanad al Mubaidin, disse este domingo, em comunicado, que 25 pessoas foram detidas por "violar a lei, agredir a membros das forças de segurança e invadir propriedade pública e privada" nas últimas semanas, sem especificar os sucessos que levaram as detenções.
Adiantou que estas pessoas estão ser investigadas por alegadamente terem realizado atividades que "têm implicações para a segurança nacional", apontou na nota sem dar mais detalhes.
Em declarações divulgadas pela agência de notícias palestiniana WAFA, o ministro realçou que a falta de comunicações "agravará o desastre humanitário" para a população palestiniana da Faixa de Gaza.
Em particular, prosseguiu, vai afetar entidades como a Defesa Civil, o Crescente Vermelho e outras organizações palestinianas, "o que significa que muitas vidas serão perdidas".
Cerca de 650 pacientes, entre os quais 36 crianças, correm perigo de vida devido à situação catastrófica do Hospital al-Shifa, disse, este domingo, o diretor-geral dos hospitais de Gaza, numa conferência de imprensa, avança a Aljazeera.
Muhammad Zaqout pediu ajuda ao Egito e confirmou a presença de "cerca de 1500 pessoas deslocadas no Complexo Médico de al-Shifa", alertando para o facto de "a acumulação de lixo e de resíduos médicos, a falta de água e os cortes de energia ameaçarem a vida de todos".
O PNUD avisa em comunicado que "a tragédia contínua de civis mortos e feridos encurralados neste conflito (...) tem de acabar".
"Os civis, as infraestruturas civis e a inviolabilidade das instalações da ONU devem ser respeitados e protegidos em todas as circunstâncias", defende a agência da ONU.
"À medida que continuam a surgir relatos horríveis de que o hospital está a ser alvo de repetidos ataques, assumimos que os nossos contactos se juntaram a dezenas de milhares de pessoas deslocadas que procuraram refúgio nos terrenos do hospital e estão a fugir da área", afirma a OMS em comunicado.
Entretanto, as autoridades palestinianas anunciaram este domingo o encerramento do hospital, na sequência do aumento dos ataques nas imediações e da falta de eletricidade, uma situação que impossibilitou as operações no maior complexo hospitalar de Gaza.
No sábado à noite, o exército israelita entrou na cidade, destruindo vários transformadores de energia na cidade e nas imediações do campo de refugiados. Além disso, foram colocados franco-atiradores nos telhados de várias casas, o que levou a confrontos com os residentes.
Em resultado dos confrontos, soldados israelitas abriram fogo, matando o jovem e ferindo outra pessoa. Foram igualmente registados cortes de energia no campo de refugiados de Jenin e arredores, devido à destruição dos transformadores.
"Há pouco tempo, em resposta ao ataque de ontem (sábado) aos Montes Golã, caças atingiram infraestruturas terroristas na Síria", declarou o exército num curto comunicado.
No sábado, o exército disse que dois projéteis disparados da Síria tinham aterrado em áreas desabitadas dos Montes Golã e que as sirenes de alerta de foguetes tinham soado na região.
"Quase 200 mil pessoas deixaram o norte, nos últimos três dias, e rumaram para o sul", disse o porta-voz do Exército, Daniel Hagari, em conferência de imprensa.
Israel tem rejeitado a possibilidade de um cessar-fogo, mas concordou em fazer pausas humanitárias diárias para permitir que os civis se desloquem para o sul do enclave, onde poderão estar mais resguardados dos ataques.
A declaração final da cimeira realizada em Riade diz que os membros da Liga Árabe e da comunidade de países muçulmanos "recusam-se a caracterizar esta guerra como autodefesa ou a justificá-la sob qualquer pretexto".
Os países árabes exigem o fim imediato do conflito na Faixa de Gaza e o aumento da entrada humanitária no enclave, bem como garantias de que Israel será responsabilizado pelos seus crimes.
"Ao longo da última semana [...] houve um reforço da ação de resistência na frente libanesa, devido ao número de operações, ao número de objetivos visados e também às armas utilizadas", assegurou o chefe do grupo pró-iraniano.
"Pela primeira vez na história da resistência no Líbano, estamos a usar 'drones suicidas'", explicou Hassan Nasrallah, referindo-se aos ataques a alvos em Israel, num discurso televisionado.
De acordo com a ONU, os quatro grandes hospitais de Gaza, localizados no norte do território, foram completamente cercados pelo exército israelita, com as organizações humanitárias a afirmarem estar "horrorizadas" com os bombardeamentos e outros ataques incessantes contra estas infraestruturas.
"Pacientes, que incluem bebés, e civis que procuram ajuda estão sob ataque e não têm para onde ir. É uma afronta travar uma guerra à volta e contra os hospitais", denunciou a organização humanitária Conselho Norueguês para os Refugiados.
"Devemos investigar e não ignorar as armas nucleares que Israel nega ter. Deve haver uma investigação por parte do Conselho de Direitos Humanos da ONU e do Tribunal Penal Internacional", disse Erdogan, durante o seu discurso na cimeira conjunta dos países da Liga Árabe e da Organização da Cooperação Islâmica (OCI), que se realizou este sábado em Riade, Arábia Saudita.
Já este sábado, a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) tinha pedido mais esclarecimentos sobre esta matéria.
Grupos de apoiantes de extrema-direita concentraram-se na capital britânica e envolveram-se em confrontos com a polícia londrina para tentar perturbar a manifestação principal.
Transportando bandeiras com a cruz de São Jorge (vermelha sobre fundo branco) e gritando "Inglaterra até à morte", alguns tentaram chegar ao cenotáfio, um monumento em honra aos mortos da Primeira Guerra Mundial, durante uma cerimónia para marcar o aniversário do Armistício.
No discurso que proferiu perante os líderes árabes e muçulmanos reunidos na capital saudita, Ebrahim Raissi apelou também aos países muçulmanos para que se preparem para "armar os palestinianos" se os "crimes de guerra" de Israel continuarem.
"O exército israelita deve ser reconhecido como uma organização terrorista", declarou o Presidente iraniano durante a reunião de emergência da Liga Árabe e da Organização de Cooperação Islâmica (OCI) dedicada à guerra entre Israel e o Hamas.
De acordo com um comunicado militar, o eixo Salah al Din, que atravessa o enclave de norte a sul da Faixa de Gaza, permanecerá aberto durante sete horas, em vez de quatro, como nos dias anteriores, e será aberta uma nova rota costeira para evacuações.
O exército indica que "centenas de milhares" de habitantes de Gaza fugiram do norte de Gaza em busca de refúgio.
"O Complexo Médico Al-Shifa de Gaza ficou sem água, combustível, alimentos, eletricidade e telecomunicações, com milhares de pessoas no seu interior, incluindo feridos, doentes e deslocados", afirma o Ministério da Saúde de Gaza num breve comunicado.
O diretor-geral dos hospitais de Gaza, Mohamad Zakut, alertou, em declarações aos jornalistas, que a unidade de cuidados intensivos pediátricos, onde se encontram 39 recém-nascidos, deixou de funcionar.
Earlier today, the IDF received reports of a hit on the Shifa Hospital in Gaza City. The Hamas-run media office in the Gaza Strip immediately claimed that this was a strike carried out by the IDF.
— Israel ????? (@Israel) November 10, 2023
An examination of IDF operational systems indicates that a misfired projectile… pic.twitter.com/RzkR2vkKEI
O governo libanês denunciou que um projétil de artilharia israelita atingiu esta sexta-feira um dos seus hospitais no sul do país, que, apesar de não ter explodido, causou um ferido e estragos materiais.
O obus caiu no Hospital de Mays al-abal, informou, em comunicado, o Ministério de Saúde Pública do Líbano, que considerou o ataque como um "desrespeito flagrante de todas as leis internacionais" e que a ocorrência poderia ter tido "resultados catastróficos" se o projétil tivesse explodido.
O departamento governamental recordou que os ataques contra instalações sanitárias e os funcionários constituem uma "violação grave" das leis humanitárias, ao mesmo tempo que instou a comunidade internacional a que "cumpra os seus deveres" para que este tipo de incidentes não se repita.
A atual guerra na Faixa de Gaza "sublinha mais uma vez a necessidade de reforma do Conselho de Segurança" da ONU, defendeu esta sexta-feira a Organização Mundial de Saúde (OMS), sublinhando que o órgão já não serve o seu propósito.
Numa reunião para discutir a deterioração da situação em Gaza, nomeadamente a crise de saúde no enclave, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, observou que o Conselho de Segurança da ONU foi criado para garantir a paz e segurança internacionais, mas "há muito tempo que o órgão já não serve o propósito para o qual foi criado".
O Conselho "representa a 'realpolitik' da Segunda Guerra Mundial, não do século XXI. Como ministro dos Negócios Estrangeiros (da Etiópia), fiz parte de um grupo que trabalhava na reforma do Conselho de Segurança. Estou consternado por nenhum progresso ter sido feito", disse, durante a reunião do próprio Conselho de Segurança das Nações Unidas.
A organização Human Rights Watch (HRW) defendeu esta sexta-feira que a divulgação de vídeos de israelitas raptados, que foram distribuídos pelo Hamas e pela Jihad Islâmica, "equivale a um crime de guerra" e atenta contra a dignidade.
Na quinta-feira, a Jihad Islâmica exibiu um vídeo no qual dois israelitas raptados, incluindo uma criança, apareciam a pedir para ser libertados.
"O Hamas e a Jihad Islâmica não só mantêm civis, incluindo crianças, como reféns, como transmitem ao mundo imagens dos reféns no seu estado mais vulnerável", apontou o diretor da HRW para Israel e Palestina, Omar Shakir, citado pela agência EFE.
"Os combatentes eliminaram cerca de 150 terroristas e ganharam o controlo dos bastiões militares da organização terrorista Hamas no Norte da Faixa de Faza", adiantou o exército, através de uma publicação na rede social X (antigo Twitter).
De acordo com as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), a 401.ª brigada destruiu quartéis-generais militares, posições de lançamento e túneis utilizados pelo Hamas em Shati, a Leste da cidade de Gaza.
Israel reduziu de 1400 para 1200 o número de mortos no ataque do Hamas, em 7 de outubro, depois de ter identificado os corpos de homens do movimento islamita, disse hoje à AFP fonte do Governo.
As autoridades israelitas "atualizaram" este número de mortos porque acreditam agora que "muitos dos corpos que não tinham sido identificados" são de pessoas que participaram no "ataque terrorista do Hamas e não de vítimas israelitas", acrescentou um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita, Lior Haiat.
"A destruição dos hospitais em Gaza está a tornar-se intolerável e tem de parar. As vidas de milhares de civis, pacientes e pessoal médico estão em perigo", afirmou William Schomburg, chefe da subdelegação do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) em Gaza, em comunicado.
O CICV apelou ao respeito e à proteção das instalações médicas, dos pacientes e dos profissionais de saúde em Gaza, de forma urgente.
O diretor do hospital al-Shifa, o maior da Faixa de Gaza, afirmou esta sexta-feira ter recebido "cinquenta cadáveres após o bombardeamento esta manhã de uma escola" pública da cidade de Gaza onde se encontravam abrigados muitos deslocados.
"Numerosos tanques [israelitas] estão estacionados a 200 metros da escola al-Buraq, na rua al-Nasr, e cercam quatro hospitais da zona", indicou, por seu lado, o gabinete de imprensa do governo do movimento islamita palestiniano Hamas, desde 2007 no poder na Faixa de Gaza.
O Exército israelita, que não reagiu até agora a estas afirmações, tinha feito saber na quinta-feira à noite que uma das suas divisões efetuava importantes operações numa zona "muito, muito próxima" do hospital al-Shifa.
"Destroçado. Confirmação de que mais de 100 colegas da UNRWA foram mortos num mês. Pais, professores, enfermeiros, médicos, pessoal de apoio. A UNRWA está de luto, os palestinianos estão de luto, os israelitas estão de luto. Para pôr fim a esta tragédia, é necessário um cessar-fogo humanitário já", escreveu o diretor da UNRWA, Philippe Lazzarini, na rede social X (antigo Twitter).
Na sua página da Internet, a UNRWA precisa que o número exato é 101 funcionários mortos na Faixa de Gaza desde 07 de outubro, data em que o movimento islamita palestiniano Hamas, desde 2007 no poder naquele enclave palestiniano, lançou um ataque de dimensões sem precedentes a território israelita, que fez mais de 1.400 mortos, na maioria civis, cerca de 5.000 feridos e mais de 200 reféns.
"O número de mortos na agressão israelita ascendeu a 11.078, incluindo 4.506 crianças, 3.027 mulheres e 678 idosos", e outros "27.490 cidadãos ficaram feridos", com lesões de gravidade variada, declarou o porta-voz do Ministério da Saúde do enclave, Ashraf al-Qudra.
A mesma fonte acrescentou que nas últimas horas, Israel "cometeu 12 grandes massacres, ceifando a vida a 260 pessoas", havendo também pelo menos 2.700 desaparecidos, incluindo 1.500 crianças "que ainda estão sob os escombros".
O Primeiro-Ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou esta sexta-feira, na reunião com os chefes das comunidades fronteiriças de Gaza, que após a eliminação do Hamas, haverá um controlo total da segurança israelita sobre a Faixa de Gaza, avança o Haaretz.
Esse controlo inclui a desmilitarização total, para garantir que o enclave deixe de constituir uma ameaça para os cidadãos israelitas.
"Depois de derrotar o Hamas, Gaza permanecerá sob o controlo de segurança israelita", referiu Netanyahu às autoridades fronteiriças de Gaza.
A África do Sul convocou o embaixador de Israel no país para discutir o que descreveu como a sua recente "conduta infeliz" ligada à guerra de Gaza, sem entrar em pormenores, avança a Aljazeera.
"O embaixador Eliav Belotsercovsky é chamado a comportar-se de acordo com as Convenções de Viena, que concedem aos chefes de missões diplomáticas certos privilégios e responsabilidades, entre os quais o reconhecimento das decisões soberanas da nação anfitriã", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros em comunicado.
O Ministério acrescentou, ainda, que Eliav Belotsercovsky recebeu a ordem na quinta-feira.
A ajuda enviada nestes dois voos inclui material logístico, como unidades móveis de armazenamento, frigoríficos e outros artigos que aumentarão a capacidade das organizações humanitárias para garantir uma resposta mais eficiente às populações de Gaza.
Na próxima semana partirão mais três voos de Bucareste, com material de abrigo, como tendas e colchões, doados pela Roménia.
O sexto voo descolará de Ostende (Bélgica) mais para o final do mês com mais bens doados por agências da ONU e outros parceiros humanitários.
Com o envio destes aviões, a ponte aérea da UE totaliza 14 voos, com mais de 550 toneladas de ajuda de emergência ao povo de Gaza, transportada para o Egito e depois distribuída na Faixa de Gaza a partir da fronteira de Rafah.
O Governo israelita concordou, na quinta-feira, em fazer pausas humanitárias em áreas limitadas e de apenas quatro horas por dia, afastando qualquer cenário de cessar-fogo.
O grupo de defesa dos muçulmanos dos EUA criticou, esta sexta-feira, o plano de "pausa" diária de quatro horas, avança a Aljazeera.
"Instituir uma pausa de quatro horas nos bombardeamentos indiscriminados de Israel no norte de Gaza para que os palestinianos possam fugir das suas casas e enfrentar os bombardeamentos indiscriminados de Israel no sul de Gaza não faz sentido", afirmou o diretor-adjunto do grupo, Edward Ahmed Mitchell, num comunicado.
Edward Mitchell, diz precisarem de um cessar-fogo e não "da limpeza étnica do norte de Gaza".
"O presidente Biden já tem o poder de exigir o fim da campanha egoísta de Netanyahu de assassinato em massa, garantir a libertação de todos os detidos injustamente em Gaza e Israel e, em seguida, procurar por uma paz justa e duradoura. Ele só precisa de ter o coração e a coragem para exercer esse poder", acrescentou.
"Um morto e vários feridos num ataque que teve como alvo a maternidade do complexo médico Al Shifa", o maior hospital de Gaza, disse Ashraf al Qudra, porta-voz da saúde da Faixa de Gaza.
A mesma fonte adiantou ainda que durante a noite houve outro "ataque direto ao Hospital Al Rantisi, especializado em crianças" e também localizado na cidade de Gaza, provocando um incêndio.
"Em resposta a um drone proveniente da Síria que atingiu uma escola em Eilat, as Forças de Defesa de Israel atingiram a organização que realizou o ataque", declarou o exército num comunicado na rede social X (antigo Twitter).
Israel "considera o regime sírio responsável por qualquer ato terrorista que emane do seu território", acrescentou.
A Médicos Sem Fronteiras (MSF) denunciou esta quinta-feira o aumento da violência pelas forças israelitas contra palestinianos na Cisjordânia ocupada, que resultou em 165 mortos e mais de 2 400 feridos desde 7 de outubro, segundo dados das autoridades palestinianas.
"Não haverá cessar-fogo", mas "pausas táticas locais para a ajuda humanitária, limitadas no tempo e na área, quatro horas" por dia, disse o porta-voz do exército israelita, Richard Hetch, numa conferência de imprensa, depois de os EUA terem anunciado que Israel tinha concordado em permitir "pausas humanitárias" diárias no norte de Gaza, para que os civis possam sair para o sul.
Esses corredores foram criados nos últimos dias para permitir a saída dos habitantes de Gaza da zona norte e da cidade de Gaza para o sul do enclave, enquanto prosseguem os combates entre as milícias do grupo islamita Hamas e as tropas israelitas, bem como os fortes bombardeamentos.
Um grupo de 12 palestinianos feridos foi transferido esta quinta-feira de Gaza para o Egito, através de Rafah, juntamente com um número desconhecido de cidadãos estrangeiros, informaram as autoridades egípcias.
O Ministério da Saúde do Egito disse, em comunicado, que um grupo de 12 palestinianos feridos chegou ao território egípcio para receber atendimento médico aos seus ferimentos causados pelos incessantes bombardeamentos israelitas na Faixa de Gaza.
"Todos os casos vão receber cuidados médicos das equipas médicas presentes na passagem de Rafah ou dentro dos hospitais", disse o porta-voz oficial do Ministério, Hossam Abdel Ghaffar, citado no comunicado.
"Ontem ficámos chocados quando ouvimos uma declaração do embaixador israelita em Moscovo, segundo a qual a elaboração das listas russas (para retirada) poderia demorar até duas semanas", afirmou a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, em conferência de imprensa.
"É uma lógica inaceitável", denunciou, assegurando que, do lado russo, "está tudo pronto" para evacuação através da passagem de Rafah, sob controlo egípcio.
Além disso, o porta-voz Stéphane Dujarric lembrou que estas medidas devem envolver todas as partes: "obviamente, para que isto seja feito de maneira segura para fins humanitários, todas as partes em conflito devem estar de acordo para que seja verdadeiramente eficaz", disse ainda, durante uma conferência de imprensa em Nova Iorque.
A Casa Branca anunciou esta quinta-feira que Israel se comprometeu a permitir "pausas humanitárias" diárias de quatro horas no norte de Gaza para permitir a saída de civis.
Questionado pelos jornalistas sobre as hipóteses de um cessar-fogo, o líder norte-americano, que até agora se tem oposto a esta hipótese, foi perentório a rejeitar a solução.
"Nenhuma. Nenhuma possibilidade", reconheceu Biden sobre o cessar-fogo que tem vindo a ser pedido por vários países e organizações.
"A Colômbia vai apoiar a denúncia apresentada pela República da Argélia perante o TPI por crimes de guerra contra o senhor Benjamin Netanyahu, face ao massacre de crianças e civis do povo palestiniano que ele tem protagonizado", disse o Presidente colombiano.
Petro disse através da sua conta na rede social X (antigo Twitter) que o ministro dos Negócios Estrangeiros, Álvaro Leyva, vai reunir-se esta sexta-feira com o procurador do TPI, Karim Khan, aproveitando a sua presença no Fórum da Paz de Paris, que se realiza este fim de semana na capital francesa.
"Os números relativos aos compromissos assumidos na conferência estão ainda a ser consolidados, mas é certo que a fasquia dos mil milhões de euros será ultrapassada", declarou o Eliseu.
Uma grande parte desta ajuda será utilizada para satisfazer as necessidades das Nações Unidas para ajudar a população de Gaza e da Cisjordânia, estimadas em 1,2 mil milhões de dólares (cerca de 1,120 mil milhões de euros) até ao final de 2023.
A Jihad Islâmica palestiniana divulgou esta quinta-feira um vídeo de dois reféns israelitas - uma mulher de 70 anos e um jovem adolescente - alegadamente em Gaza, dizendo estar pronto para libertá-los "se as condições de segurança forem atendidas".
"Estamos prontos para libertá-los por razões humanitárias quando as condições de segurança no terreno estiverem reunidas", disse o porta-voz do braço militar da Jihad Islâmica, conhecido pelo nome de guerra de Abu Hamza, um grupo que luta ao lado do movimento islamita Hamas contra Israel na Faixa de Gaza.
Esta é a primeira vez desde o início da guerra entre Israel e o Hamas em que este grupo oferece a libertação de reféns, e a primeira vez que divulga um vídeo de reféns para mostrar que ainda estão vivos.
Al Qassam Brigades release video of the hostages addressing their situation and they have a message for Netanyahu.
— CristianoRonaldo (@Ferris5005) November 9, 2023
"The Islamic Jihad are doing everything they can to keep me safe".
"Netanyahu I want to tell you that if something happens to me, you are accountable". pic.twitter.com/Rx8VFCgHkq
Na tarde de hoje, o som dos disparos continuava em Jenin, uma das principais cidades do norte da Cisjordânia, e no campo de refugiados palestinianos contíguo, cobertos por um espesso fumo negro, observou um jornalista da agência noticiosa France-Presse (AFP).
De acordo com a agência EFE, o número de mortos nos confrontos de hoje na Cisjordânia ascende a 16, o maior balanço diário de vítimas desde 2002, no "pico" da segunda Intifada.
Num comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) indicou que o governante português fez esse anúncio no âmbito da Conferência Humanitária para a População Civil de Gaza, promovida pelo Presidente da República francês, Emmanuel Macron, no Palácio do Eliseu.
"O Governo português, através do secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, anunciou uma contribuição voluntária no montante total de 10 milhões de euros, para reforçar a assistência humanitária na Faixa de Gaza, apoiando os esforços do sistema das Nações Unidas e de outras organizações humanitárias presentes no terreno, designadamente o Escritório da Organização das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla inglesa), a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA, na sigla inglesa) e o Comité Internacional da Cruz Vermelha", lê-se na nota de imprensa.
"O que o governo israelita está a fazer vai muito além do direito à autodefesa", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros egípcio, Sameh Choukri, que lamentou a vigência de um "desequilíbrio na consciência internacional".
Choucki discursava numa conferência humanitária sobre Gaza, organizada por Paris, em que, ao abrir os trabalhos, o Presidente francês, Emmanuel Macron, apelou à tomada de iniciativas no sentido de um "cessar-fogo" entre Israel e o Hamas.
"A Autoridade Palestiniana tem uma elevada responsabilidade nos três pilares que mencionei para trabalhar com a comunidade internacional e encontrar uma solução na luta clara contra o terrorismo, nas questões humanitárias que esta quinta-feira levantamos e na questão política", declarou o Presidente francês.
"Eu sei que posso contar convosco", afirmou Macron, durante a conferência humanitária para tentar desbloquear a ajuda humanitária para Gaza - uma iniciativa do chefe de Estado francês e que acontece esta quinta-feira em Paris -, que se tornou quase impossível pelos incessantes bombardeamentos de Israel desde o início da guerra contra o movimento islamita Hamas em 7 de outubro.
Segundo avança a Aljaazera, mais de 3 mil pessoas assinaram uma carta sobre Gaza, a exigir ações de apoio aos palestinianos em Gaza.
A carta foi enviada para a British Medical Association (Associação para médicos no Reino Unido) e contou com a assinatura de 2.900 médicos do Reino Unido e alguns membros do sindicato médico.
"Os nossos colegas médicos em Gaza estão exaustos e os recursos essenciais necessários para cuidar dos doentes estão a esgotar-se", lê-se na carta.
"Esta situação não é sustentável nem humana, e é categoricamente inaceitável do ponto de vista moral e legal", acrescentam.
Lazzarini, que participa esta quinta-feira em Paris numa conferência humanitária sobre a população de Gaza organizada pelo chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, considerou que a situação no enclave palestiniano "é uma crise de humanidade", de valores e do direito internacional.
Em entrevista à rádio France Inter, o responsável da agência da ONU frisou que mais de 750 mil pessoas - dos 2,2 milhões de habitantes da Faixa de Gaza - encontram-se em instalações das Nações Unidas.
O relatório diário do Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) indica que pelo quinto dia consecutivo, o Exército de Israel continua a ordenar aos habitantes do norte de Gaza para se dirigirem para o sul do enclave.
Tratam-se ainda "de centenas de milhares de pessoas" que continuam na zona que Israel pretende que se desloquem em direção ao sul do território através da estrada de Saladino, a principal artéria da região.
De acordo com um levantamento do ACLED, o total de manifestações pró-palestinianas e pró-Israel no período representou 38% de todos os protestos ao nível mundial.
Do total de 4.200 manifestações, cerca de 90% (3.700) foram pró-palestinianas e cerca de 13% (520) pró-Israel. O maior número de protestos foi registado nos EUA e países da região Médio Oriente e norte de África (MENA).
O autor do livro "Por dentro do Hamas: A história desconhecida do movimento militante islâmico", publicado em 2007, reafirma o que escreveu há 16 anos.
"Eu disse na altura que, depois de tantas invasões de Israel em Gaza, o Hamas estava a ficar cada vez mais forte. O Hamas nunca vai desaparecer, e a paz vai ter de ser feita com os líderes palestinianos eleitos", afirmou, em entrevista à agência Lusa em Londres.
As denúncias apresentadas pela Al-Haq, pelo Centro Al Mezan e pelo Centro Palestiniano para os Direitos Humanos referem "intenção genocida, incitamento ao genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra".
Pediram também ao TPI que mandados de captura para "os principais responsáveis por estes crimes", incluindo o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e o Presidente, Isaac Herzog.
"Não haverá cessar-fogo sem a libertação dos nossos reféns", sublinhou o governante israelita, numa breve mensagem na rede social X (antigo Twitter).
Netanyahu não especificou, no entanto, se exige a libertação de todos ou de alguns dos 240 reféns que o Hamas fez, para uma possível trégua.
Um total de 81 camiões com ajuda humanitária entrou esta quarta-feira na Faixa de Gaza pela passagem fronteiriça de Rafah, e 12 ambulâncias transportaram para território egípcio vários feridos e retiraram estrangeiros retidos naquele enclave palestiniano, indicaram diversas fontes.
Segundo a estação de televisão estatal egípcia Al-Qahera News, 81 camiões carregados com material médico, água e alimentos chegaram hoje à Faixa de Gaza através de Rafah -- o único posto fronteiriço que não é controlado por Israel.
No entanto, este novo carregamento não incluiu, mais uma vez, combustível, um recurso essencial para o funcionamento de hospitais, padarias e estações de purificação de água, devido ao veto imposto por Telavive, por receio de que o combustível caia nas mãos do Hamas (Movimento de Resistência Islâmica), desde 2007 no poder em Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel.
A Comissão Europeia admite que as tensões no Médio Oriente aumentam "os riscos e a incerteza" para a economia europeia, embora até agora o impacto tenha sido contido, enquanto o presidente do Eurogrupo rejeita "uma recessão profunda".
"Até agora, o impacto nos mercados da energia da tragédia no Médio Oriente, em Israel e em Gaza, tem sido contido, mas é claro que existe um risco para estes preços se houver uma escalada do conflito e, de qualquer modo, as novas tensões geopolíticas aumentam ainda mais os riscos e a incerteza", declarou o comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni.
Falando em conferência de imprensa, em Bruxelas, após uma reunião dos ministros das Finanças do euro, o responsável assinalou que "as perspetivas a curto prazo são desafiantes".
O Exército de Israel assegurou esta quarta-feira que 50 mil palestinianos retiraram do norte da Faixa de Gaza em direção ao sul do enclave e pelo segundo dia consecutivo, através de um "corredor humanitário" estabelecido pelos militares.
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, propôs esta quarta-feira comprar cereais à Ucrânia para os enviar para o Médio Oriente, como medida para continuar a ajudar ambas as regiões, que a União Europeia (UE) considera prioritárias.
Num debate realizado no Parlamento Europeu, em que se falou dos temas abordados na cimeira europeia de 26 e 27 de outubro, o presidente do Conselho Europeu centrou-se em particular na escalada da violência no Médio Oriente, desencadeada pelo ataque de dimensões sem precedentes do movimento islamita palestiniano Hamas a Israel, a 07 de outubro.
Mas também pediu que não fosse esquecida "a situação geopolítica" e, nesse contexto, defendeu que se deve continuar a prestar ajuda à Ucrânia, uma questão que continua a estar no "centro das preocupações" da UE.
"As atrocidades perpetradas por grupos armados palestinianos em 7 de outubro foram hediondas, brutais e chocantes. Foram crimes de guerra, assim como a manutenção contínua de reféns", disse Volker Türk durante uma conferência de imprensa no Cairo.
Da mesma forma, indicou que "a punição coletiva de civis palestinianos por parte de Israel também constitui um crime de guerra, tal como a retirada forçada e ilegal de civis", em relação aos apelos das autoridades israelitas para que os habitantes de Gaza se dirijam para o sul da Faixa de Gaza.
É muito prematuro falar de cenários para o "'dia seguinte' ao Hamas", afirmou esta quarta-feira o porta-voz do Governo israelita, Eylon Levy.
"Gostaria que o 'dia seguinte' ao Hamas fosse na próxima semana, mas provavelmente vai demorar mais tempo", acrescentou.
"As atrocidades perpetradas por grupos armados palestinianos em 07 de outubro foram hediondas, brutais e chocantes. Foram crimes de guerra, assim como a manutenção contínua de reféns", disse Volker Türk durante uma conferência de imprensa no Cairo.
Da mesma forma, indicou que "a punição coletiva de civis palestinianos por parte de Israel também constitui um crime de guerra, tal como a retirada forçada e ilegal de civis", em relação aos apelos das autoridades israelitas para que os habitantes de Gaza se dirijam para o sul da Faixa de Gaza.
Segundo um comunicado enviado à Lusa, o ato inicial destas vigílias está marcado para quinta-feira às 18h30 no Cais do Sodré, em Lisboa, onde "a Amnistia Internacional convida todos aqueles que se queiram juntar a trazer, ou a realizar no local, 'origamis' em forma de pomba, enquanto símbolo de apoio ao cessar-fogo".
Segundo a agência noticiosa francesa, que cita a fonte, as negociações estarão "atualmente a esbarrar" na duração da trégua e na inclusão neste acordo do "norte da Faixa de Gaza", palco de grandes operações de combate.
"O Qatar está à espera de uma resposta dos israelitas", acrescentou a fonte, que solicitou anonimato.
Segundo o relator para o Direito à Habitação Adequada, lançar ataques "sabendo que irão destruir e danificar sistematicamente casas e infraestruturas civis, tornando uma cidade inteira inabitável para civis, é um crime de guerra".
O especialista destacou ainda que quando estes ataques são dirigidos contra a população civil também constituem "crimes contra a humanidade" e acrescentou ainda que estes bombardeamentos sistemáticos são "estritamente proibidos" pelo Direito Internacional Humanitário.
"Não há uma disputa entre Israel e os palestinianos sobre o território em Gaza, não queremos disputar um único milímetro. Não havia um único israelita em Gaza desde 2005. A nossa vontade é viver de maneira pacífica com os nossos vizinhos", disse Eli Cohen, durante um encontro no Parlamento Europeu (PE), em Bruxelas.
O chefe da diplomacia israelita acrescentou que a guerra com o movimento islamista Hamas, que começou depois de um atentado perpetrado há um mês pelo grupo, "não é uma guerra do Estado de Israel, é uma guerra do mundo livre".
Segundo o mais recente balanço divulgado pelas autoridades sanitárias do movimento islamita, entre as vítimas mortais figuram 4.324 crianças e 2.823 mulheres.
Segundo a Associated Press os representantes do grupo das sete principais democracias industriais anunciaram uma posição comum sobre a guerra entre Israel e o Hamas após intensas reuniões em Tóquio.
Os diplomatas condenaram o Hamas, apoiando o direito de Israel à autodefesa e apelando a "pausas humanitárias" para acelerar a ajuda aos civis palestinianos na Faixa de Gaza.
O número que consta no relatório diário da situação das Nações Unidas é três vezes superior às estimativas do dia anterior e pode indicar que está a aumentar a deslocação de pessoas, principalmente de crianças, idosos e pessoas com deficiência, de acordo com dados do Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU.
"Estão a chegar a pé, com poucos pertences", disse a ONU, acrescentando que algumas destas pessoas deslocadas testemunharam detenções pelas forças israelitas nos postos de controlo de evacuação.
"Mohsen Abu Zina era um dos principais responsáveis pelas armas do Hamas e era um especialista no desenvolvimento de armas estratégicas e foguetes utilizados pelos terroristas do Hamas", afirmou o exército, em comunicado.
O exército matou Abu Zina com um míssil lançado por um caça, depois de ter recolhido informações militares sobre a sua localização, acrescentou.
"Nós retirámo-nos completamente de Gaza há 17 anos e recebemos de volta um Estado terrorista. Não podemos repetir isto, é óbvio. Assim que o Hamas deixar de estar no poder e as infraestruturas forem desmanteladas, Israel deve ter a responsabilidade geral pela segurança durante um período indefinido", disse, na terça-feira à noite, Dermer, que tem assento como observador no gabinete de guerra de Israel.
Questionado sobre a forma como esta responsabilidade será organizada, Dermer reconheceu que a questão permanece em aberto, mas disse que "não será uma ocupação".
"No que respeita ao conflito entre Israel e Gaza, o que vimos em termos de impacto foi um aumento inicial dos preços do petróleo, mas isso foi já totalmente invertido, e também vimos isso na Europa [dado o inicial] aumento dos preços do gás natural em cerca de 10%. Portanto, o conflito até agora tem tido um impacto muito limitado na atividade das economias europeias do lado dos preços", declara o diretor do FMI para a Europa, Alfred Kammer, num encontro com jornalistas europeus em Bruxelas, incluindo a Lusa.
No dia em que o fundo divulga as perspetivas económicas regionais da Europa, Alfred Kammer afirma que "o impacto adicional dependerá da duração e da intensidade desse conflito".
"Portanto, se estamos a falar de um conflito localizado [e não regional], como o que vemos agora, então, nesta fase, o impacto é limitado na Europa", acrescenta.
De acordo com Alfred Kammer, "do lado dos preços da energia, isso é algo que já se materializou, mas não foi de forma dramática".
Raw footage: Here are some of the weapons found on Hamas' terrorists on October 7th.
— Israel Defense Forces (@IDF) November 7, 2023
1,493 hand grenades and explosives, 760 RPGs, 427 explosive belts, 375 firearms, 106 rockets and missiles.
These are just a few of the weapons used to massacre over 1,400 Israeli civilians.… pic.twitter.com/TFVpSqNxtH
O embaixador israelita em Portugal, Dor Shapira, defendeu esta terça-feira, numa vigília em Lisboa, o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, quando disse ao represente da Palestina que foram alguns palestinianos a desencadear o novo conflito em Gaza.
"Não à entrada de combustível, não a trabalhadores [palestinianos] em Israel, não a um cessar-fogo sem a libertação dos nossos reféns", disse num discurso.
A Faixa de Gaza, governada pelo Hamas, está a ser submetida há um mês a bombardeamentos ininterruptos como represália ao ataque sem precedentes do grupo islamista em 07 de outubro em território israelita, que decorreu junto ao enclave palestiniano.
"Um mês após os horríveis acontecimentos de 7 de outubro, o secretário-geral reitera a sua total condenação dos atos de terror cometidos pelo Hamas em Israel para os quais não pode haver qualquer justificação", disse o porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, em comunicado.
"Ele nunca esquecerá as imagens horríveis de civis mortos e mutilados e de outros arrastados para o cativeiro. Reitera o seu apelo à sua libertação imediata e incondicional", acrescenta a nota.
O Governo de Espanha atribuiu esta terça-feira a maior condecoração civil do Estado espanhol ao secretário-geral da Nações Unidas, António Guterres, pela sua defesa do Direito internacional e "dos Direitos Humanos da população palestiniana".
Guterres "tem-se destacado pelo seu compromisso com a defesa dos Direitos Humanos e da ordem internacional baseada em regras", disse a porta-voz do Governo espanhol, a ministra Isabel Rodríguez, numa conferência de imprensa hoje em Madrid, a seguir à reunião do Conselho de Ministros em que foi aprovada a atribuição da condecoração.
A ministra acrescentou que o compromisso de Guterres com o Direito internacional e humanitário ficou "especialmente em evidência nas últimas semanas" por causa da guerra de Israel com o grupo islâmico Hamas e a defesa "dos Direitos Humanos da população civil palestiniana".
Trata-se de Mohamad Abu Hasira, que morreu com os filhos, irmãos e outros familiares na casa atingida pelo exército israelita, perto do porto da cidade de Gaza, de acordo com a agência espanhola Europa Press.
A morte de Abu Hasira foi também noticiada pela agência noticiosa palestiniana Maan e pelo diário Filastin, ligado ao grupo islamita palestiniano Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007.
O exército israelita tem apelado repetidamente aos habitantes de Gaza para que se dirijam para sul, enquanto várias centenas de pessoas com passaportes estrangeiros abandonaram o enclave nos últimos dias através da fronteira egípcia.
Pelo menos 12 pessoas foram mortas e cerca de 30 ficaram feridas na cidade de Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, registando-se ainda dezenas de desaparecidos, enquanto oito pessoas perderam a vida num ataque na zona de Maan, a leste da cidade. Pelo menos uma pessoa morreu num ataque a Beit Lahia, no norte.
O Hospital Indonésio de Gaza é "uma instalação construída pelo povo indonésio inteiramente para fins humanitários e para atender às necessidades médicas do povo palestiniano em Gaza", disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Indonésia, em comunicado.
Desencadeado a 7 de outubro, com o ataque do Hamas a Israel que provocou mais de 1.400 mortes e 240 reféns feitos pelo movimento que União Europeia (UE) e Estados Unidos consideram uma organização terrorista, e agravado pela resposta militar israelita em Gaza que as autoridades palestinianas de Gaza afirmam ter feito mais de 10 mil mortos, o conflito ameaça alastrar a outros países da região - como o Líbano, Síria e Sudão.
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Eli Cohen, disse que o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, deveria ter vergonha do seu recente discurso sobre a guerra.
Guterres disse que todas as partes estão a cometer violações do direito internacional humanitário.
"Que vergonha, António Guterres! Mais de 30 menores -- incluindo um bebé de nove meses, bem como crianças que testemunharam o assassinato, a sangue frio, dos seus pais -, estão detidos contra a sua vontade na Faixa de Gaza", afirmou Cohen, através de uma publicação na rede social X (antigo Twitter).
Numa conversa telefónica, os dois dirigentes "discutiram a possibilidade de pausas táticas para dar aos civis a oportunidade de abandonar em segurança as zonas de combates, garantir que a ajuda [humanitária] chega aos civis que dela necessitam e permitir a eventual libertação de reféns", segundo um comunicado da Casa Branca.
A Faixa de Gaza tem sido fortemente bombardeada por Israel desde o ataque de dimensões sem precedentes do movimento islamita Hamas a território israelita, a 07 de outubro, que fez mais de 1.400 mortos, na maioria civis, cerca de 5.000 feridos e mais de 200 reféns.
O chefe da missão diplomática da Palestina em Portugal disse esta segunda-feira que esperava "palavras de empatia" de Marcelo Rebelo de Sousa, quando se encontrou com o chefe de Estado português e manteve uma conversa sobre o conflito na região.
"Estava à espera palavras de empatia pelo Presidente da República, sobre os 10 mil palestinianos civis que foram mortos em Gaza, que não estavam de modo algum envolvidos no conflito", frisou Nabil Abuznaid, durante uma entrevista à estação RTP.
Nabil Abuznaid acrescentou que esperava manter uma conversa privada com Marcelo Rebelo de Sousa, mas os comentários do governante foram "feitos em frente às câmaras".
O apelo abrange não só toda a população da Faixa de Gaza, como meio milhão de palestinianos na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental.
Num pronunciamento à imprensa, Guterres informou que o apelo é promovido pela ONU e pelos seus parceiros.
Benjamin Netanyahu explicou durante uma reunião com diplomatas estrangeiros em Jerusalém que a guerra de Israel contra o movimento islamita palestiniano Hamas "não é uma batalha local", acrescentando: "Se o Médio Oriente cair no eixo do terror, a Europa será a próxima", disse o primeiro-ministro israelita, segundo o jornal The Times of Israel.
Da mesma forma, afirmou que se trata de "uma grande batalha entre a civilização e a barbárie" e que "o eixo do terror é liderado pelo Irão", o que inclui o Hamas, o movimento xiita libanês Hezbollah "e seus outros capangas".
Israel anunciou que o objetivo da sua guerra na Faixa de Gaza era aniquilar o Hamas, em resposta aos ataques de 7 de outubro do movimento islamita no seu território.
"Para aqueles que pensam que o Hamas irá desaparecer, o Hamas permanecerá ancorado na consciência (...) do nosso povo, e nenhuma força na terra será capaz de aniquilá-lo ou marginalizá-lo", disse o líder do grupo no Líbano, Osama Hamdane.
Aquela passagem fronteiriça da Faixa de Gaza -- a única que Israel não controla -- reabriu hoje, depois de ter estado encerrada durante o fim de semana, para o transporte de feridos para hospitais egípcios e a saída de estrangeiros e cidadãos de dupla nacionalidade retidos no enclave palestiniano.
Uma nova coluna de ajuda humanitária, formada por 50 camiões, entrou na Faixa de Gaza, noticiou a televisão estatal egípcia Al-Qahera News, acrescentando que nenhum dos veículos transportava combustível, recurso cuja entrada está proibida por Israel, por temer que caia nas mãos do grupo islamita palestiniano Hamas, desde 2007 no poder naquele pequeno território palestiniano.
O presidente do Conselho Europeu defendeu esta segunda-feira que só vai ser possível acabar com o conflito israelo-palestiniano com uma solução que incorpore dois países, que é também a saída apoiada pela União Europeia (UE).
"Não é possível encontrar uma solução para o conflito com mais guerra e mais horror. Quanto mais se deteriorar a situação, mais difícil vai ser encontrar uma paz duradoura", advogou Charles Michel, durante uma intervenção numa conferência de embaixadores da UE.
Para o Presidente do Conselho e antigo primeiro-ministro belga só há uma solução: a dos dois Estados, defendida pelos 27 da União Europeia.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse esta segunda-feira que o "pesadelo" em Gaza é "uma crise da humanidade", onde "ninguém está seguro", revelando que já morreram mais jornalistas em quatro semanas do que em qualquer conflito nos últimos 30 anos.
Em declarações à imprensa na sede das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, Guterres disse que Gaza está a tornar-se "num cemitério de crianças" e afirmou-se "profundamente preocupado" com as "claras violações do direito humanitário internacional" no terreno.
Este número, contabilizado até hoje como 10.022 mortos, foi anunciado pelo porta-voz da entidade, Ashraf al-Qidreh, durante uma conferência de imprensa realizada em Gaza.
Deste total, mais de 70% são mulheres, crianças e idosos, adiantou o Ministério da Saúde, acrescentando haver ainda a registar 25.400 feridos.
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, após uma reunião com o seu homólogo turco, Hakan Fidan, em Ancara, disse estar envolvido em negociações com Israel para travar a perda de vidas civis na guerra contra o grupo islamita Hamas.
"Vemos o preço que civis inocentes pagam em Gaza. Estamos em contacto com Israel. Discutimos medidas para reduzir as perdas civis", explicou o chefe da diplomacia dos EUA no aeroporto de Ancara, antes de partir para Tóquio.
Francisco, na sua intervenção, declarou que "mais uma vez irrompeu a violência e a guerra naquela terra que, abençoada pelo Todo-Poderoso, parece continuamente atingida pela baixeza do ódio e pelo ruído fatal das armas".
O Papa demonstrou ainda a sua preocupação "com a proliferação de manifestações antissemitas" e manifestou "firmemente" a sua condenação a tais ações.
O ministro turco Hakan Fidan disse ao homólogo Antony Blinken que era necessário "impedir Israel de atingir civis e deslocar pessoas em Gaza", segundo a fonte citada pela agência francesa AFP.
Fidan defendeu a declaração imediata de "um cessar-fogo completo", disse a mesma fonte turca à AFP, sob a condição de não ser identificada.
"Um terrorista armado com uma faca chegou à esquadra de polícia de Shalem e esfaqueou uma soldado (...). As forças da polícia da fronteira neutralizaram o terrorista disparando", disse a polícia num comunicado.
Os serviços de emergência israelitas Magen David Adom informaram que cuidaram da mulher ferida de 20 anos, bem como de outra pessoa levemente ferida, também de 20 anos.
"Parte dos funcionários da embaixada britânica e todos os familiares dos trabalhadores foram temporariamente retirados. A embaixada continua a realizar as suas atividades essenciais, incluindo serviços aos cidadãos britânicos", indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico.
A atual "situação de segurança" no Líbano, segundo o Ministério britânico, é a principal razão para esta decisão, depois de Israel e o movimento islamita libanês Hezbollah terem trocado tiros ao longo da fronteira entre os dois países.
"Para sua segurança aproveite o momento para avançar para o sul, para além de Wadi Gaza (norte)", afirmou o porta-voz Avichay Adraee das Forças de Defesa de Israel, através de uma mensagem em árabe difundida na rede social X.
O porta-voz indica que o corredor vai permanecer aberto durante um período de quatro horas.
O porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Wenbin, condenou em conferência de imprensa "os atos que prejudicam os civis, destroem infraestruturas civis e violam o direito humanitário internacional" e as "violações das regras básicas das relações internacionais", numa referência aos bombardeamentos israelitas em Gaza na guerra contra o movimento islamita Hamas.
Wang apelou à "máxima calma e contenção", a um "cessar-fogo imediato e à cessação das hostilidades" e a que se "garanta a segurança dos civis, hospitais e de outras instalações civis" cuja proteção está prevista na Convenção de Genebra, visando "evitar mais catástrofes humanitárias".
"A tragédia que está a desenrolar-se no Médio Oriente é o resultado de um falhanço político e moral coletivo, e as populações israelita e palestiniana estão a pagar um preço alto por isso. Este falhanço político e moral é resultado da nossa falta de vontade para resolver o problema israelo-palestiniano", disse Josep Borrell, na abertura de uma conferência com embaixadores, em Bruxelas.
"Sim... Comprometemo-nos formalmente com a solução dos dois Estados, mas sem um plano credível para atingir esse objetivo. A substância do problema israelo-palestiniano não é religiosa ou étnica. É um problema de duas populações que têm o mesmo direito a viver no mesmo território, por isso, precisam de partilhá-lo", acrescentou o chefe da diplomacia europeia.
A discussão centrou-se no conflito no Médio Oriente desencadeado pelo ataque do Hamas a Israel, a 7 de outubro, e na resposta militar israelita na Faixa de Gaza.
Segundo fontes iranianas, o Presidente Raisi disse que "as atrocidades brutais do regime sionista em Gaza representam o maior genocídio de todo o século e um crime contra a humanidade".
Os abastecimentos que entraram no enclave através do Egito são muito escassos face às necessidades, principalmente alimentos destinados ao consumo imediato como atum (em conserva), arroz, barras energéticas e tâmaras. A farinha destina-se exclusivamente às padarias.
Por outro lado, o Gabinete para a Coordenação da Ajuda Humanitária das Nações Unidas (OCHA) avisou no domingo que "um número limitado" de camiões com bens humanitários conseguiram cruzar a fronteira de Rafah, não tendo especificado mais dados sobre o trânsito de veículos que transportaram auxílio básico no último fim de semana.
De acordo com a mesma informação, citada pela agência de notícias France-Presse, aquele número inclui mais de 4.800 crianças e quase 2.600 mulheres entre as vítimas mortais desde 7 de outubro.
Num comunicado, o ministério disse que "mais de 200 mártires" foram mortos em intensos bombardeamentos israelitas realizados durante a última madrugada, especificando que este número cobria apenas a Cidade de Gaza e a parte norte da Faixa de Gaza.
O Secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, chegou na manhã desta segunda-feira à Turquia para discutir a situação atual em Gaza, questões regionais e relações bilaterais com funcionários turcos, afirma a Aljazeera.
Blinken reúne-se com o Ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Hakan Fidan, no Ministério dos Negócios Estrangeiros em Ancara, na Turquia.
"Ahed Tamimi, suspeita de incitamento à violência e de atividades terroristas, foi detida na cidade de Nabi Saleh. Tamimi foi transferida para a custódia das forças de segurança israelitas para ser interrogada", declarou um porta-voz do exército à agência de notícias France-Presse (AFP).
A ativista foi detida durante uma operação do exército israelita "destinada a deter indivíduos suspeitos de estarem envolvidos em atividades terroristas e de incitamento ao ódio" no norte da Cisjordânia ocupada, acrescentou a mesma fonte.
"Durante quase um mês, o mundo assistiu ao desenrolar da situação em Israel e no território palestiniano ocupado com choque e horror perante o número (crescente) de vidas perdidas e devastadas", escreveram os chefes das agências da ONU, numa rara declaração conjunta divulgada este domingo.
Os responsáveis de 18 agências, entre as quais a UNICEF, o Programa Alimentar Mundial e a Organização Mundial de Saúde, lamentaram o número de mortos na guerra entre Israel e o Hamas, desencadeada a 7 de outubro por um ataque do movimento islamita palestiniano em solo israelita.
O grupo islamita Hamas afirmou que o exército israelita estava a realizar "bombardeamentos intensos" ao início da noite, perto de vários hospitais no norte da Faixa de Gaza, onde a internet e comunicações telefónicas foram cortadas pouco antes.
"Há mais de uma hora, bombardeamentos intensos têm ocorrido em torno de hospitais", disse o serviço de imprensa do governo do Hamas.
Os bombardeamentos ocorreram principalmente perto do hospital al-Shifa, o maior da Faixa de Gaza, segundo a mesma fonte.
"Lamentamos anunciar o encerramento total dos serviços de comunicações e internet em Gaza depois de o lado israelita ter desligado os servidores", disse a Paltel em comunicado.
Pouco depois do apagão, o exército israelita lançou intensos bombardeamentos na cidade de Gaza e noutras áreas no norte da Faixa de Gaza.
O Exército israelita acusou este domingo o grupo islamita Hamas de utilizar dois hospitais em Gaza como cobertura "para a sua infraestrutura terrorista subterrânea" de túneis, disse o porta-voz militar Daniel Hagari.
Em plena guerra entre Israel e as milícias palestinianas em Gaza, já no seu trigésimo dia, Hagari revelou, numa conferência de imprensa, dados dos seus serviços de informações e do Exército segundo os quais o Hospital Indonésio e o Hospital do Qatar, ambos no norte da Faixa, estão a ser usados "para atividades terroristas clandestinas do Hamas".
O porta-voz explicou que os dois centros médicos são usados como parte da estrutura do túnel subterrâneo dos combatentes do Hamas na Faixa de Gaza.
A Casa Branca avançou, este domingo, que mais de 300 norte-americanos, e as respetivas famílias, já deixaram Gaza.
Jonathan Finer, conselheiro de segurança nacional, disse, em entrevista à CBS, citada pela Reuters, que entre estas 300 pessoas estão cidadãos norte-americanos e pessoas com vistos de residência permanente nos EUA, assim como as suas famílias.
Finer sublinhou que ainda há norte-americanos retidos em Gaza que querem abandonar o enclave, mas não especificou quantos.
Na semana passada, o secretário de Estados dos EUA, Antony Blinken, tinha dito que havia cerca de 400 cidadão americanos e familiares a querer sair da Faixa de Gaza, o que totalizava cerca de mil pessoas.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, rejeitou, este domingo, os pedidos de cessar-fogo em Gaza até que os mais de 240 reféns capturados pelo Hamas sejam libertados.
"Não haverá cessar-fogo sem o regresso dos nossos reféns, dizemos isto tanto aos nossos inimigos como aos nossos amigos. Continuaremos até que os consigamos derrotar", disse Netanyahu aos militares das forças aéreas e terrestres, na base aérea de Ramon, no sul de Israel, citado pela Reuters.
Dezenas de milhares de indonésios manifestaram-se este domingo em Jacarta para exigir o fim dos ataques do exército israelita contra a Faixa de Gaza, onde mais de 9.500 pessoas morreram nas últimas quatro semanas.
"Israel é o verdadeiro terrorista", "parem o genocídio em Gaza" e "apoiamos Gaza, Palestina livre" são algumas das mensagens nas faixas da manifestação em que muitos agitaram a bandeira palestiniana na capital indonésia, o país com o maior número de muçulmanos do mundo.
A ministra dos Negócios Estrangeiros da Indonésia, Retno Marsudi, e a candidata presidencial Anies Baswedan, bem como outros líderes políticos e religiosos, participaram na marcha que terminou no Monumento Nacional.
De acordo com a mesma informação, citada pela AFP, aquele número inclui 2.550 mulheres entre as vítimas mortais desde 07 de outubro.
A 07 de outubro, o Hamas - classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel - efetuou um ataque de dimensões sem precedentes a território israelita, fazendo mais de 1.400 mortos, na maioria civis, e mais de 200 reféns, que mantém em cativeiro na Faixa de Gaza.
"Encontramo-nos de novo em circunstâncias extremamente difíceis. Não tenho palavras para descrever a guerra de genocídio, a destruição que está a sofrer o nosso povo palestiniano em Gaza às mãos da máquina de guerra israelita, sem ter em conta as normas do direito internacional", afirmou Abbas, citado pela agência de notícias da Palestina Wafa.
O líder palestiniano e o secretário de Estado Antony Blinken, estiveram reunidos este domingo na sede da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), em Ramallah, sendo esta a primeira vez que o chefe da diplomacia dos EUA se desloca à Cisjordânia ocupada desde o início da guerra, em 07 de outubro.
O Papa Francisco reiterou, este domingo, os seus apelos para o fim dos combates entre Israel e os palestinianos, a libertação imediata dos reféns e o fornecimento de ajuda humanitária a Gaza, onde a situação é "muito grave".
A diretora do Programa Alimentar Mundial, Cindy McCain, alertou este domingo para a urgência da ampliação do acesso seguro da ajuda humanitária em Gaza "enquanto as necessidades disparam e o abastecimento de alimentos atinge níveis perigosamente baixos".
Cindy McCain, que visitou a passagem fronteiriça em Rafah, Egito, constatou que "embora tenha havido um aumento constante de ajuda a entrar em Gaza, não é suficiente para satisfazer as necessidades exponencialmente crescentes".
Numa nota de imprensa do programa da organização da ONU com sede em Roma, Itália, a diretora defendeu que, "neste momento, os pais em Gaza não sabem se conseguem alimentar os filhos hoje e se sobreviverão para os ver amanhã".
O gabinete do primeiro-ministro israelita demarcou-se este domingo das declarações do ministro do Património, após este ter referido que o lançamento de uma "bomba nuclear" na Faixa de Gaza era uma opção. Benjamin Netanyahu decidiu suspender o ultraortodoxo Amihai Eliyahu na sequência das afirmações deste, de acordo com o The Times of Israel.
"As declarações do ministro Amihai Eliyahu não correspondem à realidade. Israel e as FDI [Forças de Defesa de Israel] estão a operar de acordo com as mais elevadas normas do direito internacional para evitar prejudicar inocentes. Continuaremos a fazê-lo até à nossa vitória", refere o gabinete do primeiro-ministro de Israel numa mensagem publicada na rede X (antigo Twitter).
O ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben Gvir, de extrema-direita, disse também este domingo através da mesma rede social que tinha conversado com Eliyahu e que este lhe garantiu que "as suas palavras foram ditas de forma metafórica".
O exército israelita disse este domingo ter atacado 2.500 alvos do movimento islamita palestiniano Hamas desde que iniciou, na semana passada, uma incursão terrestre na Faixa de Gaza.
"Desde o início das operações terrestres na Faixa de Gaza, o exército atacou mais de 2.500 alvos terroristas", informaram as Forças de Defesa de Israel em comunicado.
Os soldados continuam a matar "terroristas" em combates corpo a corpo, sublinha a nota, acrescentando ainda que a força aérea atingiu infraestruturas do Hamas, depósitos de armas, postos de observação e centros de comando e controlo do grupo islamita na Faixa de Gaza.
A agência de notícias francesa "tomou nota das últimas declarações de um porta-voz do exército israelita referindo-se a 'um ataque das Forças de Defesa Israelitas perto [do escritório da AFP] que poderia ter causado destroços'", lê-se num comunicado divulgado este sábado.
No entanto, "estas declarações por si só não permitem nesta fase explicar a extensão dos danos causados ao escritório da AFP", localizado no topo de um edifício de 11 andares, afirmou a agência.
"Um ataque contra o escritório de uma agência de notícias internacional envia uma mensagem preocupante a todos os jornalistas que trabalham em condições tão difíceis como as que prevalecem hoje em Gaza", disse o presidente da AFP, Fabrice Fries, citado no comunicado.
"É essencial que sejam feitos todos os esforços para proteger os meios de comunicação em Gaza", acrescentou.
Segundo a ONG Repórteres Sem Fronteiras, que fez uma queixa junto do Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra cometidos contra jornalistas palestinianos em Gaza, mais de 30 repórteres foram mortos ali desde o início da guerra entre Israel e o grupo islamita Hamas.
"O Governo israelita negou pela terceira vez a saída de cidadãos brasileiros ameaçados pelo massacre contra a população civil da Faixa de Gaza", afirmou a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, num comunicado divulgado nas redes sociais.
Hoffmann denunciou que Israel "não deu nenhuma explicação para esta atitude", que, considerou, "discrimina um país, o Brasil, que tem relações históricas com o Estado de Israel" e que defende "uma solução negociada para o conflito".
"Infelizmente, o Governo israelita estabelece uma hierarquia política para a libertação de civis e privilegia alguns países em detrimento de outros", criticou a líder do partido do Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.
"Não podemos permitir que civis brasileiros continuem ameaçados numa região submetida a massacres militares", ressaltou.
Hoffmann também denunciou que Israel está a enviar trabalhadores palestinianos de volta para a Faixa de Gaza, sob bombardeamentos.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, "não quer palestinianos no país", disse.
"Atitudes como esta dizem muito sobre essa guerra. Está a tornar-se uma limpeza étnica", sublinhou.
Milhares de iranianos assinalaram este sábado o aniversário da tomada da embaixada dos EUA em Teerão, em 1979, gritando "Morte à América" e "Morte a Israel", condenando o apoio de Washington a Israel na sua guerra contra o Hamas.
A manifestação - que foi convocada pelo Estado iraniano - ocorreu no momento em que a guerra entre Israel e o Hamas entra na sua quarta semana. Cerca de 1400 pessoas foram mortas em Israel e mais de 240 foram feitas reféns após o ataque surpresa do Hamas em 7 de outubro. A operação de retaliação israelita matou mais de nove mil pessoas na Faixa de Gaza.
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Milhares de pessoas estão a manifestar-se este sábado em Berlim em solidariedade para com os palestinianos de Gaza, vítimas dos bombardeamentos lançados por Israel, após o ataque do movimento islamita Hamas ao seu território em 7 de outubro.
As estimativas iniciais da polícia local apontam para a presença de pelo menos 3500 pessoas, mas autoridades ressalvaram que este número vai continuar a aumentar durante a tarde.
O secretário de Estado norte-americano Antony Blinken reiterou este sábado que os Estados Unidos apoiam "pausas humanitárias" no conflito entre Israel e o Hamas, mas rejeitam os apelos de "cessar-fogo" exigidos pelos países árabes.
"Os Estados Unidos acreditam que todos estes esforços serão facilitados por estas pausas humanitárias", disse Blinken numa conferência de imprensa, em Amã, sobre os esforços para poupar os civis palestinianos e acelerar a entrega de ajuda à Faixa de Gaza.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros turco fez hoje o anúncio, em comunicado, e lamentou que Isarel recuse aceitar um cessar-fogo humanitário para permitir um fluxo constante de ajuda a Gaza.
Por sua vez, o Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, disse que Israel está a cometer crimes de guerra, que podem ser julgados pelo Tribunal Penal Internacional (TPI).
Erdogan prometeu ainda encetar esforços para que esse julgamento aconteça.
Para Erdogan, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, "já nao é alguém com quem se possa falar".
O Presidente turco lamentou ainda que grande parte da comunidade internacional, sobretudo os Estados Unidos, manifeste apoio a Israel, sem ter com conta que o país "está a matar civis sem pestanejar".
Esta advertência a Marcelo Rebelo de Sousa foi transmitida pela coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, em declarações aos jornalistas, no final de uma visita ao Mercado de Benfica.
Na sexta-feira, durante uma visita ao Bazar Diplomático, no Centro de Congressos de Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa disse ao chefe da missão diplomática da Palestina em Portugal que alguns palestinianos "não deviam ter começado" esta guerra com Israel e aconselhou-os a serem moderados e pacíficos.
Quando Nabil Abuznaid invocou "a ocupação de 56 anos", o chefe de Estado respondeu: "Eu sei, mas não deviam ter começado".
Perante os jornalistas, Mariana Mortágua insistiu nas críticas que já fizera na véspera ao chefe de Estado e afirmou que está em curso por parte do Governo de Israel uma "política de genocídio do povo palestiniano", com a morte de "milhares de civis, crianças, funcionários das Nações Unidas e jornalistas".
"Assistimos a ataques a hospitais e a campos de refugiados. Face a esta flagrante violação do Direito Internacional só há duas posições possíveis: A posição de secretário-geral da ONU, António Guterres, de denunciar os crimes, a violação do Direito Internacional e de apelar a um cessar-fogo que salve vidas; ou a posição da hipocrisia internacional, que finge que aquilo que está a acontecer em Gaza é um direito de defesa de Israel", apontou.
Mariana Mortágua sustentou depois que Marcelo Rebelo de Sousa, como Presidente da República, "deveria ter estado ao lado da primeira posição".
"Só tem um papel a fazer: Defender o cessar-fogo. É assim que se representa Portugal. É assim que se representa Portugal nas instâncias internacionais, estando ao lado de António Guterres e falando a uma só voz. A urgência e o dever dos representantes da democracia portuguesa deve ser o de apelar a um cessar-fogo que salve vidas. É isso que nós esperamos do Presidente da República", acrescentou.
Milhares de iranianos protestaram este sábado contra Israel, por ocasião do 44.º aniversário do assalto à Embaixada dos EUA, em Teerão, em 1979.
Na capital iraniana, os manifestantes aproximaram-se da antiga embaixada norte-americana, rebatizada como "Ninho de Espiões", para gritarem as habituais palavras de ordem "Morte a Israel" e "Morte aos Estados Unidos", às quais se juntou "Palestina Livre".
Os participantes hastearam bandeiras da Palestina junto às da milicia libanesa pró-iraniana Hezbollah, enquanto se queimavam insígnias de Israel.
O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, disse este sábado que 9.488, pessoas, incluindo 3.900 crianças, foram mortas na Faixa de Gaza desde o início da guerra com Israel.
A mesma informação, citada pela AFP, indica que aquele número inclui também 2.509 mulheres entre as vítimas mortais desde 7 de outubro.
O alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk, manifestou-se este sábado preocupado com a "recuperação drástica" do discurso de ódio e da discriminação e com o aumento, no último mês, do antissemitismo e da islamofobia.
Em comunicado, Volker Turk assumiu que este aumento está ligado à tensão crescente no Médio Oriente devido ao conflito aberto entre Israel e o Hamas, que é classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel.
"O impacto desta crise tem sido dramático a nível regional e global", lamentou Volker Turk no documento que denunciou a tendência para desumanizar tanto os judeus como os palestinianos.
O Exército israelita anunciou, este sábado, a abertura de uma passagem temporária para retirar palestinianos do norte para o sul de Gaza, avançou a agência Reuters.
A passagem em Salah al-Din deverá estar aberta entre as 13h e as 16h locais (11h-14h em Lisboa).
O primeiro-ministro em exercício libanês, Nayib Mikati, pediu este sábado ao secretário de Estado Antony Bliken para que a Administração norte-americana interceda no sentido de pôr termo "à agressão israelita" em Gaza e no sul do Líbano.
MiKati e Blinken estiveram reunidos em Amã, capital da Jordânia, no âmbito de um novo périplo pela região do chefe da diplomacia norte-americana que também se reuniu com ministros dos Negocios Estrangeiros árabes.
Através de um comunicado do seu gabinete, o primeiro-ministro libanês sublinhou o seu apoio ao trabalho da missão de paz das Nações Unidas, mas acentuou que a prioridade é que as forças israelitas ponham termo às suas operações em Gaza e no sul do Líbano onde os ataques cruzados com o Hezbollah são praticamente diários.
O exército israelita informou este sábado que entrou no sul da Faixa de Gaza, onde estão cerca de 1,5 milhões de civis deslocados.
"Durante a noite [de sexta-feira], numa incursão direcionada no sul da Faixa de Gaza, corpos blindados e de engenharia das Forças de Defesa de Israel operaram para mapear edifícios e neutralizar dispositivos explosivos", disse um porta-voz do exército.
Nesta operação, os soldados "encontraram uma célula terrorista a sair de um túnel e, em resposta, as tropas dispararam contra os terroristas matando-os", acrescentou, citado pela Efe.
Os chefes da diplomacia da Jordânia, Egito, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Qatar reúnem-se este sábado com o homólogo norte-americano, Antony Blinken, em Amã, para discutir como "cessar a guerra em Gaza".
Num comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros jordano precisou na sexta-feira que um representante da Autoridade Palestiniana participará na reunião, que se debruçará igualmente sobre as "repercussões (...) da perigosa escalada do conflito que ameaça a segurança de toda a região" do Médio Oriente.
A Organização das Nações Unidas (ONU) condenou o bombardeamento aéreo israelita contra um conjunto de ambulâncias em Gaza, na sexta-feira, que matou 15 pessoas.
"Estou horrorizado com o ataque registado em Gaza contra um comboio de ambulâncias à frente ao hospital Al-Shifa", reagiu na sexta-feira, em comunicado, o secretário-geral da ONU, António Guterres.
"As imagens dos corpos espalhados pela rua em frente ao hospital são devastadoras", notou.
Num comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros jordano precisou que um representante da Autoridade Palestiniana participará na reunião, que se debruçará igualmente sobre as "repercussões (...) da perigosa escalada do conflito que ameaça a segurança de toda a região" do Médio Oriente.
Os ministros árabes "manterão primeiro uma reunião de coordenação sobre os esforços para parar a guerra israelita contra Gaza e a catástrofe humanitária que está a causar", refere o comunicado. Seguir-se-á, "uma reunião conjunta com o secretário de Estado dos EUA, na qual confirmarão a posição árabe que pede um cessar-fogo imediato, a chegada à Faixa de ajuda de forma imediata e urgente".
O Ministério afirmou que, apesar de ter notificado o Crescente Vermelho e a comunidade internacional da sua intenção de levar feridos para o sul para posterior transferência para o Egito, "as forças de ocupação cometeram este crime".
"Pedimos à comunidade internacional que responsabilize as forças de ocupação por este crime contra o pessoal médico e as ambulâncias", afirmou em comunicado o Ministério da Saúde.
Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, anunciou esta setxa-feira que o grupo já está envolvido na ofensiva do chamado "eixo de resistência" contra Israel, mas disse que a expansão da guerra para o resto da região vai depender dos desenvolvimentos na Faixa de Gaza, onde Israel está a atacar o Hamas.
Na Jordânia, país que assinou a paz com Telavive em 1994, milhares de pessoas saíram hoje à rua em várias cidades e exigiram "a eliminação" dos acordos de paz com Israel, "a expulsão do embaixador israelita" e "o encerramento da embaixada".
"Cortem relações... não queremos gás, nem água", "Basta de mártires" e "Por ti, sacrificamos as nossas almas, ó Aqsa", numa alusão à mesquita situada em Jerusalém Oriental, cidade ocupada por Israel em 1967 e considerada o terceiro lugar sagrado do Islão, eram algumas palavras de ordem repetidas pelos manifestantes.
"Parece que o Presidente da República terá dito ao representante da Palestina em Portugal que desta vez foram alguns de vocês que começaram. Será que o Presidente da República também confunde o Hamas com os palestinianos?", perguntou Porfírio Silva, membro da direção e vice-presidente da bancada do PS, na rede social X (antigo Twitter).
Porfírio Silva questiona depois "se não seria razoável exigir" a Marcelo Rebelo de Sousa, "no mínimo", que "não confunda o Hamas e a Autoridade Palestiniana".
"Em Gaza, o plano de limpeza étnica é executado como punição coletiva sob um argumento - 'alguém do lado palestiniano começou isto'. Dito por Marcelo ao embaixador da Palestina, envergonha Portugal. #NãoEmMeuNome", pode ler-se numa publicação de Mariana Mortágua na rede social X.
Para a coordenadora do BE, teria bastado que Marcelo Rebelo de Sousa tivesse apelado a um cessar-fogo.
O aviso foi feito por um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, em reação ao discurso do líder daquele movimento xiita libanês pró-iraniano, Hassan Nasrallah.
"Não entraremos numa guerra de palavras. Os Estados Unidos não querem nem a escalada nem o alastramento do conflito que o Hamas desencadeou contra Israel", sublinhou o porta-voz.
As autoridades israelitas "constatam um aumento significativo do antissemitismo" e uma "incitação ao antissemitismo", bem como "ataques que podem pôr em perigo a vida dos israelitas e de judeus em todo o mundo", afirmou o Conselho de Segurança Nacional israelita para justificar a sua recomendação.
A 7 de outubro, o Hamas, classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel - efetuou um ataque de dimensões sem precedentes a território israelita, fazendo mais de 1.400 mortos, na maioria civis, e mais de 200 reféns, que mantém em cativeiro na Faixa de Gaza.
Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas no fim de uma visita ao Bazar Diplomático, no Centro de Congressos de Lisboa, durante a qual disse ao chefe da missão diplomática da Palestina em Portugal que alguns palestinianos "não deviam ter começado" esta guerra com Israel, condenando o ataque do Hamas de 7 de outubro.
Confrontado com o desapontamento manifestado por Nabil Abuznaid, por não ter condenado também a ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza, o Presidente da República reiterou a mensagem que deixou ao diplomata da Palestina: "Desta vez foi um erro monumental começarem. Começaram e, portanto, desta vez ficaram responsáveis por aquilo que, do ponto de vista dos moderados, dos palestinianos moderados, é contraproducente".
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) acrescentou esta sexta-feira os Territórios Palestinianos à lista de países e territórios que necessitam de ajuda alimentar externa.
No relatório "Perspetivas de Culturas e Situação Alimentar", publicado três vezes por ano, a Palestina é a única entrada nova na lista dos agora 46 países e territórios que necessitam de ajuda alimentar externa.
Numa avaliação com dados recolhidos entre maio e julho de 2022, a FAP calculou que 1,5 milhões de pessoas (28% da população da Palestina) estavam em situação de insegurança alimentar aguda e necessitavam de assistência imediata.
"A escalada do conflito em outubro de 2023 é suscetível de aumentar a necessidade de ajuda humanitária e de assistência de emergência, enquanto o acesso às áreas afetadas continua a ser uma preocupação", disse a FAO.
O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, pediu, esta sexta-feira, o estabelecimento de um "cessar-fogo humanitário" o mais rapidamente possível na Faixa de Gaza.
Erdogan comprometeu-se ainda a prosseguir esforços para pôr termo ao conflito desencadeado pelo ataque sem precedentes do Hamas contra Israel no início de outubro.
"A nossa prioridade é estabelecer rapidamente um cessar-fogo humanitário", declarou na 10.ª Cimeira dos Estados Turcomanos, em Astana, capital do Cazaquistão.
De acordo com as autoridades israelitas, cerca de 18.500 habitantes de Gaza tinham autorização de trabalho em Israel no início da guerra.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, já está reunido com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, em Telavive.
Ambos vão reunir-se, posteriormente, com membros do Gabinete de Guerra, pode ler-se numa publicação feita pelo gabinete de Netanyahu na rede social X.
A França condenou esta sexta-feira os ataques israelitas contra instalações das Nações Unidas e trabalhadores humanitários na Faixa de Gaza, anunciou o porta-voz do Governo.
Olivier Véran disse em comunicado que o trabalho das Nações Unidas e dos trabalhadores humanitários "é vital para as populações civis de Gaza", segundo a agência francesa AFP.
O Exército israelita afirmou esta sexta-feira que matou Mustafa Dalul, comandante de um batalhão do Hamas envolvido no conflito em Gaza, avançou o jornal Haaretz.
Em comunicado, as forças israelitas adiantam que foi um ataque com caças que levou à morte de Mustafa Dalul.
Um avião das Forças de Autodefesa do Japão (Exército) partiu na quinta-feira de Israel e deve aterrar esta sexta-feira em solo japonês, com 46 cidadãos do Japão e de outros três países asiáticos.
O avião KC-767 transporta 20 japoneses, 15 sul-coreanos, quatro vietnamitas e um taiwanês, informou o Ministério dos Negócios Estrangeiros nipónico.
O secretário de Estado norte-americano chegou à capital israelita para uma visita oficial, a segunda após começar a guerra com o movimento islamita Hamas, informou um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel.
Antony Blinken tem previstas reuniões com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, bem como com o Presidente, Isaac Herzog, e membros do Gabinete de Guerra de Israel.
A Bolívia classificou na quinta-feira de "inadmissíveis" as declarações de Israel, depois de o país sul-americano anunciar o corte das relações diplomáticas.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros boliviano, em comunicado, disse que "rejeita categoricamente" e considera "inadmissíveis e insustentáveis" as declarações do porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita, Lior Haiat.
Haiat afirmou que a Bolívia, ao romper relações diplomáticas com Israel, "alinha-se com a organização terrorista Hamas" e mostra a sua "rendição ao terrorismo e ao regime dos aiatolas no Irão".
O líder religioso máximo iraniano afirmou nas redes sociais, numa mensagem em hebraico, que Israel mente sobre a guerra com o Hamas e que vai ser destruída "numa questão de dias" sem apoio norte-americano.
"A entidade sionista [Israel] está a mentir-lhes [aos israelitas] e também está a mentir quando expressa aos palestinianos preocupação com os seus prisioneiros. Mas também os está a destruir com os seus bombardeamentos", afirmou o aiatola Ali Khamenei numa mensagem na rede social X, divulgada pelo jornal israelita Haaretz.
Numa publicação separada, o clérigo iraniano afirmou que "o regime sionista vai ser paralisado numa questão de dias sem a ajuda dos Estados Unidos".
"O colega Mohammad Abou Hatab foi martirizado com membros da sua família num bombardeamento israelita contra a sua casa em Khan Younes (sul)", referiu a Palestina TV.
Fontes médicas do hospital Nasser em Khan Younes, para onde os corpos foram transportados, adiantaram a um correspondente da agência France-Presse (AFP) no local que o ataque resultou em onze mortos.
Na chamada, que decorreu durante a tarde, os dois responsáveis abordaram os "últimos acontecimentos na Palestina, incluindo Faixa de Gaza, Cisjordânia e Jerusalém", e o Papa também expressou tristeza perante as vítimas civis, noticiou a agência palestiniana Wafa.
Por sua vez, o líder palestiniano agradeceu os esforços do chefe da Igreja Católica em prol da consolidação da paz na região e sublinhou a importância de o Vaticano continuar a pedir um cessar-fogo.
"Nas últimas horas, mais de 130 terroristas foram neutralizados", anunciou o porta-voz do Exército, detalhando que os soldados atacaram por terra, ar e mar e destruíram vários complexos militares do Hamas.
"As tropas das Forças de Defesa de Israel continuaram a travar batalhas ferozes contra os terroristas do Hamas na Faixa de Gaza, enquanto localizavam armas e destruíam as infraestruturas terroristas e os complexos militares do Hamas", acrescentou um comunicado militar.
O Ministério da Saúde do Egito também informou que 21 palestinianos feridos foram deslocados hoje para hospitais egípcios, para receber tratamento, e 344 estrangeiros, incluindo 72 crianças, também atravessaram a passagem fronteiriça de Rafah.
Numa reunião com diplomatas estrangeiros, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Ismail Khairat, disse que o Egito se prepara "para facilitar a receção e retirada de cidadãos estrangeiros de Gaza", representando 60 nacionalidades.
"Os nossos soldados completaram o cerco à cidade de Gaza, o centro da organização terrorista Hamas", declarou em conferência de imprensa o porta-voz do Exército israelita, Daniel Hagari.
"O conceito de um cessar-fogo não está em cima da mesa", acrescentou o responsável militar, sobre a guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas, desde 2007 no poder na Faixa de Gaza, desencadeada a 7 de outubro por um ataque de dimensões sem precedentes do Hamas a território israelita.
"Retirámos hoje 74 americanos com dupla nacionalidade", anunciou Biden numa breve conversa com jornalistas ao receber o Presidente da República Dominicana, Luis Abinader, para uma reunião na Sala Oval, em Washington.
A Casa Branca afirmou anteriormente que cerca de 500 a 600 cidadãos norte-americanos ficaram retidos em Gaza desde o início da guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas, a 7 de outubro.
A entidade disse que duas das escolas afetadas estão nos campos de refugiados de Jabaliya e Chati (norte) e outras duas em Boureij, mais a sul, e que os bombardeamentos deixaram 23 mortos.
Anteriormente, o Ministério da Saúde do território controlado pelo Hamas afirmou que pelo menos 27 pessoas foram mortas num ataque israelita perto de uma escola da ONU no campo de refugiados em Jabaliya.
Numa entrevista transmitida esta quinta-feira pela rádio do exército israelita, Golan afirmou "não ser necessário entrar nos túneis" onde o Hamas se esconde e espera pelos soldados, mas que o mais adequado seria "encontrar as entradas e selá-las ou lançar fumo para que o inimigo se afaste".
"Sob nenhuma circunstância lutem nos túneis, onde é impossível não sair ferido. Não se combate dentro dos túneis, combate-se a ameaça", afirmou Golan, atualmente reformado e com ligações à política de esquerda de Israel.
"Estamos convencidos que o povo palestiniano está em grave risco de genocídio", insistiram os especialistas, acrescentando que "os aliados de Israel também têm uma responsabilidade e devem agir para evitar este desenvolvimento desastroso".
Vários técnicos da ONU, incluindo a relatora especial da ONU para os Territórios Ocupados Palestinianos, Francesca Albanese, manifestaram também "frustração profunda" com a recusa de Israel em "dizimar uma Faixa de Gaza cercada".
Num comunicado, o partido pró-iraniano indicou que, às 13h30 TMG (e de Lisboa), os seus combatentes atacaram "ao mesmo tempo 19 posições e instalações militares sionistas com a ajuda de mísseis teleguiados, de morteiros" e outro armamento e enviaram simultaneamente 'drones' (aeronaves não-tripuladas) para atacar "as quintas ocupadas de Shebaa".
Entretanto, o Exército israelita já retaliou, anunciando ter realizado um "ataque de grande envergadura" contra o Hezbollah, em resposta aos projéteis disparados pelo movimento a partir do Líbano para território de Israel.
"Vamos falar sobre medidas concretas que podem e devem ser tomadas para minimizar os danos aos homens, mulheres e crianças de Gaza", disse Blinken aos jornalistas antes de partir para Israel.
O chefe da Diplomacia norte-americana também garantiu que os Estados Unidos estão "determinados" em evitar qualquer escalada do conflito entre Israel e o Hamas.
"Os corpos de 27 mártires foram recuperados e também há muitos feridos", disse o porta-voz do ministério, Ashraf al-Qidreh, citado pela agência France Presse (AFP), que frisa que esta informação não pôde ser verificada imediatamente de forma independente.
Nas imagens da AFPTV, são visíveis numerosos corpos ensanguentados caídos no chão em frente à escola, onde se refugiaram muitos deslocados da guerra em curso no Médio Oriente.
O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, defenderam esta quinta-feira a intensificação dos esforços diplomáticos para resolver a crise humanitária na Faixa de Gaza.
Num encontro perto de Londres, os dois líderes "concordaram em trabalhar em estreita colaboração em questões de paz e segurança internacionais, em especial no que se refere à crise humanitária no Médio Oriente e à continuação do apoio à Ucrânia contra a agressão russa na Europa", de acordo com um porta-voz do chefe de Governo britânico.
"Ambos concordaram que a intensificação dos nossos esforços para resolver a crise humanitária em Gaza é uma prioridade fundamental", acrescentou a mesma fonte.
Ambos falaram sobre a situação humanitária na Faixa de Gaza à medida que prosseguem os bombardeamentos israelitas sobre aquele enclave palestiniano, no âmbito da guerra aberta desencadeada a 7 de outubro pelo ataque do movimento islamita palestiniano Hamas a Israel, que se saldou em mais de 1.400 mortos, na maioria civis, e mais de 200 reféns.
Blinken aproveitou a oportunidade para sublinhar a importância de dar "resposta às necessidade humanitárias" da população de Gaza, impedir o "alastramento do conflito na zona e reforçar a estabilidade e a segurança regionais, incluindo no Iémen", indicou o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Matthew Miller.
Durante uma reunião com diplomatas estrangeiros, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Ismail Khairat, disse que o Egito se prepara "para facilitar a retirada e receção de cidadãos estrangeiros de Gaza através do ponto de passagem de Rafah", acrescentando que são "cerca de 7.000" e representavam "mais de 60 nacionalidades".
Desde dia 07 de outubro que a Faixa de Gaza tem sido incansavelmente bombardeada por Israel, em resposta a um ataque sem precedentes do grupo islamita Hamas em solo israelita, com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo mais de duas centenas de reféns.
O exército disse que os milicianos do Hamas dispararam mísseis antitanque, usaram dispositivos explosivos e lançaram granadas contra as tropas israelitas, que responderam com fogo de artilharia, de acordo com um comunicado.
Os combates, nos quais o exército israelita afirmou que "dezenas de elementos do Hamas foram mortos", envolveram também um helicóptero e um navio que lançaram vários mísseis contra as posições do grupo islamita.
"Mais de 20 mil feridos permanecem em Gaza, com acesso limitado aos cuidados de saúde devido ao cerco e aos bombardeamentos constantes [do exército israelita]", declarou a organização humanitária, em comunicado divulgado na quarta-feira.
"É necessário autorizar a entrada de material médico essencial e de pessoal humanitário em Gaza, onde os hospitais estão sobrecarregados e o sistema de saúde enfrenta uma rutura total", sublinharam.
"A Argentina condenou de forma inequívoca os ataques terroristas perpetrados pelo Hamas em 07 de outubro e reconhece o direito de autodefesa de Israel. No entanto, não há justificação para violar o direito internacional humanitário e a obrigação de proteger a população civil", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros argentino, em comunicado.
Israel disse na terça-feira que tinha como alvo um comandante do grupo islamita Hamas, Ibrahim Biari, considerado um dos responsáveis pelo ataque do movimento islamita Hamas contra Israel em 07 de outubro.
O grupo xiita libanês Hezbollah reivindicou esta quarta-feira a autoria de três novos ataques contra alvos israelitas no norte de Israel, mantendo o fogo cruzado das últimas três semanas.
Na tarde desta quarta-feira, lançaram "projéteis de artilharia e mísseis" contra o quartel-general do "novo batalhão de Zarit", onde o exército israelita estava a "concentrar os seus veículos e forças", em Khallet Wardah, causando baixas, embora não tenham especificado o número.
"Dado o elevado número de vítimas civis e a escala de destruição na sequência dos ataques aéreos israelitas ao campo de refugiados de Jabaliya, estamos seriamente preocupados com o facto de se tratar de ataques desproporcionados que podem constituir crimes de guerra", escreveu o Alto Comissariado numa mensagem na rede social X (antigo Twitter).
Já esta quarta-feira o secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, fez também saber, através de um porta-voz, que está chocado com o bombardeamento israelita no campo de refugiados de Jabaliya.
O Hamas "tem apenas duas opções: morrer ou render-se incondicionalmente", afirmou o ministro Yoav Gallant, numa conferência de imprensa em Telavive.
Para o ministro da Defesa israelita, "não existe uma terceira opção".
A retirada destes cidadãos, no total de 411, foi a primeira desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, em 07 de outubro.
"Às 16:30 (14:30 GMT), 76 palestinianos feridos a bordo de ambulâncias e 335 pessoas com passaporte estrangeiro a bordo de seis autocarros atravessaram" o posto fronteiriço de Rafah, a única abertura ao mundo do pequeno território de Gaza que não está nas mãos de Israel, disse um responsável dos serviços de segurança egípcios no local, contactado por telefone pela agência de notícias AFP, em Ismaília, no nordeste do Egito.
"Precisamos de um corredor humanitário, precisamos de um cessar-fogo humanitário", afirmou Lazzarini, em declarações à imprensa, após entrar no enclave através da passagem de Rafah com o Egipto, durante a visita de um alto funcionário internacional na Faixa de Gaza.
Lazzarini esteve em Rafah, onde visitou uma escola da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) que também serve como refúgio dos bombardeamentos para um grande número de palestinianos.
O Exército apresentou esta quarta-feira uma gravação áudio de uma conversa telefónica, supostamente intercetada pelos serviços de inteligência israelitas, na qual se ouvem dois homens a falar em árabe, um dos quais é identificado como "residente em Gaza e comandante do Hamas" e o outro como "funcionário do centro hospitalar".
"Apesar da sua natureza sensível, esta informação de inteligência intercetada está a ser desclassificada para mostrar a exploração cínica dos recursos humanitários na Faixa de Gaza pelo Hamas", afirmou o Exército israelita num comunicado.
"O secretário-geral está chocado com a escalada da violência em Gaza, causando a morte de palestinianos, incluindo mulheres e crianças, em ataques aéreos israelitas em áreas residenciais do densamente povoado campo de refugiados de Jabaliya", disse o porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, no seu 'briefing' diário à imprensa.
Dezenas de palestinianos foram mortos no bombardeamento de terça-feira no maior campo de refugiados da Faixa de Gaza, um ataque que o exército israelita confirmou, indicando que visava um dos responsáveis pelo ataque do Hamas de 7 de outubro.
Em declarações aos jornalistas junto à Faixa de Gaza, o comandante da 162.ª Divisão das Forças de Defesa de Israel (FDI), Itzik Cohen, sublinhou que foi o movimento islamita Hamas quem "escolheu esta guerra".
"Foi o Hamas que escolheu esta guerra, não fomos nós", afirmou Itzik Cohen, referindo que nos últimos dias as FDI alcançaram "grande parte das infraestruturas do Hamas, incluindo as suas instalações estratégicas e túneis subterrâneos".
O líder parlamentar do Bloco de Esquerda considerou esta quarta-feira "uma vergonha" a posição manifestada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros sobre o bombardeamento ao campo de refugiados de Jabaliya, no norte da Faixa de Gaza.
"Uma vergonha de posição do ministro dos Negócios Estrangeiros [João Gomes Cravinho]. Nem uma palavra sobre a responsabilidade de Israel no ataque que já foi assumido, nada sobre cessar-fogo como pede a ONU, nenhuma condenação da punição coletiva como fez António Guterres", escreveu Pedro Filipe Soares na rede social X (antigo Twitter).
Os cidadãos deixaram Gaza em seis autocarros e espera-se que a evacuação do território continue nos próximos dias.
Há pelo menos 500 cidadãos estrangeiros autorizados a sair da Faixa de Gaza.
"Hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros, Ayman Al-Safadi, decidiu convocar imediatamente o embaixador da Jordânia em Israel", indicou, em comunicado, o ministério, acrescentando que "condena a guerra israelita que mata pessoas inocentes em Gaza".
A Jordânia assinou um acordo de paz com Israel em 1994, o segundo país árabe a fazê-lo depois do Egito.
Milhares de habitantes da Faixa de Gaza precisam de cuidados médicos urgentes, quer na sequência de ferimentos no contexto do conflito em curso, quer por doenças crónicas, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Esta quarta-feira, as autoridades egípcias autorizaram a abertura do posto fronteiriço de Rafah para fins exclusivamente humanitários, nomeadamente para o transporte de pessoas com necessidades médicas.
Em comunicado, a OMS saudou a decisão do Egito de aceitar acolher e tratar "81 pessoas da Faixa de Gaza feridas e doentes".
Segundo disse à agência AFP um responsável egípcio, que pediu o anonimato, este primeiro grupo é composto nomeadamente por crianças, mulheres e idosos.
As televisões egípcias têm difundido imagens de pessoas a descerem de autocarros no lado egípcio do posto fronteiriço de Rafah, na fronteira com Gaza, depois de anunciada uma abertura excecional para permitir a passagem de 90 feridos palestinianos e cerca de 545 estrangeiros e cidadãos com dupla nacionalidade.
"O Presidente iraniano propôs uma reunião com os dirigentes regionais, os países muçulmanos e árabes, o mais rapidamente possível para pôr fim à guerra" na Faixa de Gaza, declarou o ministro iraniano numa conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo turco, em Ancara, citado pela agência France-Presse (AFP).
De acordo com o ministro turco dos Negócios Estrangeiros, Hakan Fidan, "os países da região devem assumir as suas responsabilidades", caso contrário "esta espiral de violência continuará a reproduzir-se na região", defendeu.
"Estamos numa guerra que é difícil e que será longa. Prometo aos cidadãos de Israel que vamos fazer o nosso trabalho e continuar até à vitória", afirmou Benjamin Netanyahu, citado pela agência AFP, horas depois de ter sido anunciado a morte, nas últimas 24 horas, de 11 soldados israelitas na sequência de combates na Faixa de Gaza.
"Elogiamos fortemente a postura corajosa do Governo boliviano por cortar laços com a entidade sionista, que ocorreu em resposta à agressão fascista israelita e aos massacres cometidos a cada minuto contra o nosso povo na já bloqueada Faixa de Gaza", disse o Hamas, citado em comunicado.
O grupo extremista renovou ainda o seu apelo para que os países árabes e islâmicos, que "normalizaram as suas relações" com Israel, sigam os passos de Bolívia, Chile e Colômbia.
O exército israelita anunciou esta quarta-feira ter atingido mais de 11 mil alvos na Faixa de Gaza desde o início da guerra desencadeada pelo ataque do movimento islamita Hamas, em 7 de outubro.
A Arábia Saudita condenou esta quarta-feira "com toda a veemência" o bombardeamento israelita de um campo de refugiados em Gaza, que fez dezenas de mortos e que, segundo Israel, tinha como alvo um comandante do movimento islamita palestiniano Hamas.
"O Reino da Arábia Saudita condena com a maior veemência o ataque desumano das forças de ocupação israelitas ao campo de refugiados de Jabaliya, na Faixa de Gaza sitiada, que matou e feriu um grande número de civis inocentes", declarou o Ministério dos Negócios Estrangeiros saudita na rede social X.
O Presidente da Colômbia, Gustavo Petro, chamou a embaixadora em Israel, Margarita Manjarrez, para consultas sobre o "massacre do povo palestiniano", em referência às mais de 8500 mortes causadas pelos bombardeamentos israelitas em Gaza.
"Decidi chamar a nossa embaixadora em Israel para consultas. Se Israel não parar o massacre do povo palestiniano, não poderemos estar lá", disse Petro na rede social X (antigo Twitter), na terça-feira.
Num comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Colômbia pediu ao movimento islamita palestiniano Hamas e a Israel que estabeleçam um cessar-fogo e respeitem o direito humanitário Internacional.
"Lamentamos informar os nossos compatriotas do nosso querido país que as comunicações e os serviços de Internet em Gaza foram completamente cortados", declarou a Paltel na rede social X.
"O Chile condena veementemente e constata com grande preocupação que estas operações militares - que, nesta fase do seu desenvolvimento, implicam uma punição coletiva da população civil palestiniana em Gaza - não respeitam as normas fundamentais do direito internacional", afirmou o Governo em comunicado.
Santiago do Chile sublinhou que tal "é demonstrado pelas mais de oito mil vítimas civis, na maioria mulheres e crianças".
Numa intervenção perante o Conselho de Segurança da ONU, o líder do ACNUR, Filippo Grandi, chamou a atenção do corpo diplomático para os 114 milhões de refugiados e deslocados em todo o mundo, dizendo tratar-se de um sintoma tangível, e por vezes negligenciado, da atual "desordem extrema do mundo".
"A deslocação forçada é também uma consequência da incapacidade de manter a paz e a segurança. (...) As últimas três semanas forneceram provas devastadoras de que o desrespeito pelas regras básicas da guerra -- o direito humanitário internacional -- está a tornar-se cada vez mais a norma e não a exceção, com civis inocentes mortos em números sem precedentes", lamentou.
O porta-voz do Pentágono, o general Pat Ryder, garantiu hoje, em conferência de imprensa, que nenhum elemento desse contingente terá como destino Israel.
O grupo viajará desde as suas bases nos Estados Unidos até a área de atuação do Comando Central dos Estados Unidos (Centcom), que atua no Médio Oriente, Ásia Central e partes do sul da Ásia.
A fonte acrescentou que as autoridades egípcias prepararam um hospital de campanha para receber os palestinianos feridos no local, referindo que os casos graves e os que necessitam de tratamento adicional e cuidados especiais serão transferidos para outros hospitais para tratamento.
Esta informação foi também divulgada pelos meios de comunicação social pró governamentais al-Qahera News e Extra News.
O Presidente turco, o islamita Recep Tayyip Erdogan, acusou Israel de cometer crimes de guerra e atos de "barbárie" em Gaza, depois de o bombardeamento de hoje ter causado danos no único hospital que atende doentes oncológicos naquele território palestiniano.
"Tornou-se a mais recente vítima da barbárie de Israel. Os doentes com cancro perderam o acesso aos tratamentos. Não se toca nos hospitais em tempo de guerra", sustentou o chefe de Estado turco, após uma reunião do seu Governo.
As crianças e as mulheres constituíam cerca de 70 por cento das mais de 8.300 vítimas civis palestinianas da guerra entre Israel e o grupo islamita Hamas reportadas até segunda-feira, anunciou esta terça-feira a ONU.
Os números incluem 3.747 crianças 2.062 mulheres entre as vítimas mortais, de acordo com o relatório diário do Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU.
O Governo japonês impôs esta terça-feira sanções contra nove membros e uma entidade ligada ao grupo islamita palestiniano Hamas, anunciou o porta-voz do executivo nipónico, Hirokazu Matsuno.
"Preparámos esta lista de indivíduos com o objetivo de cessar a fonte de rendimento das atividades terroristas do Hamas", disse Matsuno numa conferência de imprensa, acrescentando que são esperadas outras medidas do Governo japonês no futuro.
"Continuam os ataques aéreos e de artilharia na zona de Tel al-Hawa, em Gaza, onde está situado o hospital al-Quds", declarou o Crescente Vermelho Palestiniano (PRCS, na sigla em inglês), na rede social X.
"O edifício está a tremer e os civis deslocados e as equipas de trabalho estão em estado de medo e pânico", acrescentou.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros filipino informou que 49 dos 136 cidadãos do país na Faixa de Gaza estão incontactáveis e os 87 restantes enfrentam "problemas crescentes" para encontrar água potável.
"Por enquanto, 49 filipinos ainda estão incontactáveis", admitiu, na segunda-feira, o embaixador das Filipinas na Jordânia, Wilfredo Santos, de acordo com a agência de notícias estatal filipina PNA.
Santos acrescentou que as autoridades estão em contacto com 87 dos filipinos que permanecem em Gaza, e que, "embora o seu abastecimento alimentar seja suficiente, o acesso à água está a tornar-se cada vez mais difícil".
O exército israelita informou esta terça-feira que as tropas atacaram nas últimas horas cerca de 300 alvos na Faixa de Gaza, incluindo instalações militares subterrâneas do movimento islamita Hamas, matando um dos comandantes do grupo.
"Durante o último dia, as forças de combate combinadas das Forças de Defesa de Israel atacaram cerca de 300 alvos, incluindo posições ocultas de lançamento de mísseis antitanque e foguetes, bem como complexos militares dentro de túneis pertencentes à organização terrorista Hamas", disse o porta-voz militar em comunicado.
As tropas "mataram os terroristas" durante os confrontos "e deram instruções à força aérea para atacar alvos e infraestruturas terroristas em tempo real".
"Aviões de combate atacaram recentemente as infraestruturas da organização terrorista Hezbollah no território do Líbano", anunciou o Exército na rede social X (antiga Twitter).
"Entre as infraestruturas atacadas, foram destruídas armas, posições e locais utilizados pela organização", acrescentou o Exército.
"Alguns de vocês não aprenderam nada nos últimos 80 anos. Alguns de vocês esqueceram por que esta organização foi criada", disse o embaixador, denunciando o silêncio do Conselho de Segurança sobre os ataques sem precedentes do movimento islamita em Israel, em 07 de outubro.
O Conselho de Segurança -- que continua profundamente dividido sobre a situação no Médio Oriente - não adotou qualquer resolução sobre a guerra entre Israel e o Hamas.
"O nível de destruição não tem precedentes, a tragédia humana que se desenrola sob a nossa vigilância é insuportável", disse Lazzarini numa reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, classificando como "chocantes" quer os "horríveis ataques" de 07 de outubro do grupo islamita Hamas em território israelita, quer os "incansáveis bombardeamentos" das forças israelitas na Faixa de Gaza.
De acordo com o comissário geral da UNRWA, citando dados da organização não-governamental Save the Children, quase 3.200 crianças foram mortas em Gaza em apenas três semanas de conflito.
"Este é um primeiro objetivo", disse em conferência de imprensa John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, acreditando que possa ser atingido "nos próximos dias", depois de o Presidente norte-americano, Joe Biden, ter apelado no domingo para se aumentar "significativamente e imediatamente" o fluxo de assistência ao território palestiniano sitiado e bombardeado por Israel.
O porta-voz afirmou, por outro lado, que um cessar-fogo "não é a resposta certa neste momento", reiterando que o grupo islamita que controla a Faixa de Gaza "seria o único a beneficiar disso".
O grupo xiita libanês Hezbollah efetuou esta segunda-feira uma série de lançamentos de mísseis e outros ataques contra alvos israelitas, a maioria deles equipamento militar do Exército de Israel, no âmbito do fogo cruzado em curso há três semanas.
Combatentes do Hezbollah atingiram hoje à tarde "com armas apropriadas" equipamento técnico que estava a ser utilizado em três postos militares diferentes no norte de Israel, declarou o grupo xiita em vários comunicados, afirmando ter conseguido realizar "ataques certeiros" em todos os casos.
O grupo reivindicou também dois lançamentos de mísseis teledirigidos contra o mesmo tipo de alvo noutras duas posições israelitas próximas da fronteira entre o Líbano e Israel.
"O nível de destruição não tem precedentes, a tragédia humana que se desenrola sob a nossa vigilância é insuportável", disse Lazzarini numa reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, classificando como "chocantes" quer os "horríveis ataques" de 07 de outubro do grupo islamita Hamas em território israelita, quer os "incansáveis bombardeamentos" das forças israelitas na Faixa de Gaza.
De acordo com o comissário geral da UNRWA, citando dados da organização não-governamental Save the Children, quase 3.200 crianças foram mortas em Gaza em apenas três semanas de conflito.
"A ONU acredita que estes números são credíveis, mas eu encararia com grande cautela a veracidade de tudo o que sai de Gaza", disse o porta-voz militar Jonathan Conricus, numa conferência de imprensa em Genebra, na qual participou de forma virtual a partir de Israel, garantindo que as forças israelitas "fazem todos os possíveis para minimizar os danos aos civis".
As Nações Unidas utilizam na sua informação diária as estatísticas do Ministério da Saúde de Gaza, governado pelo Hamas, que estima o número de mortos nos ataques israelitas em mais de 8.000, incluindo mais de 3.000 crianças e mais de 2.000 mulheres.
"Devemos compreender claramente quem, na realidade, são as fontes da tragédia dos povos do Médio Oriente e de outras regiões do mundo. São as atuais elites dominantes dos Estados Unidos e os seus satélites, que são os principais beneficiários da instabilidade global", acusou o chefe de Estado russo, durante uma reunião governamental transmitida pela televisão russa.
Putin acusou também hoje a Ucrânia e os "serviços especiais ocidentais" de terem instigado, "inclusive através das redes sociais", o ataque no domingo à noite ao aeroporto na república russa do Daguestão, de maioria muçulmana, após um voo de Israel ter aterrado na região.
O Exército israelita está "a progredir metodicamente, passo a passo" na Faixa de Gaza, disse hoje o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, insistindo que o movimento islamita palestiniano Hamas será derrotado e o enclave "será diferente".
"Esta campanha levará tempo, haverá obstáculos, haverá dificuldades, haverá baixas, também haverá surpresas, mas no final prometo-vos uma coisa: o Hamas receberá um golpe muito forte. O Hamas será derrotado e Gaza será diferente", afirmou Netanyahu no início de uma reunião do Conselho de Ministros.
O líder israelita referiu-se ao avanço das suas tropas dentro da Faixa de Gaza, descrevendo que "está a acontecer em passos metódicos, mas poderosos, alcançando um progresso sistemático".
Imagens de alguns dos 229 reféns israelitas raptados pelo movimento extremista islâmico Hamas são esta segunda-feira exibidas no Porto e em Lisboa como forma de sensibilizar os portugueses para a situação em Gaza.
"Esta é uma iniciativa local de israelitas e judeus em Portugal, principalmente em Lisboa, porque somos cidadãos preocupados", afirmou um dos promotores, Eyal Goldman, residente no Porto.
O promotor da iniciativa disse que a ideia é "apelar à humanidade e ao povo de Portugal para que apoiem este apelo internacional a partir Portugal", lembrando que "mais de 230 pessoas, foram raptadas, entre elas 18 pessoas idosas, com mais de 75 anos e há 33 reféns menores".
"Muitos viram os seus pais e a sua família serem assassinados diante dos seus olhos e foram raptados pela organização terrorista Hamas para Gaza sem qualquer ajuda ou família", afirmou. "Sem qualquer questão política, apelamos às pessoas para que condenem esta situação e exijam a sua libertação imediata", acrescentou.
As imagens dos reféns começaram a ser exibidas esta segunda-feira em Lisboa, no Parque Eduardo VII, e no Porto, na Avenida dos Aliados.
Segundo a Casa Branca, altos funcionários do Departamento de Educação norte-americano vão visitar as universidades de São Francisco, Saint Louis e Maine, para debater e abordar a questão do antissemitismo, a que se seguirão centros universitários em Nova Iorque e Baltimore.
Os departamentos da Justiça e da Segurança Interna também participarão nas visitas, que têm como objetivo manter o diálogo com as comunidades judaica, muçulmana e árabe, indiretamente afetadas pelos acontecimentos no Médio Oriente.
O chamado comité COBRA foi convocado para discutir a situação em Gaza e analisar o impacto que a crise poderá ter no risco de ataques terroristas internos.
Em declarações transmitidas pela estação Sky News, Braverman aludiu a declarações do comissário da Polícia Metropolitana de Londres, Mark Rowley, durante o fim de semana para referir que existe "uma ameaça acrescida de terrorismo devido ao que está a acontecer" e que "é vital que haja atenção à evolução da situação".
As comunidades judaicas em Espanha alertaram esta segunda-feira para a eclosão do antissemitismo no país nas últimas semanas, sobretudo, nas redes sociais, e consideraram antissemitas declarações de algumas ministras espanholas sobre Israel.
"Existe muitíssima preocupação porque o que tem acontecido não se se passava há anos em Espanha", afirmou o presidente da Federação de Comunidades Judaicas em Espanha, Isaac Benzaquen.
Entre as situações registadas nas últimas semanas em Espanha estão, além de mensagens e declarações nas redes sociais, um ataque a um hotel de Barcelona propriedade de israelitas, pinturas em casas particulares e um incidente numa sinagoga da cidade de Melilla, um enclave espanhol no norte de África, disse Isaac Benzaquen.
Sirenes de alerta de foguetes soaram esta segunda-feira em Jerusalém, Israel, e foram ouvidas detonações, avançaram hoje jornalistas da agência francesa de notícias AFP.
Segundo referiram os jornalistas no local, as sirenes soaram às 14:29 (12:29 em Lisboa) e cinco detonações foram ouvidas imediatamente.
A comunicação israelita também noticiou a queda de um foguete perto do colonato de Efrat, situado na região de Belém, na Cisjordânia, a 15 quilómetros de Jerusalém.
Segundo a mais recente edição do relatório do Banco Mundial sobre Perspetivas dos Mercados de 'Commodities', "atualmente a economia global está muito mais bem preparada para lidar com grandes choques nos preços do petróleo que na década de 1970".
Mas, um agravamento na guerra entre Israel e o Hamas em conjunto com "as disrupções causadas pela invasão da Ucrânia pela Rússia poderiam levar os mercados globais de 'commodities' (matérias-primas)" a terreno desconhecido.
As fontes citadas pela AFP disseram que as forças israelitas cortaram a estrada de Salahedine, que liga o norte ao sul da Faixa de Gaza.
A EFE também noticiou a presença de tanques israelitas na principal artéria do enclave palestiniano.
As vítimas das "balas da ocupação" têm entre 23 e 28 anos, de acordo com o Ministério da Saúde palestiniano.
Segundo os meios de comunicação palestinianos, um dos mortos, Weam Hanoun, era líder da Jihad Islâmica e fundador da Brigada de Jenin, grupo armado que reúne todas as milícias presentes no campo, formado há pouco mais de um ano e que tem vindo a ganhar força.
Entre os feridos no aeroporto de Makhachkal contam-se nove polícias, dois dos quais foram hospitalizados, segundo o departamento do Ministério do Interior para o distrito federal do Cáucaso do Norte, que acrescentou terem sido identificados mais de 150 participantes nos tumultos.