Brasil manda aviões para a Polónia para transportar brasileiros que fugiram da Ucrânia

Um dos aviões, que foi enviado diretamente de Brasília, a capital brasileira, é um cargueiro militar KC-390 Millennium.

Carlos França, ministro dos Negócios Estrangeiros brasileiro Foto: Reuters
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Dois aviões enviados pelo Brasil descolaram na noite desta quarta-feira do Aeroporto de Varsóvia, capital da Polónia, com dezenas de brasileiros, ucranianos e argentinos que tinham fugido da Ucrânia devido à guerra.

Um dos aviões, que foi enviado diretamente de Brasília, a capital brasileira, é um cargueiro militar KC-390 Millennium e o outro é um jato executivo com o qual o ministro dos Negócios Estrangeiros brasileiro, Carlos França, viajou de Lisboa, onde esteve esta semana, para Varsóvia.

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Ao todo, os dois aviões estão a levar para o Brasil 42 brasileiros que viviam na Ucrânia, 20 ucranianos e ucranianas com família no Brasil, e seis cidadãos argentinos, além de seis cães e dois gatos que os refugiados não quiseram deixar para trás. No jato que está a ser usado pelo MNE brasileiro, bem mais confortável que o cargueiro militar, viajaram 13 crianças e uma mulher grávida.

As duas aeronaves devem fazer uma escala técnica de madrugada em Lisboa, outra em Cabo Verde, e mais uma em Recife, já no Brasil. A chegada a Brasília está prevista para as 13h00 locais desta quinta-feira, 16h00 na capital portuguesa, e depois cada um seguirá para o seu destino.

Na viagem entre Brasília e Varsóvia, o cargueiro da Força Aérea Brasileira, FAB, foi carregado com cerca de 11 toneladas de alimentos, medicamentos e equipamentos de ajuda à Ucrânia. Entre esses equipamentos estavam 50 kits de placas solares para produção de energia, e outros 50 kits de purificação de água, capazes de produzirem 300 mil litros de água potável por dia.

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Além destes refugiados agora evacuados em aviões enviados pelo governo, outros 140 brasileiros fugidos da Ucrânia já chegaram ao Brasil nos últimos dias. Eles reclamaram à chegada da falta de apoio do governo brasileiro e da embaixada do Brasil em Kiev, que disse a quem a procurou não poder fazer nada devido à situação de guerra e que quem quisesse fugir da Ucrânia teria de o fazer pelos seus próprios meios e, aí sim, chegando a um país vizinho seria resgatado por aviões da FAB.

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