Empresas europeias perderam 250 mil milhões de euros com sanções à Rússia
"O Ocidente decidiu destruir a economia mundial para dar uma lição à Rússia", disse ministro dos Negócios Estrangeiros russo.
O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, afirmou este domingo que as empresas europeias perderam 250 mil milhões de euros no último ano e meio devido às sanções ocidentais contra a Rússia.
"No último ano e meio, de acordo com estimativas muito conservadoras, as empresas europeias perderam até 250 mil milhões de euros devido às sanções unilaterais do Ocidente, um valor considerável", disse o ministro numa reunião com embaixadores acreditados em Moscovo sobre a guerra na Ucrânia, citado pela agência noticiosa oficial TASS.
Lavrov argumentou que as sanções impostas contra a Rússia, impostas na sequência da invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022, não vão desaparecer num futuro previsível.
"O Ocidente decidiu destruir a economia mundial para dar uma lição à Rússia, para não permitir que a Rússia desempenhe um papel numa arena internacional que corresponda à sua história, à sua dimensão e às suas capacidades", argumentou.
"Compreendemos perfeitamente que as sanções impostas contra nós num futuro previsível, e mesmo num futuro longínquo, não desaparecerão, dizem os seus autores", acrescentando que a Rússia está a criar mecanismos comerciais que "não são controlados" pelo Ocidente e que pretende contar "apenas consigo própria" em setores críticos da economia.
Lavrov reiterou que o processo de 'desdolarização' ganhará cada vez mais força no mundo.
"Verifica-se um declínio gradual e constante da quota do dólar e do euro [...]. Os processos de 'desdolarização' ganharão cada vez mais força", afirmou.
O chefe da diplomacia russa sublinhou que no processo "de transição para as moedas nacionais estão envolvidas as maiores economias", como as da China, Índia, Turquia, Emirados Árabes Unidos, Brasil, Arábia Saudita, Argentina, Quénia e Egito.
Lavrov argumentou ainda que os Estados Unidos "estão a levar os seus vassalos europeus à falência", obrigando-os a abandonar tudo o que é russo, incluindo o gás, enquanto "continuam a comprar urânio e materiais críticos à Rússia".
JSD // APN
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