EUA confirmam conversações com Rússia para libertação de jornalista acusado de espionagem
Evan Gershkovich está detido há mais de três meses.
Os Estados Unidos confirmaram esta sexta-feira conversações com a Rússia sobre uma possível troca de prisioneiros para conseguirem a libertação do jornalista Evan Gershkovich, detido há mais de três meses na Rússia sob a acusação de espionagem.
"Houve conversações, mas essas conversações não conduziram a uma solução. Não posso dizer que temos um caminho claro para trazer o Evan para casa", afirmou numa conferência de imprensa o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, ressalvando que não queria dar "falsas esperanças" sobre a situação do jornalista do diário The Wall Street Journal.
Na terça-feira, o Kremlin admitiu "certos contactos" sobre a matéria, sugerindo que estava aberto a uma possível troca de prisioneiros que poderia envolver Evan Gershkovich.
Sullivan acrescentou que os Estados Unidos "continuam em contacto com as autoridades russas" visando a libertação também de Paul Whelan, um ex-militar da Marinha detido na Rússia em 2018 e condenado a 16 anos de prisão por "atividades de espionagem".
"Deixámos claro há meses, inclusive antes de o Evan ser detido, que estamos dispostos a fazer coisas difíceis para trazer os nossos cidadãos para casa", sublinhou o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca.
Evan Gershkovich, 32 anos, foi detido em finais de março na cidade de Yekaterimburgo, tendo sido acusado formalmente de espionagem em 7 de abril.
Segundo os serviços de segurança russos, o jornalista "estava a recolher em nome dos EUA informações secretas sobre as atividades de uma das empresas do complexo militar-industrial russo".
As autoridades norte-americanas e o The Wall Street Journal negaram as acusações russas e exigiram a libertação de Evan Gershkovich.
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