Finlândia considera Rússia como ameaça permanente para o Báltico

Chefe do Governo de Helsínquia demonstrou mais uma vez preocupação face a Moscovo sublinhando que a Rússia vai mobilizar forças militares "em direção à fronteira com a Finlândia e os países bálticos".

16 de dezembro de 2025 às 12:45
Petteri Orpo, primeiro-ministro finlandês Foto: Francois Walschaerts/AP
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O primeiro-ministro finlandês, Petteri Orpo, avisou esta terça-feira que a Rússia vai continuar a ser uma ameaça mesmo que seja assinado um acordo de paz sobre a guerra na Ucrânia.

O chefe do Governo de Helsínquia demonstrou mais uma vez preocupação face a Moscovo sublinhando que a Rússia vai mobilizar forças militares "em direção à fronteira com a Finlândia e os países bálticos" assim que a invasão da Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022, terminar.

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Em declarações ao jornal britânico Financial Times, Patteri Orpo acrescentou que o flanco leste da Aliança Atlântica precisa de apoio financeiro" da União Europeia para enfrentar o que considerou ameaça russa.

"A nossa economia está numa situação terrível por causa da ameaça da Rússia", lamentou alertando que o aumento das despesas militares está a sobrecarregar financeiramente os países bálticos.

O primeiro-ministro finlandês, vai acolher esta terça-feira a primeira cimeira dos países da região leste da NATO que partilham fronteiras marítimas ou terrestres com a Rússia e a Bielorrússia.

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Patteri Orpo disse ainda que os participantes no encontro vão tentar avançar com programas militares conjuntos para "combater a ameaça" e salientou a importância de a Europa estar preparada para se defender face ao afastamento dos Estados Unidos em matéria de defesa.

Orpo indicou que a Europa enfrenta uma "semana importante" para demonstrar que não está apenas concentrada na retórica, mas em medidas concretas.

Nesse sentido, o primeiro-ministro finlandês disse que os países europeus podem agir para promover a paz em território ucraniano referindo os planos apoiados pela União Europeia para utilizar fundos russos congelados para financiar a Ucrânia.

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O plano contou a oposição de vários Estados, nomeadamente a Bélgica e a Hungria.

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