Luís Montenegro, em visita oficial à Ucrânia, admite enviar força de paz
Encontro em Kiev serviu para desenvolver cooperação militar, incluindo fornecimento e modernização de armamentos. Portugal participa na reconstrução das escolas.
O primeiro-ministro esteve, este sábado, em visita oficial à Ucrânia e foi no país que está em guerra com a Rússia desde 2022 que disse que “nada vai obstar” ao envio de tropas portuguesas quando a paz for alcançada.
“Hoje, isso não está previsto e, portanto, ao dia de hoje, a nossa participação não envolve nenhum tipo de empenhamento terrestre. Já envolve participação a nível marítimo e a nível aéreo. No futuro, tudo estará em aberto ao abrigo daquelas que são as nossas responsabilidades”, afirmou Montenegro, ao lado do presidente ucraniano, numa conferência de imprensa.
Volodymyr Zelensky mostrou ter a mesma posição. “Concordo com o Luís, é muito cedo para falar nisso”, disse Volodymyr Zelensky, remetendo também a discussão para depois do cessar-fogo. Após várias chamadas telefónicas e encontros (um em Portugal, em 2024, outro na Dinamarca, este ano), é a primeira vez que os dois se reúnem em Kiev. Foi lá que Montenegro chegou pouco das 08h00 locais (menos duas em Lisboa). A viagem, a partir de Medyka, na Polónia, foi feita em comboio noturno.
“Este é um país que foi agredido, invadido, que está sob guerra. Mais do que qualquer outro, está naturalmente mais carente da nossa solidariedade, da nossa proximidade — para não dizer mesmo do nosso afeto”, afirmou o chefe do Governo, à chegada para a visita de um dia, que serviu para expressar apoio à Ucrânia, o que considerou ser “praticamente consensual em Portugal”, e para fechar acordos entre os dois países.
Já depois de ter sido anunciada uma parceria para a produção de drones, saiu um comunicado conjunto: “desenvolvemos a cooperação militar-técnica, incluindo o fornecimento e a modernização de armamentos”, lê-se. Em causa estão também “iniciativas conjuntas no domínio da segurança energética e do desenvolvimento das energias renováveis”. Foi ainda selado o compromisso de “prestar apoio à Ucrânia no domínio da reconstrução, nomeadamente no setor da educação.
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