Mísseis russos voltam a cair em Kiev
Maior bombardeamento desde a retirada russa atingiu uma fábrica de mísseis antinavio nos arredores da capital.
A cidade de Kiev voltou na madrugada desta sexta-feira a ser acordada por fortes explosões, que terão atingido uma fábrica de armamento nos arredores da capital, numa aparente retaliação da Rússia pelo pelo ataque ucraniano que provocou o afundamento do cruzador ‘Moskva’, na quinta-feira. Moscovo ameaçou ainda aumentar a intensidade e a escala dos ataques contra a capital ucraniana em caso de novos “ataques terroristas ou sabotagem” contra o seu território.
Este foi o primeiro grande ataque com mísseis contra Kiev desde a retirada das forças russas da região, há duas semanas. A Rússia diz ter atingido com vários mísseis de cruzeiro uma fábrica nos arredores da capital ucraniana “onde são fabricados e reparados mísseis antinavio”, como os dois mísseis de cruzeiro ‘Neptune’ que na véspera atingiram o ‘Moskva’, navio-almirante da Frota do Mar Negro e um dos orgulhos da Marinha de guerra russa.
Moscovo continua a não reconhecer o ataque contra o navio, afirmando apenas que se registou uma explosão seguida de incêndio que provocou graves danos, e que o navio acabou por se afundar quando estava a ser rebocado para o porto de Sebastopol. No entanto, o facto de as forças russas terem bombardeado, horas depois, a fábrica onde são feitos os mísseis ‘Neptune’ parece indicar que se tratou de uma retaliação. Segundo o Governo ucraniano, as forças russas terão usado bombardeiros de longo alcance neste ataque, o que sucede pela primeira vez desde o início da invasão.
“O número e a escala dos ataques com mísseis contra Kiev irá aumentar em resposta aos ataques terroristas ou atos de sabotagem contra o território russo”, avisou um porta-voz do Ministério da Defesa russo, adiantando que, no total, foram atingidos 13 instalações militares ucranianas durante a última madrugada. A Rússia acusou ainda as forças ucranianas de bombardearem 20 edifícios e uma escola numa aldeia da região de Belgorod, no lado russo da fronteira.
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