Montenegro elogia participação dos EUA no processo de paz na Ucrânia e diz que há "ainda muito trabalho pela frente"

Primeiro-ministro português participou na na reunião da chamada "Coligação dos Dispostos" que reúne vários países aliados da Ucrânia.

25 de novembro de 2025 às 18:42
Luís Montenegro Foto: Direitos Reservados
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O primeiro-ministro português, considerou, esta terça-feira, "muito relevante" a participação dos Estados Unidos no processo com vista à paz na Ucrânia, defendendo que as negociações devem prosseguir com "envolvimento de todos" e que "há ainda muito trabalho pela frente".

Luís Montenegro participou, esta terça-feira, por videoconferência, na reunião da chamada "Coligação dos Dispostos" que reúne vários países aliados da Ucrânia.

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Numa publicação na rede social X, o primeiro-ministro disse que Portugal reafirmou nessa reunião o pleno apoio à Ucrânia e a sua determinação "em contribuir para uma paz justa, estável e duradoura".

"A participação dos EUA foi muito relevante. As negociações em curso devem prosseguir, com o envolvimento de todos, incluindo a Europa. A Rússia tem agora de demonstrar que está também disposta a acabar com esta guerra. Há ainda muito trabalho pela frente", escreveu o chefe do Governo português.

Esta reunião aconteceu num dia em que os meios de comunicação norte-americanos noticiaram que o lado ucraniano alegadamente aceitou um acordo de paz para o conflito.

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"Os ucranianos concordaram com o acordo de paz" e existem somente "alguns pequenos pormenores a resolver", afirmou um responsável norte-americano citado, sem ser identificado, pela estação CBS.

Uma delegação norte-americana liderada pelo secretário do Exército, Dan Driscoll, está em Abu Dhabi a negociar com uma delegação russa o acordo de paz para a Ucrânia.

O encontro de Abu Dhabi surgiu após um fim de semana de negociações em Genebra sobre o plano de 28 pontos do Presidente norte-americano, Donald Trump, entre ucranianos, norte-americanos e europeus.

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Donald Trump tinha dado na semana passada um prazo até quinta-feira (dia 27 de novembro) ao homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, para responder ao seu plano de paz de 28 pontos, o que levou à realização de contactos urgentes entre as principais lideranças europeias, de Kiev e Washington.

O plano de 28 pontos foi posteriormente reduzido e Trump pareceu satisfeito com o resultado das negociações com europeus e ucranianos, declarando na sua rede social Truth Social que "algo de bom pode acontecer".

Kiev espera agora "organizar a visita de Zelensky aos Estados Unidos o mais rapidamente possível, em novembro, para finalizar os restantes passos e chegar a um acordo com o Presidente Trump", segundo o secretário do Conselho de Segurança da Ucrânia, Rustem Umerov.

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O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, comentou, esta terça-feira, por sua vez que Moscovo aguardava que os Estados Unidos apresentassem a nova versão da sua proposta.

A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.

Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.

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A ofensiva militar russa no território ucraniano mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

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