“Os mísseis falarão por si": Zelensky avisa Rússia

Kremlin diz que culpará quem autorizar o uso de mísseis contra o seu território.

19 de novembro de 2024 às 01:30
Mísseis de longo alcance podem atingir até 300 quilómetros de distância Foto: Reuters
Vladimir Putin
Joe Biden e Volodymyr Zelensky Foto: WILL OLIVER/EPA

1/3

Partilhar

E aos mil dias de guerra na Ucrânia, que se assinalam esta terça-feira, os EUA alteraram os dados da equação, que podem mudar o rumo do conflito. Kiev está autorizada a bombardear a Rússia com mísseis de longo alcance.

“O plano para reforçar a Ucrânia é o plano de vitória que apresentei aos parceiros. Um dos seus pontos cruciais são as capacidades de longo alcance do nosso Exército. Os mísseis falarão por si”, disse o Presidente Zelensky, não sendo de excluir que venham a ser utilizados brevemente, apesar dos avisos russos.

Pub

“Biden está atirar achas para a fogueira”, acusou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, acrescentando que Moscovo vai culpar quem autorizou os disparos e não a Ucrânia. “Estão a arriscar seriamente o início da III Guerra Mundial”, reforçou a deputada Maria Butina do partido Rússia Unida, no poder.

Mesmo antes do anúncio de Biden, também o líder norte-coreano acenava com o fantasma de um conflito à escala global. “À medida que os belicistas dos EUA continuam a apoiar a Ucrânia e Israel, mais países são apanhados na guerra e a situação de segurança internacional torna-se mais perigosa, aumentando a ansiedade de que a III Guerra Mundial possa eclodir”, disse Kim Jong-un. O Presidente russo alertara, em setembro, que se o Ocidente autorizasse ataques contra a Rússia com os seus mísseis de longo alcance, isso mudaria a “essência” e a “natureza” do conflito na Ucrânia.

Pub

O chefe da diplomacia europeia vê as coisas de outra maneira. “Tenho dito várias vezes que a Ucrânia deveria poder utilizar as armas que lhe são fornecidas, não só para neutralizar as flechas mas, também, para poder atingir os arqueiros”, afirmou Josep Borrell.

Para a França, o uso das armas de longo alcance “é uma opção que poderá ser considerada”. Já a Polónia saudou a decisão, considerando ser a “a única resposta apropriada a Putin, que só compreende a linguagem da força”. Com a tensão a aumentar, Suécia, Finlândia e Noruega estão a aconselhar os cidadãos a prepararem-se para uma possível guerra, distribuindo panfletos com conselhos.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

Partilhar