Putin recebido com todas as honras na Mongólia ignorando o mandado do Tribunal Penal Internacional
Kiev fala em “duro golpe” para a Justiça.
A Mongólia ignorou o mandado do Tribunal Penal Internacional (TPI) para deter Vladimir Putin e recebeu o Presidente russo com todas as honras em Ulan Bator. Houve passadeira vermelha e tudo.
Putin foi recebido na praça principal da capital por uma guarda de honra vestida com uniformes vermelhos e azuis vivos, inspirados nos da guarda pessoal do governante do século XIII Gengis Khan, fundador do Império Mongol. “As relações com a Mongólia estão entre as prioridades da nossa política externa na Ásia”, disse Putin ao seu homólogo, Khurelsukh Ukhnaa.
Esta é a primeira visita do Presidente russo a um Estado-membro do TPI, após a emissão do mandado de detenção no ano passado. Putin é acusado de deportar centenas de crianças da Ucrânia. Kiev acusa a Mongólia de ter “permitido que um criminoso acusado escapasse da Justiça, partilhando assim a responsabilidade pelos crimes de guerra”.
Um porta-voz do Governo ucraniano diz que o país vai discutir com os aliados quais as medidas a aplicar.
A Mongólia espera que a visita contribua para a cooperação económica com a Rússia, até porque Moscovo quer construir um gasoduto, através da Mongólia, que vai ligar a Rússia à China.
“Tirem Putin daqui”
Forças de segurança impediram os membros do grupo No War de segurar uma bandeira ucraniana durante a visita de Putin.
As autoridades russas indicaram que o Exército ucraniano sofreu mais de 9300 baixas na incursão terrestre contra a região russa de Kursk.
Pelo menos 41 pessoas morreram e 180 ficaram feridas num ataque russo contra um local de formação das forças ucranianas.
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