Rússia lança maior ataque à Ucrânia após críticas de Trump
Presidente dos EUA manifesta crescente frustração com Putin: "Atira-nos muitas tretas para cima"
A Rússia lançou na madrugada desta quarta-feira o maior ataque aéreo contra a Ucrânia desde o início da guerra, horas depois de o presidente dos EUA, Donald Trump, ter manifestada a sua crescente frustração com a recusa da Rússia em negociar um cessar-fogo.
Segundo o governo ucraniano, as forças russas lançaram pelo menos 728 drones e 13 mísseis balísticos ou de cruzeiro contra várias cidades ucranianas, matando pelo menos oito pessoas e ferindo dezenas. Além de Kiev, foi particularmente visada a zona ocidental do país, junto à fronteira com a Polónia, que foi forçada a mobilizar caças da NATO para proteger o seu espaço aéreo. "Este ataque diz muito sobre a posição russa, ao ocorrer numa altura em que estão a ser feitos tantos esforços para alcançar a paz e para negociar um cessar-fogo, que a Rússia continua a rejeitar", acusou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
O ataque em larga escala contra a Ucrânia ocorreu horas depois de Donald Trump ter criticado o presidente russo por continuar a bloquear as negociações para um cessar-fogo. "Se querem que vos diga a verdade, Vladimir Putin tem-nos atirado muitas tretas para cima. Parece sempre muito simpático, mas isso não quer dizer nada", afirmou Trump durante um reunião do seu gabinete, admitindo a possibilidade de impor novas sanções a Moscovo. "Estamos a pensar nisso", afirmou.
Questionado pelos jornalistas sobre as críticas de Trump, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, desdramatizou: "Estamos tranquilos quanto a isso. Podemos dizer que, de forma geral, Trump gosta de usar umas frases rudes nas suas declarações", afirmou.
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