Uso de primeiro míssil balístico ATACMS pela Ucrânia pode mudar rumo do conflito
Pedidos de autorização para bombardear Rússia foram aceites ao milésimo dia de guerra.
A Ucrânia utilizou pela primeira vez um míssil balístico ATACMS fornecido pelos EUA para atingir um território russo, esta terça-feira. A decisão de Kiev passar a estar autorizada a bombardear a Rússia com mísseis de longo alcance é o ponto de viragem na política norte-americana, que até ao milésimo dia da guerra havia recusado aceitar os pedidos de autorização de Kiev para utilizar os mísseis ATACMS fora das fronteiras do país, segundo a BBC.
Embora Vladimir Putin ainda não tenha comentado o último ataque, o presidente russo já tinha avisado o Ocidente de que esta medida representaria uma “participação direta” da aliança militar da NATO na guerra da Ucrânia. Alguns políticos do Kremlin descreveram o uso do míssil como uma grave escalada do conflito.
A decisão da Casa Branca sobre o uso de mísseis ATACMS é formulada em termos de se limitar à defesa das forças ucranianas na região russa de Kursk, zona em que a Ucrânia lançou uma contraofensiva no passado verão.
O uso do míssil balístico ATACMS por parte da Ucrânia revela o apoio norte-americano ao país para manter os esforços em Kursk, considerada uma poderosa moeda de troca para possíveis negociações.
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