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Central nuclear de Zaporizhzhia perdeu ligação a mais uma linha de energia

Restam duas que garantem a operacionalidade dos sistemas de segurança, revelou a Agência Internacional de Energia Atómica.

16 de março de 2022 às 23:46
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Imagens mostram central nuclear de Zaporizhzhia após perder ligação a mais uma linha de energia

A central nuclear de Zaporizhzhia, controlada pelas forças russas, perdeu ligação com mais uma linha de fornecimento de energia, mas existem ainda duas que garantem a operacionalidade dos sistemas de segurança, revelou hoje a Agência Internacional de Energia Atómica.A agência nuclear da ONU (AIEA) recebeu a informação, por parte das autoridades ucranianas, que a maior central nuclear da Europa, no sul da Ucrânia, perdeu a ligação com outra das cinco linhas de alta tensão, quatro principais e uma de reserva, que fornecem eletricidade.O regulador nuclear ucraniano referiu à AIEA que não está claro o que causou o corte no fornecimento nas instalações que há 12 dias são controladas pelas forças russas que invadiram a Ucrânia.Duas outras linhas já tinham sido danificadas anteriormente, pelo que apenas uma principal e outra de reserva continuam ativas.Segundo a AIEA, que cita o regulador ucraniano, "todos os sistemas de segurança continuam a funcionar sem limitações".A central nuclear também possui geradores de emergência, a diesel, que podem ser utilizados caso seja necessário.Dois dos quatro reatores da central reduziram o seu nível de potência, para se adequar à mudança no fornecimento de energia, acrescentou a agência nuclear da ONU.A antiga central nuclear de Chernobyl, também ocupada pelas forças russas, mantém também o fornecimento de energia externa, depois de ter estado a ser fornecida através de geradores de emergência.Os técnicos ucranianos conseguiram reparar os dados sofridos por esta instalação há dois dias.A equipa de trabalhadores de Chernobyl, onde ocorreu o acidente nuclear mais grave da história em 1986 e onde o material radioativo ainda está armazenado, têm trabalhado incansavelmente desde que o Exército russo atacou e tomou a instalação., em 24 de fevereiro."Continuo seriamente preocupado com as circunstâncias extremamente difíceis em que o pessoal ucraniano se encontra", alertou o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, citado no comunicado.No total, oito dos 15 reatores nucleares na Ucrânia permanecem operacionais e os níveis de radiação permanecem dentro dos níveis normais, acrescentou a AIEA.A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 726 mortos e mais de 1.170 feridos, incluindo algumas dezenas de crianças, e provocou a fuga de cerca de 4,8 milhões de pessoas, entre as quais três milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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