Vasily Nebenzya criticou Ocidente por fornecer armamento e artilharia de longo alcance a Kiev.
O embaixador da Rússia junto da ONU incluiu esta terça-feira Portugal numa lista de países fornecedores de equipamento militar a Kiev, acusando-os de serem "diretamente responsáveis pelo arrastar" da guerra.
Numa reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre a situação na Ucrânia, Vasily Nebenzya criticou o Ocidente por fornecer armamento e artilharia de longo alcance a Kiev, visando atingir "a população civil de língua russa" na região do Donbass (leste ucraniano).
"Os Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Alemanha, França, Polónia, Áustria, Austrália, Bélgica, Bulgária, Grécia, Dinamarca, Espanha, Luxemburgo, Países Baixos, Noruega, Portugal, Roménia, Macedónia do Norte, Eslováquia, Eslovénia, Turquia, Finlândia, República Checa, Suécia (...) uma lista dos maiores fornecedores de equipamento militar ao regime ucraniano, gastando milhares de milhões de dólares", afirmou Nebenzya.
"Apenas na semana passada, o Donbass foi atingido por armamento americano e europeu, que matou seis civis e feriu mais de 30. Cada um destes países é diretamente responsável por arrastar a crise ucraniana e causar mortes", avaliou.
O diplomata russo acusou ainda o Ocidente de promover a "russofobia", indicando, por exemplo, que restaurantes em muitos desses países se recusam a atender clientes russos.
Nesta reunião do Conselho de Segurança, os alegados crimes cometidos pelas tropas russas na Ucrânia também estiveram sob análise, com a conselheira especial do secretário-geral para a Prevenção de Genocídios, Alice Wairimu Nderitu, a alertar para as "alegações graves que têm sido levantadas, incluindo a indicação da possível prática de genocídio e crimes de guerra".
A ofensiva militar lançada pela Rússia na Ucrânia em 24 de fevereiro causou já a fuga de mais de 15 milhões de pessoas de suas casas -- mais de oito milhões de deslocados internos e mais de 7,7 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
A ONU confirmou que 4.597 civis morreram e 5.711 ficaram feridos na guerra, que entrou esta terça-feira no seu 118.º dia, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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