Presidentes do EUA e da Rússia falaram ao telefone durante mais de hora e meia e acordaram encontrar-se em breve. Presidente ucraniano exige “paz justa e duradoura”.
Donald Trump e Vladimir Putin anunciaram esta quarta-feira que as negociações para acabar com a guerra na Ucrânia vão começar “imediatamente”, horas depois de os EUA terem avisado que Kiev terá de abdicar do regresso às fronteiras anteriores a 2014 e da adesão à NATO em troca da paz.
Os Presidente dos EUA e da Rússia falaram ao telefone “durante mais de hora e meia”, no primeiro contacto direto desde que Trump tomou posse, a 20 de janeiro. “Foi uma conversa longa e muito produtiva”, disse o Presidente norte-americano, adiantando que ambos concordaram na necessidade de parar com uma guerra “que mata milhões de pessoas”. “Concordámos ainda que as nossas equipas negociais vão começar a trabalhar imediatamente, e eu vou começar por telefonar imediatamente ao Presidente Volodymyr Zelensky para o informar desta conversa”, escreveu Trump na rede Truth Social, adiantando que irá reunir-se com Putin em breve e que ambos irão visitar os respetivos países.
Pouco depois, Trump voltou às redes sociais para informar que tinha tido “uma conversa muito boa” com Zelensky e que o Presidente ucraniano, “tal como Putin, também quer fazer a paz”. “Está na hora de acabar com esta guerra ridícula e desnecessária que causa morte e destruição em massa”, escreveu.
Zelensky confirmou ter discutido com Trump as “oportunidades para alcançar a paz” e garantiu que “ninguém quer mais a paz que a Ucrânia”, adiantando que Kiev vai trabalhar em conjunto com os EUA “para acordar os próximos passos para travar a agressão russa e garantir uma paz justa e duradoura”.
Os contornos das negociações não foram divulgados, mas fonte da Casa Branca avançou que a delegação negocial dos EUA será formada pelo secretário de Estado, Marco Rubio, pelo diretor da CIA, John Ratcliffe, pelo conselheiro de Segurança Nacional, Michael Waltz, e pelo enviado especial de Trump à Ucrânia, Steve Witkoff. Os primeiros contactos deverão ocorrer à margem da Conferência de Segurança de Munique, que começa amanhã e que se prolonga até domingo.
EUA afastam regresso às fronteiras de 2014 e adesão de Kiev à NATO
Horas antes do anúncio de Trump, o secretário da Defesa dos EUA, Pete Hegseth, avisou os aliados europeus da Ucrânia que Kiev terá de abrir mão de parte do seu território em troca da paz, afirmando que o regresso às fronteiras anteriores a 2014 “é irrealista”. “Perseguir este objetivo ilusório só irá prolongar a guerra e causar mais sofrimento”, defendeu Hegseth na reunião do Grupo de Contacto para a Ucrânia, que decorreu em Berlim. O chefe do Pentágono sublinhou ainda que a Ucrânia deverá abdicar da adesão à NATO e que a Europa terá de assumir “a maior parte da responsabilidade” pela ajuda militar e financeira a Kiev, uma vez que as prioridades estratégicas dos EUA estão agora mais viradas para a segurança das suas próprias fronteiras e para a competição com a China. Rejeitou ainda a possibilidade de enviar militares norte-americanos para uma eventual missão de manutenção de paz na Ucrânia, a qual, afirmou, deverá ser assegurada por “militares europeus e não só”, rejeitando um envolvimento direto da NATO e frisando que os países participantes não devem estar cobertos pelo Artigo 5 da Aliança, que determina que um ataque contra um Estado-membro deve ser considerado como um ataque contra todos e merecedor de uma resposta conjunta.
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