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Grupo Wagner pede investigação sobre possíveis crimes cometidos por altos funcionários russos

Prigozhin avisou que tem uma lista com todos os nomes dos envolvidos.
Lusa 31 de Maio de 2023 às 16:14
Yevgeny Prigozhin, líder do Grupo Wagner
Yevgeny Prigozhin, líder do Grupo Wagner FOTO: Reuters
O chefe do grupo mercenário russo Wagner, Yevgeny Prigozhin, pediu esta quarta-feira ao Comité de Investigação e ao Ministério Público da Rússia que investiguem possíveis crimes cometidos por altos funcionários do Ministério da Defesa durante a campanha militar na Ucrânia.

"Hoje [quarta-feira], pedi ao Comité de Investigação e ao Ministério Público da Rússia que investiguem a prática de crimes durante os preparativos e a condução da operação militar especial por parte de altos funcionários do Ministério da Defesa russo", afirmou Prigozhin numa mensagem publicada na rede social Telegram.

Prigozhin acrescentou que não iria publicar o conteúdo dos seus pedidos, "uma vez que se trata de algo que será analisado pelos órgãos de investigação".

O chefe de Wagner criticou repetidamente o Ministério da Defesa russo e o Estado-Maior do exército russo, acusando diretamente o ministro Serguei Shoigu e Valery Gerasimov, chefe do comando militar russo, de não fornecerem armas suficientes e de não entregarem o território anteriormente conquistado.

Prigozhin avisou que tem uma lista com todos os nomes dos envolvidos nos alegados crimes, acusando-os diretamente de traição e atribuindo o elevado número de baixas do grupo Wagner em Bakhmut à falta de munições da unidade paramilitar.

Os mercenários do grupo Wagner lutam em apoio às forças russas na Ucrânia e têm desempenhado um papel fundamental em cenários como Bakhmut, mas a adesão ao Kremlin deu lugar a acusações nas redes sociais contra o Ministério da Defesa ou as Forças Armadas russas sobre problemas logísticos nas linhas da frente.

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